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11 de Setembro: duas décadas depois, a data ainda marca a memória e o cotidiano dos americanos

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Seth McAllister/AFP
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Mesmo mais de duas décadas depois, o 11 de Setembro permanece como uma das datas mais marcantes da história recente dos Estados Unidos. Os atentados que tiraram a vida de quase três mil pessoas e transformaram a política de segurança nacional continuam a reverberar no cotidiano americano.

“O 11 de Setembro continua sendo uma data profundamente marcante nos Estados Unidos, mesmo depois de tantos anos. É um dia lembrado com respeito e solenidade”, afirma o advogado e professor Vinicius Bicalho, brasileiro naturalizado americano que vive na Flórida e integra a American Immigration Lawyers Association (AILA).

Logo cedo, bandeiras a meio-mastro em prédios públicos, empresas e residências reforçam o tom de luto. Nas escolas, professores dedicam momentos para reflexão e silêncio em memória das vítimas. “O evento é objeto de estudo dos alunos da middle school, algo como o ensino fundamental no Brasil”, explica Bicalho.

Para além das cerimônias oficiais, a data também se reflete no dia a dia. “As pessoas ficam mais introspectivas e é perceptível um sentimento coletivo de solidariedade”, observa Dayanne Fontes, brasileira que vive em Nova Jersey há dois anos e atua na área de tecnologia da informação. Ela conta que, no escritório em que trabalha, colegas americanos costumam compartilhar lembranças pessoais de onde estavam no momento dos ataques. “É um instante em que todos param para refletir, mesmo durante o expediente. Dá para sentir que é uma memória viva”, relata.

Entre os imigrantes, a data carrega ainda um peso adicional. “Esse dia também tem um peso especial, porque muitos lembram do quanto a política migratória e a segurança de fronteiras mudaram depois do 11 de Setembro. Foi um divisor de águas em várias áreas da vida americana”, destaca Bicalho.

As homenagens oficiais se concentram em Nova York, no Memorial do World Trade Center, onde os nomes das vítimas são lidos em voz alta, mas também se estendem a Washington e Shanksville, na Pensilvânia. Todas as cerimônias são transmitidas nacionalmente e mobilizam a atenção e a emoção do país.

Segundo Bicalho, o sentimento que prevalece é de respeito e unidade. “As pessoas recordam a tragédia, mas também a maneira como o país se uniu diante da adversidade. Para quem vive aqui, é impossível passar pelo 11 de Setembro sem sentir esse peso histórico e emocional”, conclui.

 

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