O combate ao câncer de mama ganhou uma poderosa aliada: a inteligência artificial. É uma notícia alentadora em meio ao crescimento de taxas de câncer de mama em países como o Brasil e surge como reforço ao movimento internacional Outubro Rosa. Nenhuma tecnologia substitui o cuidado humanizado com a saúde da mulher, mas especialistas destacam que a Inteligência Artificial (IA) tem feito grande diferença na rotina diagnóstica, ajudando a melhorar a qualidade das imagens e apontando achados sutis que podem mostrar o câncer em estágios iniciais.
O indicativo é que a IA pode contribuir a partir dos algoritmos de “deep learning”, com o objetivo de potencializar o aprendizado de máquinas, utilizando técnicas avançadas que empregam um raciocínio similar ao ser humano, fazendo com que as máquinas aprendam padrões por meio das redes neurais, por erros e acertos. Uma vez que quanto mais precoce é o diagnóstico do câncer de mama, maiores são as chances de cura com tratamentos menos agressivos, a Inteligência Artificial surge dando uma contribuição extra para o enfrentamento antecipado da doença.
“A inteligência artificial mudou a dinâmica e a agilidade da investigação diagnóstica. Aumentou a acurácia e a precisão dos exames para detecção de lesões e tumores mamários, assim como tem contribuído na interpretação das imagens”, afirma a médica radiologista Mirela Ávila, diretora do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, localizado em Pernambuco. As ferramentas de Inteligência Artificial são obrigatoriamente revisadas por médicos especialistas e costumam melhorar a análise de resultados apresentados por um maquinário de última geração.
No Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, que já adota a IA nos exames de mamografia, tem-se um exemplo de como a Inteligência Artificial influi em todo o processo. O próprio sistema é capaz de reordenar a fila para laudos a serem dados pelos médicos, colocando em evidência pacientes acometidos por uma lesão com características mais suspeitas. O sistema conclui que os casos com supostas lesões são considerados mais urgentes na fila diária. No menor indício de risco para a mulher, a paciente é reconvocada para novos exames ou orientada de forma particular a procurar um profissional especializado para acompanhamento mais urgente, o que favorece o tratamento preciso e eficiente.
Junta-se à IA, a recente diretriz de entidades médicas em todo o mundo no sentido de estimular o rastreamento da doença de forma menos generalista e mais individualizada e personalizada, buscando orientar quais são os exames indicados e a periodicidade para cada mulher, levando em consideração a idade, o tipo de densidade mamária e os fatores de risco. Os principais métodos diagnósticos são a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Em cada diagnóstico da mama, a qualidade e assertividade na escolha dos métodos de rastreamento – investigação que mostram indícios de câncer – ou na combinação das estratégias e exames diagnósticos, podem ser definidoras para o tratamento e a remissão do câncer.
A conduta de rastreamento individualizado e personalizado, que deve ser feito antes mesmo de qualquer sintoma, vem sendo ponto de debate em todo o mundo. Tem sido vista como uma diretriz contemporânea para diagnóstico por respeitar a pluralidade populacional e de cada pessoa. Antes, a indicação era de que a partir dos 40 anos toda mulher deveria fazer a mamografia uma vez por ano. Hoje, persiste a mesma recomendação nas mulheres sem fatores de risco. Porém naquelas com risco mais elevado, o rastreamento com exames de imagem deve iniciar mais cedo, a partir dos 25 anos, com a ressonância magnética e/ou ultrassonografia. E a mamografia anual deve ser antecipada nesse grupo, podendo iniciar desde os 30 anos de idade. Para isso, é feita uma avaliação médica utilizando modelos matemáticos para cálculos de risco, que leva em consideração antecedentes familiares, a condição pessoal de saúde, a densidade da mama, diagnóstico de lesão de potencial maligno incerto em biópsia mamária prévia, tratamento anterior com irradiação do tórax e mutações genéticas.
O Centro de Diagnóstico Lucilo Ávila destaca-se no mercado pernambucano pelos seus diferenciais. No exame de mamografia, trabalha com equipamentos de mamografia digital com a tecnologia da tomossíntese, que consiste em adquirir imagens em cortes milimétricos da mama, aumentando a capacidade de visualizar lesões em até 50%; mamógrafos com sistemas de compressão mais confortáveis, curvos, que se amoldam à anatomia da mama de cada mulher; sistema de leitura digital de imagens em monitores de alta resolução, associados a processamento com auxílio de IA. Para as ultrassonografias, o Lucilo Ávila tem todas as salas equipadas com a linha premium de aparelhos de USG de alta resolução e softwares de processamento de imagem que permitem uma boa caracterização de toda a espessura da mama, levando a visualização de lesões muito pequenas e sutis, entre outras tecnologias também para ressonância e intervenção mamária. De acordo com a radiologista, “o elevado investimento em tecnologia aliado à capacitação contínua, o atendimento humanizado e o comprometimento de nossa equipe, possibilita que estejamos um passo à frente na saúde de nossas pacientes”.
Visando estimular a consciência da realização de diagnósticos e fazer um alerta sobre o zelo da paciente na busca por diagnósticos precisos, o Lucilo Ávila lança a campanha “Um passo à frente na sua saúde”. A campanha tem como objetivo o fortalecimento do Outubro Rosa, marco de mobilização e conscientização quanto ao câncer de mama no mundo e no Brasil. Ao longo deste mês, o Lucilo Ávila cumpre uma agenda extensa e contínua, que inclui ações de conscientização para um público plural e outras iniciativas beneficentes, como atendimentos médicos e doação de 150 mamografias. Para desenvolver a ação “Um passo à frente na sua saúde”, o Centro Diagnóstico promove ações e conta com parceiros como a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Sociedade Pernambucana de Radiologia, a Federação Equestre de Pernambuco, o Instituto JCPM, o Instituto Cristina Tavares e o Sport Club do Recife.
NÚMEROS – O câncer é o principal problema de saúde no mundo e o câncer de mama feminina se destaca como o mais incidente, com 2,3 milhões de casos novos previstos, segundo estimativas divulgadas em dezembro pelo Inca, do Ministério da Saúde. No Brasil, para o triênio 2023 a 2025, calcula-se em torno de 73.610 novos casos de câncer de mama, correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada grupo de 100 mil mulheres. A descoberta de um câncer na fase inicial, com diagnóstico por meio de exames de imagem como a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética, pode representar a eficiência e a redução de agressividade no tratamento; as chances de cura podem chegar a 95%, salvando muitas vidas. (Material de apoio: Estudo “Estimativa 2023 – Incidência do Câncer no Brasil”, Inca/Ministério da Saúde – estimativa-2023.pdf (inca.gov.br) )
SERVIÇO
O que: Campanha “Um passo à frente na sua saúde”, do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila
Quando: de 1 a 31 de outubro de 2023
Sugestão de entrevista: Mirela Ávila e equipe de Mama do CDLA