Em um mercado da saúde cada vez mais competitivo, onde o número de profissionais cresce, mas a atenção do público é cada vez mais disputada, médicos que desejam crescer com consistência não podem resumir marketing a presença digital. A consultora Fernanda Utrini, especialista em estratégia e posicionamento de marca médica, reforça: marketing é negócio — e marca é percepção.
“Muitos médicos acham que marketing é fazer post no Instagram. Mas marketing envolve decisões sobre público-alvo, modelo de atendimento, precificação, experiência do paciente e canais de visibilidade. Comunicação é só uma parte — importante, mas não única.”
Segundo Fernanda, construir uma marca médica valiosa exige clareza de posicionamento: entender o que se quer ser, para quem, e por quê. Só depois disso se define como comunicar, precificar e entregar valor.
“Antes de pensar em seguidor, a pergunta precisa ser: que tipo de médico você quer ser reconhecido como? Isso vale para quem atende convênio ou só particular. Marca forte não é sobre glamour, é sobre coerência entre o que se promete e o que se entrega.”
Ela lembra que branding vai muito além da identidade visual. Envolve reputação, diferencial competitivo, linguagem, ambiente físico, jornada do paciente, até o jeito de cobrar ou orientar. É um sistema de escolhas estratégicas que sustentam o posicionamento e geram valor percebido.
“Hoje, quem não se posiciona intencionalmente, acaba sendo posicionado pelos outros. E quem comunica sem critério, corre o risco de ser mais lembrado pelas aparências do que pela competência.”
O recado final é direto:
“Post não constrói marca. Mas pode reforçar uma marca bem posicionada. O que diferencia improviso de estratégia é ter clareza do que se quer construir — e consistência para sustentar isso em cada ponto de contato com o paciente.”