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Fábrica de fantasia que pegou fogo não tinha autorização dos bombeiros

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A Maximus Confecções, fábrica de fantasias que pegou fogo na manhã desta quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, não tinha autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar. A informação é do coronel Luciano Sarmento, subcomandante-geral da corporação.

Vinte e uma pessoas foram socorridas pelos bombeiros. Ao menos 11 estão em quadro grave de saúde. Não há mortos, nem desaparecidos.

“A edificação não possuía aprovação do Corpo de Bombeiros, não tinha a condição de segurança necessária para estar funcionando”, afirmou Sarmento.    

 “Era uma edificação que possuía muitos materiais de alta combustão, como plásticos e papéis. A edificação não possui certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros e, por consequência, não tinha as condições de segurança para o funcionamento”, completou em entrevista a jornalistas no local do incêndio.

Segundo o coronel, o Corpo de Bombeiros despachou viaturas às 7h39 e chegou ao local em menos de cinco minutos. A área atingida pelo fogo é de cerca de 500 metros quadrados. Algumas áreas foram bastante destruídas. Os bombeiros precisaram de duas horas para controlar as chamas e iniciar o trabalho de rescaldo.

 Segundo Sarmento, 70 bombeiros de 13 quartéis e 20 viaturas atuaram no combate ao fogo e socorro das vítimas.

 A Maximus Confecções fica na rua Roberto Silva, em Ramos, bairro da zona norte carioca, e fabricava fantasias para diversas escolas de samba.

Hospitais 

De acordo com a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas, no bairro vizinho da Penha, dez pessoas foram levadas para a unidade, sendo nove em estado grave: três homens e seis mulheres. A décima vítima passava por avaliação ainda na manhã desta quarta-feira.

“Todos os pacientes deram entrada com queimaduras em via aérea após inalação de fumaça tóxica”, esclareceu a unidade em nota.

 A Secretaria Municipal de Saúde informou que oito vítimas foram encaminhadas para unidades da rede municipal, sendo quatro no Hospital Municipal Souza Aguiar, duas no Centro de Emergência Regional da Ilha do Governador, duas no Hospital Municipal Salgado Filho. Duas estão em estado grave (no Souza Aguiar).

Relatos de vítimas

Os relatos de pessoas que estavam na fábrica de fantasias dão conta de que o fogo começou bem cedo e se alastrou rapidamente, por causa da presença de materiais infláveis como espumas e tecidos.

Por causa da proximidade do carnaval, a fábrica funcionava com turno estendido e alguns funcionários dormiam no local. Há casos de pessoas que foram acordadas com a gritaria e pedidos de socorro.

O funcionário Ricardo Santos contou que tinha acabado de chegar e estava se preparando para começar a trabalhar, quando presenciou o desespero de colegas.

 “Veio a gritaria, todo mundo gritando. Eu estava me arrumando. Não sei como começou. Só pensei em ajudar”, disse ele, que usou uma escada para ajudar a socorrer outros trabalhadores. “Coloquei a escada no pé da janela para todo mundo descer”, observou.

Marilúcia Blackman, moradora de um prédio vizinho à fábrica, disse que percebeu o incêndio ao olhar pela janela de casa e ver muita fumaça preta. “Eu tirei as pessoas dos fundos, fui chamando e ligando para o bombeiro”, relatou. “A gente não sabe o que vai acontecer, eu não sei se eu vou poder voltar para a minha casa”, lamentou.

O coronel Luciano Sarmento, do Corpo de Bombeiros, informou que imóveis vizinhos estão passando por uma avaliação de comprometimento estrutural por parte da Defesa Civil.

Além de fantasias, a Maximus também fabrica roupas para alas, diretorias das escolas, torcidas de futebol e fardas militares. A Agência Brasil busca contato com a Maximus Confecções.

A Polícia Militar mantém a área isolada, enquanto a Polícia Civil realiza a perícia e investiga as causas do incêndio. A ocorrência foi registrada na 21ª Delegacia de Polícia.

Desfiles

A fábrica produzia fantasias e vestimentas para diversas escolas de samba. A Império Serrano e Unidos da Ponte informaram que toda a produção do desfile deste ano estava na confecção. As duas agremiações são da Série Ouro, o grupo de acesso do carnaval carioca.

A Liga RJ, que representa as escolas do grupo de acesso, lamentou o incêndio, prestou solidariedade às escolas e convocou uma reunião para tratar da situação das agremiações.

*Sob supervisão

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Lista de mortos em operação no RJ evidencia letalidade de jovens

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© Joédson Alves/Agência Brasil

Pelo menos dois adolescentes, um de 14 e outro de 17 anos, foram mortos na operação policial nos complexos da Penha e do Alemão contra o Comando Vermelho, na semana passada. Ao menos outros seis tinham menos de 20 anos, segundo lista com a identificação dos mortos divulgada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O documento revela que pelo menos um em cada três assassinados era jovem, com até 25 anos, apesar de imprecisões identificadas pela Agência Brasil, como o erro na data de nascimento de um dos mortos ─ Yago Ravel, de 19 anos, que teve o corpo encontrado decapitado, nasceu em 2006, e não em 1998.

O balanço oficial aponta que a ação deixou 121 pessoas mortas, sendo dois policiais civis e dois militares. Nomes, fotos e idades dos civis, inclusive dos adolescentes, foram divulgados em uma lista da Polícia Civil, que também continha anotações criminais e postagens nas redes sociais usadas pela polícia como indicadores de que os mortos tinham ligação com tráfico de drogas.

O menor dos adolescentes mortos, de 14 anos, era de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O pai do menino, Samuel Peçanha, trabalhador de serviços gerais, contou à Agência Brasil, ainda na porta do Instituto Médico Legal, semana passada, que o adolescente tinha saído para bailes nos complexos da Penha e do Alemão, quando sumiu.

Samuel largou o emprego para procurar o menino na capital e relatou o sofrimento da família durante a entrevista. Além da mãe, o menino deixou três irmãos.

“Ele tinha 14 anos, mas vinha com os amigos para frequentar esses bailes”, contou Samuel. “Filho a gente não segura, né?”, lamentou. 

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No dia da ocorrência, o pai falou com o garoto de manhã e cobrou que ele voltasse para casa. “Eu falei com ele 8h40, e ele disse que ia vir. Eu estava cobrando, mas, depois disso [da operação], o telefone dele se calou”, lembrou Samuel.

O adolescente foi reconhecido por pessoas da comunidade, que contaram ao pai que ele foi morto na mata, área onde se deu o confronto mais violento, com a participação do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).

 

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil

A Agência Brasil não conseguiu localizar a família do adolescente de 17 anos. Ao Jornal O Globo, o avô do jovem disse que tentou se despedir do garoto quando o corpo foi enfileirado com mais 80, na Vila Cruzeiro. O homem, que preferiu manter o anonimato, contou que criou o neto, como filho, mas não conseguiu impedir o envolvimento com o crime.

“Dentro da comunidade, a gente acaba perdendo para isso aí (aponta para a fila de corpos). Você perde o filho duas vezes: uma quando ele já não consegue te escutar (e entra para o crime) e depois quando morre”, desabafou, emocionado, ao O Globo.

O avô disse ao jornal que chegou a enfartar por causa dos “problemas” anteriores do adolescente e que, por isso, estava afastado do trabalho. No dia da operação, ele disse que falou com o neto ainda de madrugada e que ele tinha prometido se cuidar, em meio à operação.

Oito mortos com menos de 20 anos

A lista divulgada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro mostra que, entre os mortos, oito não tinham completado 20 anos, e mais da metade tinha 30 anos ou menos. A pessoa mais velha entre os mortos completaria 55 anos em 2025. 

Além das anotações criminais, a polícia incluiu na lista dos antecedentes criminais dos mortos supostas provas da relação de alguns deles com o tráfico de drogas. Um dos jovens foi associado à facção Comando Vermelho, alvo da ação, por ter postado figurinhas vermelhas de uma flor e uma bandeira em perfil de rede social.

Rio de Janeiro - 06/11/2025 - Pelo menos dois adolescentes, um de 14 e outro de 17 anos, foram mortos na operação policial nos complexos da Penha e do Alemão. Foto: Divulgação
Rio de Janeiro - 06/11/2025 - Pelo menos dois adolescentes, um de 14 e outro de 17 anos, foram mortos na operação policial nos complexos da Penha e do Alemão. Foto: Divulgação

Os dois adolescentes assassinados, no entanto, foram flagrados nas redes posando ao lado de fuzis.

Ao divulgar a lista, o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, minimizou o fato de parte dos mortos não ter imagens em redes sociais portando armas nem anotações criminais.

“Não significa nada. Se eles não tivessem reagido à abordagem dos policiais, teriam sido presos em flagrante pelo porte de fuzis, granadas e artefatos explosivos, por tentativa de homicídio contra os agentes de segurança e também pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. Portanto, são narcoterroristas que saíram do anonimato”.

Ausência do Estado 

Ativista dos direitos humanos, ex-vereadora e uma das fundadoras do Movimento Moleque, que apoia mães de filhos vítimas da violência, Mônica Cunha observa uma realidade perversa no fato de jovens terem sido a maioria das vítimas da Contenção. Ela culpa o racismo por retirar investimentos públicos de áreas mais pobres das cidades e de políticas públicas que atendam a população negra, como saúde, educação, cultura e até a ressocialização.

“O Estado produz esses meninos para, quando matar, ter uma justificativa”, avaliou.

Para a ativista, os investimentos públicos que deveriam ir para a juventude, em uma lógica oposta, são direcionados a ações de militarização da segurança baseadas no confronto, como as operações policiais, que produzem um alto número de mortes.

 

Rio de Janeiro - 06/11/2025 -  ativista fundadora do Movimento Moleque, Monica Cunha. Foto: Divulgação/Katja Schilirò
Rio de Janeiro - 06/11/2025 -  ativista fundadora do Movimento Moleque, Monica Cunha. Foto: Divulgação/Katja Schilirò

Por outro lado, ela vê na rejeição desse grupo pelo Estado uma porta para organizações criminosas, que se apresentam como uma alternativa de pertencimento ilusória.

“O poder paralelo é um lugar de aceitação. É um lugar que ninguém vai estar me olhando, me julgando, me dizendo que eu sou diferente, julgando minha fala, minha roupa ou o meu cabelo. Eu vou estar com os meus iguais. A escola não tem água, a cultura não existe, o que ele canta ou o que ele dança é feio (…). O poder paralelo usa tudo isso”.

Mônica define essa lógica como genocida, não apenas pelas mortes diretas, mas por eliminar oportunidades de um jovem negro ter uma vida digna. “O genocídio não se dá apenas quando ele [o Estado] aponta o fuzil e bota esse corpo no chão. O genocídio se dá lá atrás, quando, [o Estado] tira tudo, quando deixa esse jovem sem oportunidade”. 

A perda de vidas deveria ser inaceitável, segundo a defensora. A sociedade deixa de renovar os seus quadros e de contar com esses olhares para solucionar suas próprias questões. “Estamos perdendo o nosso futuro enquanto humanidade”, concluiu.

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Educação

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Termina nesta sexta-feira (7), às 18 horas (horário de Brasília), o período de inscrições para o  vestibular indígena 2026 da Universidade de Brasília (UnB).

As inscrições dos candidatos indígenas devem ser feitas exclusivamente pelo meio virtual, direto no site específico do vestibular do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

O vestibular indígena é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UnB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A iniciativa tem o objetivo de promover o acesso deste público ao ensino superior.

As vagas deste processo seletivo são destinadas a quem busca o primeiro curso de graduação ou para quem nunca terminou um curso superior.

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Quem pode se inscrever

O processo seletivo é destinado a selecionar exclusivamente candidatos indígenas que tenham cursado ou estejam cursando o ensino médio integralmente em escolas da rede pública.

Nos casos de candidatos que cursaram ou cursam o ensino médio na rede privada de ensino é necessário comprovar que o estudante foi beneficiado por uma bolsa de estudos integral ou parcial de, no mínimo, 50%.

Os candidatos que necessitarem de atendimento especializado ou desejarem usar o nome social devem sinalizar as respectivas opções no momento da inscrição.

Somente será permitida uma inscrição por Cadastro de Pessoa Física (CPF). O candidato que tiver concluído curso superior não poderá participar, em hipótese alguma, do vestibular, sob pena de imediata eliminação.

Por isso, no sistema de inscrição, o candidato deverá declarar que não concluiu a graduação em uma instituição de ensino superior.

Vagas

Ao todo, são 154 vagas em mais de 40 cursos de graduação oferecidos pela UnB, no primeiro e no segundo semestres de 2026. As vagas estão distribuídas nos campi Darcy Ribeiro (Asa Norte), Ceilândia, Planaltina e Gama, todos no Distrito Federal.

Os cursos de graduação são para cursos de bacharelado e licenciaturas nos turnos diurno e noturno. Entre eles, administração; engenharias mecânica, aeroespacial, automotiva e eletrônica; nutrição; psicologia; gestão de agronegócios; e saúde coletiva.

Confira aqui a lista de cursos e as respectivas vagas oferecidas no próximo ano letivo por turno.

Seleção

A seleção para ingresso nos cursos de graduação oferecidos pela UnB abrange as seguintes fases, de responsabilidade do Cebraspe:

  • aplicação das provas objetiva e de redação em língua portuguesa, no dia 7 de dezembro, de caráter eliminatório e classificatório;
  • avaliação de documentação e entrevista pessoal, de caráter eliminatório, de 8 a 10 dezembro;

Apesar das vagas serem oferecidas no Distrito Federal, as seleções serão realizadas nas seguintes localidades: Boa Vista (RR); São Gabriel da Cachoeira (AM); Tabatinga (AM); Brasília (DF); Canarana (MT); Cabrobó (PE), na Aldeia Sabonete – Escola Estadual Indígena Capitão Dena; e São Sebastião (AL), na Aldeia Karapotó Terra Nova.

O candidato deve também enviar documentos para a homologação da inscrição e anexar uma fotografia individual, tirada até seis meses anteriores à inscrição, em que necessariamente apareça a cabeça descoberta e os ombros do candidato.

Se a fotografia não obedecer às especificações do edital, o candidato poderá passar por uma identificação especial, no dia de aplicação das provas.

 

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Política

COP30: Lula se reúne com líderes da Alemanha, Portugal e Moçambique

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© Bruno Peres/Agência Brasil

Após se reunir com os presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unidos, Keir Starmer, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua nesta sexta-feira (7) a agenda de reuniões bilaterais com mandatários presentes à Cúpula de Líderes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém.

Estão programados encontros com os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz; de Portugal, Luís Montenegro; e com o presidente de Moçambique, Daniel Chapo. 

Na pauta, a discussão sobre o enfrentamento da crise climática. Existe a expectativa de que a Alemanha anuncie sua contribuição para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).

O fundo vai combinar investimento público e privado e prevê que os recursos sejam repassados a países com florestas tropicais para que trabalhem pela preservação dessas áreas.

Ao todo, 34 países com florestas tropicais endossaram a Declaração do TFFF, cobrindo quase 90% das florestas tropicais em países em desenvolvimento, incluindo Indonésia, República Democrática do Congo e China. 

A proposta é que sejam captados, durante a COP20, US$ 25 bilhões por países investidores. Espera-se que o aporte seja um atrativo para alavancar o capital da iniciativa privada e, com isso, reunir US$ 125 bilhões a serem investidos na conservação das florestas tropicais.  

O Brasil anunciou o aporte de US$ 1 bilhão. A Noruega se comprometeu com US$ 3 bilhões para os próximos dez anos condicionados; a Indonésia vai aportar US$ 1 bilhão. A França indicou que poderá investir até US$ 577 milhões até 2030. Já Portugal anunciou um aporte de US$ 1 milhão. 

A Alemanha endossou integralmente o TFFF e informou que seu compromisso financeiro será discutido amanhã entre o presidente Lula e o Chanceler Friedrich Merz. Já os Países Baixos declararam que estão considerando apoiar a iniciativa. 

Encontros bilaterais 

Segundo a agenda de Lula, a primeira reunião bilateral será com o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, no final da manhã.

No começo da tarde, será a vez do primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz. Às 15h está prevista a reunião com o presidente de Moçambique, Daniel Chapo.

Na tarde de ontem, durante o encontro de Lula com o presidente da França, Emmanuel Macron, os dois líderes destacaram a prioridade conferida por seus governos ao enfrentamento da mudança do clima. 

Os presidentes conversaram ainda sobre o combate ao desmatamento e a proteção das florestas, com destaque para o lançamento do TFFF.

Também foram abordados os avanços na cooperação em matéria de defesa e de ciência e tecnologia, desde a visita de Estado do presidente Lula a Paris.

Os presidentes determinaram o reforço da cooperação policial na região da fronteira entre Brasil e Guiana Francesa para o combate ao narcotráfico, o corte ilegal de madeira e o garimpo.

Lula manifestou ainda a expectativa de poder assinar o Acordo do Mercosul com a União Europeia ainda neste ano, durante a presidência brasileira do bloco. 

Mais cedo, Lula participou de um encontro com o príncipe de Gales, William, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. Na ocasião, Lula também deu destaque para o fundo de preservação das florestas e reforçou a necessidade de os países implementarem os compromissos já assumidos em COPs anteriores. 

Segundo informou o Planalto, o príncipe William parabenizou o Brasil pela iniciativa, que descreveu como inédita em razão da magnitude dos recursos que tem potencial de mobilizar, e comprometeu-se a divulgar o TFFF em seus contatos ao redor do mundo. O primeiro-ministro Starmer lembrou que o Reino Unido se engajou no desenvolvimento do TFFF desde a sua concepção e assegurou sua disposição de seguir apoiando o fundo.

Fonte: Ag. Brasil

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