Após um período de silêncio, Vinícius Coimbra celebra o renascimento de um dos projetos mais autênticos do cenário independente: a Riviera. Criada em 2012 como um refúgio íntimo para suas inquietações mais profundas, a banda retorna com novo fôlego e um novo trabalho, “Com o Passar dos Anos”, reafirmando sua essência visceral e poética.
“Voltar com a Riviera é como se a gente estivesse respirando de novo. É um alívio, uma alegria e, ao mesmo tempo, um desafio necessário. A gente precisou desse tempo pra entender o que ainda queria ser dito — e agora sentimos que temos muito a dizer”, afirma Vinícius.
Com uma trajetória marcada por lançamentos conceituais e emocionalmente intensos, a Riviera consolidou sua identidade ao transitar entre o rock alternativo, o post-grunge e a música introspectiva. O primeiro marco veio com “Outono” (2013), seguido pelo aclamado “Somos Estações” (2016), álbum que abordava a fluidez das emoções humanas ao longo das estações do ano. Em 2017, “Aquário” mergulhou em temas como saúde mental e isolamento emocional, ampliando o alcance da banda e conquistando novos públicos.
Além dos lançamentos impactantes, a Riviera colecionou marcos importantes em sua trajetória: venceu o festival Rec and Play do Palco MP3, participou do Converse Rubber Tracks Brasil, gravando com Jean Dolabella (ex-Sepultura), e lançou o single Teletela com participação de Bruno Paraguay (Eminence) e produção de Cris Simões (Skank, Jota Quest). A banda ainda dividiu palco com nomes como Pitty, Fresno, Scalene e Far From Alaska.
Agora, com “Com o Passar dos Anos”, a Riviera reflete sobre o tempo como elemento transformador. O disco, dividido entre “Passado Presente” e “Presente Futuro”, narra ciclos de construção, perda e renascimento. “É um disco sobre amadurecer, sobre aceitar as dores e aprender com elas. Acho que o público vai se reconhecer nessas faixas, porque falam de coisas que todo mundo vive, mesmo que em silêncios”, explica Vinícius.
O retorno da banda não é apenas um reencontro com os fãs, mas também uma promessa de continuidade. “A expectativa é que mais gente conheça o que a gente faz. Quem já acompanhava vai perceber a evolução, e quem está chegando agora vai encontrar verdade em cada verso”, conclui Vinícius.
Com o coração aberto e os acordes prontos para ecoar mais uma vez, a Riviera prova que a arte, quando feita com entrega e propósito, nunca se cala — apenas aguarda o tempo certo para florescer de novo.
https://www.instagram.com/projetoriviera?igsh=dXZiaW93emZnZml0