Home Notícias Educação Tarcísio sanciona lei que cria escolas cívico-militares em SP
Educação

Tarcísio sanciona lei que cria escolas cívico-militares em SP

Envie
Tarcisio
© Rovena Rosa/Agência Brasil
Envie

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou nesta segunda-feira (27) a lei que instituiu o Programa Escola Cívico-Militar na rede paulista de ensino. Segundo o governo paulista, a expectativa é que de 50 a 100 escolas cívico-militares estejam em funcionamento no início de 2025 no estado.

De acordo com o Palácio dos Bandeirantes, serão reservados para o pagamento dos monitores militares R$ 7,2 milhões do orçamento anual da educação no estado. São previstos rendimentos de mais de R$ 6 mil para jornadas de 40 horas semanais aos militares. Os pagamentos aumentam em 50%, podendo chegar a mais de R$ 9 mil, para coordenadores ou oficiais. Os valores são maiores do que os salários recebidos por parte dos professores da rede pública estadual. Na última seleção de professores temporários, foram anunciados salários de R$ 5,3 mil para jornadas de 40 horas semanais.

“As escolas cívico-militares são uma opção adicional no roteiro do ensino público para criar um ambiente com mais segurança, onde os pais vão ter um conforto e a gente possa desenvolver o civismo, cantar o Hino Nacional e fazer com que a disciplina ajude a ser um vetor da melhoria da qualidade de ensino”, disse o governador.

A lei estabelece que a Secretaria da Educação será responsável pelo currículo pedagógico das unidades cívico-militares, pela formação continuada de professores e pela adequação física das escolas. A Secretaria da Segurança Pública vai indicar policiais militares da reserva para atuar como monitores, além de desenvolver atividades extracurriculares e organizar a disciplina e a segurança nas unidades.

Segundo o governo do estado, a implantação do novo modelo será gradual, com “consentimento expresso das comunidades escolares em consultas públicas” que deverão ser promovidas ao longo deste ano. O agendamento de cada evento deverá ser publicado no Diário Oficial do estado com prazo mínimo de 15 dias de antecedência. O programa poderá ser implementado em escolas dos ensinos fundamental e médio.

“A iniciativa da escola cívico-militar está alinhada ao Plano Estadual de Educação. É uma iniciativa altamente democrática, que dá opção às famílias e incrementa o portfólio de escolas da rede pública. A escola cívico-militar tem o propósito de melhorar o aprendizado e o ambiente escolar, além de reduzir a violência”, afirmou o secretário executivo da Educação, Vinicius Neiva.

Além da aprovação da comunidade escolar, a seleção das escolas participantes deverá ser definida mediante critérios previstos na nova legislação, como índices de vulnerabilidade social e taxas de rendimento e fluxo escolar — aprovação, reprovação e evasão – inferiores à média estadual.

A forma de escolha das escolas – baseada nesses índices – é contestada por especialistas. A professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos, que faz parte da Rede Nacional de Pesquisa Sobre Militarização da Educação, criticou a maneira de seleção.

“Essas escolas nessas áreas mais vulneráveis são as escolas do público que, via de regra, a área de segurança mata no país. Ela mata, ela encarcera. E esses policiais vão para dentro da escola lidar com esses estudantes, que não vão ficar nas escolas, porque o histórico que a gente tem de escola militarizada no Brasil é que esses estudantes são expulsos da escola”, criticou Catarina em entrevista à TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O projeto foi criticado também pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). “Vamos nos mobilizar para impedir a transformação de escolas regulares em escolas cívico-militares ou criação dessas escolas com recursos da educação; para que não sejam pagos salários superiores aos de professores para militares aposentados; para que não sejam formatadas as mentes de nossas crianças e jovens de acordo com o pensamento único do militarismo”, diz nota divulgada pelo sindicato após a aprovação do texto na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na semana passada.

 

Fonte: Agência Brasil

Envie

Arco

Mais notícias

Artigo relacionado
Dall-e
Educação

Comprar Diploma Superior: Como é o Processo?

No Brasil, a ideia de comprar diploma superior gerou um grande debate. Muitas pessoas querem ter um diploma universitário sem estudar. Essa ação, embora pareça atraente, envolve documentos falsos que mostram formação acadêmica. É importante saber as consequências sociais e éticas dessa escolha. Optar por um diploma falso questiona a valorização da educação. Também afeta o mercado de trabalho, gerando debates sobre a autenticidade do conhecimento. Entendendo o Processo de Comprar Diploma Superior O diploma superior é muito importante no mundo profissional hoje. Ele mostra que alguém terminou um curso superior em uma escola reconhecida. Isso prova que a pessoa aprendeu o necessário para trabalhar na área que estuda. Este documento é visto como essencial para conseguir empregos. Isso porque muitas empresas pedem um diploma como prova de que o candidato tem as habilidades certas. O que é um diploma superior? Um diploma superior confirma que alguém terminou os estudos exigidos por uma escola. Essa qualificação pode ser em muitas áreas, como Engenharia, Medicina, Tecnologia da Informação e Design. A validade do diploma é muito importante. Isso porque garante que o título seja reconhecido por governos e empresas. Assim, o diploma é um passo importante para o sucesso profissional. Motivos para considerar a compra de um diploma Muitas pessoas pensam em comprar um diploma superior. Isso pode ser por várias razões: Quem quer entrar mais rápido no mercado de trabalho, sem ter feito a graduação de forma tradicional....

Marcos Oliveira/Agência Senado
Educação

MEC celebra 95 anos com evento de saúde e bem-estar para servidores e famílias

Legenda: Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios, Brasília,...

Foto: Divulgação
Educação

Laboratório do Futuro promove Ciclo de Debates sobre Estratégias Digitais para Políticas Públicas

O Laboratório do Futuro da Universidade Federal do Ceará (UFC), realiza em...