Home Estilo de vida Comportamento Será mesmo um Feliz Dia dos Pais para todos? Cresce o abandono afetivo no país
Comportamento

Será mesmo um Feliz Dia dos Pais para todos? Cresce o abandono afetivo no país

Envie
Será mesmo um Feliz Dia dos Pais para todos? Cresce o abandono afetivo no país
Envie

 

 

Mesmo com uma enxurrada de propagandas exibindo famílias felizes com pais presentes, a realidade da grande maioria das famílias brasileiras é outra. De acordo com dados do IBGE, aproximadamente 12 milhões de mães chefiam sozinhas os lares. Deste número, mais da metade sobrevive abaixo da linha da pobreza.

A Constituição Federal (CF/88), em seu artigo 227, atribuiu a família o dever de assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

No mesmo sentido, o artigo 229 da CF/88 atribui especificamente aos pais o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

O abandono afetivo pode ser caracterizado de diferentes formas e manifestado a partir da omissão, discriminação, falta de apoio emocional, psicológico, social e ausência de afeto aos filhos. Atualmente, no Brasil, os danos causados pelo abandono afetivo podem gerar indenização às vítimas da ausência significativa de um dos genitores.

Não é de hoje que o abandono afetivo pode ser visto de forma expressiva no país. Em 2017, segundo pesquisas da Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC), mais de 80.000 crianças registradas tinham apenas o nome da mãe. Em 2018, quase 5,74% dos registros de nascimento tinham o nome do pai em branco. Em 2019, o número subiu para 6,15%.

“Importante salientar que o abandono afetivo não é caracterizado apenas pela ausência do genitor no registro civil, mas também pela falta de participação, apoio, amor, divisão de tarefas com as mães e tantas outras responsabilidades que permeiam a vida de pais e mães conscientes de seus papéis na vida dos filhos”, esclarece o advogado André Carneiro, especialista em Direito de Família.

Ainda de acordo com o advogado, o abandono afetivo significa o descumprimento dos deveres do poder familiar, citados no artigo 229 da Constituição Brasileira e 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que diz “toda criança tem o direito de ser cuidado pelos seus pais’ e isso sempre teve presente no ordenamento jurídico”.

Existem três tipos de abandono paterno. São eles:

  1. Abandono Intelectual:

Acontece quando o genitor deixa de arcar com os custos da educação primária do menor, que vai dos 4 aos 17 anos de idade. “No Brasil, o número de crianças que não frequentam a escola ainda é elevado”, pontua o advogado André Carneiro.

  1. Abandono Material:

Ocorre quando o genitor deixa de prover os recursos básicos para a subsistência do menor. “O não pagamento de pensão alimentícia pode resultar em prisão sem fiança do pai”, alerta o advogado.

  1. Abandono Afetivo:

Pode ser descrito como a indiferença afetiva do genitor em relação ao filho.      “Atitude caracterizada como descumprimento de cuidado, presença e educação”, explica o advogado André Carneiro.

 

Consequências do abandono afetivo:

Além das consequências psicológicas, que podem acompanhar os filhos por anos, até mesmo na fase adulta, há as consequências jurídicas – filhos vítimas de abandono afetivo podem recorrer ao direito a indenização por danos morais e também a utilização do recurso de exclusão do sobrenome do pai na certidão de nascimento.

 

Envie
Artigo relacionado
divulgação
Comportamento

Maiara não está sozinha: veja as famosas que também usam bioestimulador de colágeno no bumbum

O bumbum firme das celebridades não é apenas resultado de genética ou...

Divulgação
Comportamento

Supermercados ganham força como espaço de escolha e experimentação do consumidor

A jornada de compra do consumidor brasileiro deixou de ser linear. Entre...

Divulgação
Comportamento

Kesla Mendes: Transformando Imagem e Autoestima em Brasília

Em meio à efervescência do mercado de beleza, há profissionais que se...

Divulgação
Comportamento

Afinal, por que os talentos estão deixando as empresas?

Especialista em liderança humanizada, Vivi Quiessi analisa os motivos que levam profissionais...