Educação
Raízes Daqui completa segundo mês com oficinas de Coco de Roda e receptividade excepcional nas escolas públicas carioca
A receptividade nas escolas continuou superando as expectativas dos organizadores. No Colégio Pedro II, a professora Patrícia Pacheco, do laboratório de ciências do ensino fundamental, destacou o impacto imediato das atividades nos estudantes: “O que eu percebi de mais marcante no envolvimento das crianças durante as atividades foi a alegria. O brilho nos olhos é alegria, é um corpo vibrante”.
As oficinas atenderam turmas inteiras do terceiro e quarto anos, com grupos da manhã e tarde participando das atividades. Segundo a professora do Colégio Pedro II, cerca de 30 a 35 crianças participaram das sessões principais, enquanto o quarto ano, devido ao cronograma mais rígido, participou no contraturno com uma média de 16 estudantes.
“Logo de cara, a Negadeza, o Beto Lemos e a equipe Raízes Daqui foram muito felizes ao começar diretamente com a musicalidade, com o corpo, com o som, com os instrumentos. Isso agrega muito ao interesse das crianças”, destacou a professora Patrícia, ressaltando como a metodologia prática conquistou os estudantes desde o primeiro momento.
A mestre Negadeza, um dos destaques das oficinas de setembro, expressou sua satisfação com a oportunidade: “Fiquei extremamente feliz por ter oportunidade de repassar tudo o que me foi deixado pela minha ancestralidade pelas minhas mais velhas Mestras da cultura popular, do Coco Pernambucano”. A artista, que pertence a uma linhagem tradicional do Coco de Roda em Recife e Olinda, trouxe autenticidade e legitimidade às atividades.
O diferencial do projeto reside na presença de mestres populares autênticos. Como explica a professora Patrícia: “O Raízes Daqui traz para dentro da escola, de forma genuína, legítima, a presença de um narrador ou uma narradora, ligada à música, ligada ao ritmo e diretamente vinculada às tradições populares de matriz afroindígena nordestina”.
Um dos aspectos mais marcantes observados durante as oficinas foi o impacto na autoestima e representatividade dos estudantes. “É nítido. Durante a oficina, as crianças negras, brancas, pobres, ricas, estão juntas na escola o tempo inteiro. Mas na oficina as crianças que normalmente são marginalizadas se sentem valorizadas”, relatou a professora, destacando como meninas negras se identificaram com a Negadeza e ganharam protagonismo ao pegar o microfone para cantar.
A mestre Negadeza observou a transformação dos estudantes durante as atividades: “Eles chegam tímidos e vão se soltando de uma maneira mágica, essa é a força que a música tem. Me faz muito feliz essa vontade deles quererem participar”. A artista também ressaltou a importância da liberdade de expressão e do respeito às diferentes crenças dos estudantes.
Para Gilberto Teixeira, diretor e curador do projeto Raízes Daqui, as oficinas de setembro comprovaram mais uma vez a riqueza das manifestações nordestinas: “O ensino da cultura de tradição nordestina perpassa, obrigatoriamente, pelas manifestações mais raízes. As oficinas do Raízes Daqui, que aconteceram em setembro, provaram que o Coco de Roda representa uma das mais ricas e tradicionais manifestações nordestinas”.
O projeto também estabelece conexões importantes com a educação ambiental. Como destacou a professora Patrícia Pacheco: “O Coco de Roda é ligado à Terra, o Coco de Roda era dançado nos terrenos das casas de taipa para nivelar o chão da casa e essa força é da natureza como o chão, a Terra, o Barro, a madeira”. Essa ligação com elementos naturais oferece oportunidades pedagógicas que vão além da música e da dança.
A presença de mestres populares como a Negadeza trouxe um diferencial único para a aprendizagem. “Numa época em que a informação é tão fluida, vídeos de dois minutos no TikTok, 30 segundos no Instagram, isso não tem a mesma proporção na formação de jovens e crianças. Ter contato com uma narradora, ficar com os olhos brilhando diante da sua narrativa, é um diferencial”, enfatizou a professora Patrícia.
O projeto continua funcionando de terça a quinta-feira nas escolas públicas. A iniciativa, que atenderá cerca de 1.500 alunos até novembro, ainda terá oficinas de Frevo em outubro e encerrará com Bumba Meu Boi em novembro.
O Raízes Daqui é uma realização do Instituto Cultural da Feira e Ministério da Cultura/Governo Federal, com apoio da Prefeitura do Rio/RioTur, e representa um modelo inovador de turismo patrimonial baseado na experiência viva da cultura popular nordestina.
Educação
Dia do Empreendedorismo Feminino: mulheres são maioria em cursos de capacitação para empreendedores
Iniciativas do Instituto BAT Brasil mostram que público feminino corresponde a 70% dos alunos que buscam se qualificar para comandar seu negócio próprio
Criado pela ONU em 2014, o Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro, reconhece o papel transformador das mulheres na economia e na sociedade. No Instituto BAT Brasil, essa transformação é uma realidade. Nos cursos de qualificação voltados para microempreendedores no meio urbano e rural, elas correspondem a sete de cada 10 participantes – e já colhem frutos do seu esforço por aprimoramento profissional.
A instituição formou 1,4 mil mulheres nos últimos anos nos programas de formação Decola Negócios e Novos Rurais, iniciativas que ajudam a impulsionar a autonomia financeira das empreendedoras. Dados do Instituto revelam que, após a formação, as alunas perceberam um aumento de até 30% na renda obtida com seus negócios próprios.
A presença feminina cresceu até mesmo em ambientes notadamente masculinos. No programa Novos Rurais, que incentiva empreendedores do campo com formação e apoio financeiro, elas saíram de 30% para 70% dos alunos formados entre 2012 e 2025.
A exemplo de tantas histórias, uma delas chama a atenção. Ana Paula (sobrenome), (22), de Gramado Xavier (RS), começou a empreender em um espaço dominado por décadas por homens e hoje colhe os frutos de seu próprio negócio. Em 2023, após participar do programa Novos Rurais, ela implementou uma estufa de morangos suspensos, modelo mais sustentável de cultivo, que garante renda semanal à família.
“Sempre achei que empreender era algo distante para quem mora no campo, mas o programa me mostrou que é possível começar pequeno e crescer com planejamento. Hoje tenho meu próprio espaço, que cresce a cada semana, e consigo inspirar outras mulheres da comunidade a fazer o mesmo”, conta Ana Paula (sobrenome).
Segundo dados do Sebrae de 2024, as mulheres já representam 34% dos empreendedores brasileiros, com crescimento contínuo nos últimos anos. Mesmo diante dos desafios no acesso a crédito e capacitação, iniciativas como as do Instituto BAT Brasil ajudam a reduzir barreiras e a promover uma nova geração de líderes femininas.
“Cada mulher que passa por nossos programas leva consigo mais do que conhecimento técnico: leva confiança e independência. São elas que estão redesenhando o cenário do empreendedorismo no Brasil, trazendo inovação nos negócios e gerando renda”, afirma Nicole Hajj, diretora do Instituto BAT Brasil.
Sobre o Instituto BAT Brasil
O Instituto BAT Brasil é uma organização sem fins lucrativos mantida pela BAT Brasil, líder no mercado nacional de cigarros. Comemorando seus 25 anos de existência, aposta no empreendedorismo como ferramenta de transformação social, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Entre suas iniciativas estão os Novos Rurais, que financiam novos negócios no campo; e o Decola Negócios, que apoia empreendedores urbanos. Ao longo de sua história, o Instituto contribuiu para a geração de oportunidades e renda em diversas comunidades, sempre com o objetivo de reduzir desigualdades sociais.
Educação
PND 2025: Inep divulga resultado dos pedidos de reaplicação da prova
Os candidatos da primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) que pediram a reaplicação do exame já podem conferir o resultado da análise feita pela equipe do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O resultado da solicitação está disponível no site do Sistema PND do Inep.
A reaplicação do exame acontecerá no dia 30 de novembro.
Puderam solicitar a reaplicação os candidatos que não fizeram a prova na data regular devido a problemas logísticos durante a aplicação regular.
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Reaplicação obrigatória
Os participantes de nove locais que o Inep cancelou a aplicação regular da prova estão automaticamente inscritos na reaplicação.
A decisão do Inep de invalidar a aplicação regular da PND 2025, em 26 de outubro, nos locais de provas listados em portaria, foi motivada pela constatação de irregularidades que comprometeriam a lisura e a isonomia do exame. Entre as situações estão a superlotação de salas e a ausência de condições adequadas de aplicação da prova.
Os locais de provas e os respectivos municípios de reaplicação obrigatória são:
- São Luís (MA): IEMA Pleno Rio Anil;
- Vespasiano (MG): Escola Estadual Professor Guilherme Hallais França;
- Santa Rita (PB) (ECI E.F.M Maria de Lourdes Araújo;
- Guarujá (SP): Unaerp Guarujá;
- Guarulhos (SP): EE Pastor João Nunes;
- Santo André (SP): EE Dr.Celso Gama;
- São Paulo (SP): EE Brigadeiro Gavião Peixoto, Emef Antonia e Artur Begbil, EE Deputado Geraldino dos Santos.
De acordo com o edital complementar, que estabelece as regras para a solicitação de reaplicação da PND 2025, o novo Cartão de Confirmação de Inscrição será disponibilizado posteriormente no Sistema PND para os participantes que tiveram o pedido aprovado.
O documento informa o número de inscrição, o local, a data e hora de reaplicação da PND 2025.
Gabaritos
Nesta terça-feira (11), também foi divulgada, no Portal do Inep, a versão final dos gabaritos da aplicação regular PND 2025, em outubro, após deferimento de recursos referentes à versão preliminar do gabarito das questões objetivas e ao padrão de resposta da questão discursiva.
Após a realização das provas objetivas da reaplicação, a partir de 1° de dezembro de 2025, os gabaritos serão divulgados no site do Inep, na parte de Provas e Gabaritos.
Reaplicação
Para o candidato aprovado para a reaplicação da PND 2025 valerá somente o resultado obtido na prova que será reaplicada no dia 30. O Inep esclarece que, em nenhuma hipótese, o resultado de quem concluiu a aplicação regular será divulgado àquele que teve o nome aprovado para a reaplicação.
O candidato que participou da aplicação regular da prova e estava em uma das salas em que a PND foi invalidada, o resultado será invalidado.
A Prova Nacional Docente não é uma certificação pública para o ofício de professor nem um concurso. O exame, criado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, tem o objetivo de auxiliar estados e municípios a selecionar professores para as próprias redes de ensino.
O MEC quer, por meio da Prova Nacional Docente, estimular a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos no magistério público do país.
Apelidada de Enem dos Professores ou CNU dos Professores, a prova será anual.
A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país.
Educação
Camila Balbo: Educação Inclusiva Muito Além da Sala de Aula
No Brasil, projetos como o Criança Esperança e o Teleton têm papel fundamental na promoção da inclusão social. Ambos mobilizam recursos e atenção para causas que transformam vidas: enquanto o Criança Esperança, em parceria com a UNESCO, financia projetos de educação, cultura e esporte voltados a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, o Teleton direciona esforços à AACD, apoiando o tratamento e a reabilitação de crianças com deficiência física.
Essas ações se somam a um conjunto de direitos garantidos por lei: toda criança com deficiência tem acesso assegurado à educação inclusiva, e a recusa de matrícula é crime. Além disso, têm direito à saúde com atendimento especializado, à cultura, ao esporte e ao lazer, tudo em formatos acessíveis. A legislação brasileira reforça o compromisso com a igualdade de oportunidades, a prioridade de atendimento e a participação plena dessas crianças na sociedade.
Mas, segundo a psicóloga Camila Balbo, com mais de 12 anos de experiência na área da inclusão, o verdadeiro desafio está em construir pontes entre escola, família e comunidade.
“O ponto mais importante é identificar quais programas realmente aproximam escola, família e comunidade. É preciso oferecer orientações objetivas, rotinas claras e acompanhamento de resultados para garantir a continuidade do cuidado”, destaca Camila.
Ela enfatiza ainda que a formação de educadores e equipes multidisciplinares é essencial para o avanço da inclusão:
“A capacitação de educadores e equipes, o apoio às famílias com uma linguagem acessível e o engajamento das comunidades locais são passos fundamentais para derrubar barreiras de participação e combater o estigma.”
Autora do livro “Caminhos de Amor”, Camila apresenta o Método PÉROLA, uma abordagem neuroinclusiva, prática e humanizada que propõe passos simples para o dia a dia de quem cuida e educa. O método nasceu da observação clínica e da convivência direta com famílias e escolas, traduzindo teoria em prática e promovendo um olhar mais empático e realista sobre o processo de inclusão.
“A inclusão acontece quando o olhar de um professor se transforma em esperança, quando uma família acredita no possível e quando a comunidade entende que cada criança é um universo inteiro pedindo apenas uma chance de brilhar.” Camila Balbo
O trabalho de Camila Balbo mostra que, embora o Brasil tenha avançado em políticas públicas e programas sociais, é a dedicação de profissionais comprometidos e da comunidade como um todo que transforma esses direitos em realidade. Sua atuação reafirma uma verdade essencial: a inclusão começa quando o amor encontra o conhecimento, e se fortalece quando toda a sociedade se une para garantir que nenhuma criança fique para trás.
“Afinal, esse é o verdadeiro alicerce de qualquer nação: onde há cuidado e educação caminhando lado a lado, há futuro, há humanidade e há esperança”, encerra Camila Balbo.
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