Negócios
Portos no limite intensificam os desafios da eficiência na logística brasileira
Por Marcus Voloch*
O diagnóstico sobre a crise portuária brasileira de 2024, cujos efeitos persistem em 2025, é amplamente conhecido e preciso. Contudo, para os armadores que gerenciam as frotas globais e conectam o Brasil ao mundo, os números de movimentação recorde e as estatísticas de congestionamento representam, acima de tudo, um severo desafio operacional.
O cenário pode ser descrito como um estrangulamento sistêmico da capacidade portuária. O crescimento expressivo na movimentação de cargas, especialmente de contêineres, encontrou uma infraestrutura que não evoluiu na mesma velocidade. O resultado foi a saturação da capacidade na maioria dos principais terminais portuários do país.
Estudos atuais apontam que portos operam com 90% ou mais de ocupação, dado que se torna ainda mais alarmante quando confrontado com as melhores práticas internacionais. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda que terminais portuários de containers operem com um nível de utilização entre 65% e 70% para manter a fluidez e a capacidade de absorver picos de demanda.
Operar muito acima desse patamar, como ocorre no Brasil, significa zero margem para desvios. Do ponto de vista da gestão de uma linha de navegação, um terminal nesse nível de estresse perde a flexibilidade, e um pequeno imprevisto gera dias de espera, com um severo efeito cascata em toda a rota marítima e cadeias logísticas.
Aumento de custos alternativos de transporte
Em terra, o reflexo é sentido diretamente pelos exportadores e importadores. A redução drástica da janela para recebimento de contêineres nos terminais, de uma semana para apenas um ou dois dias, transfere uma pressão operacional e de custos desproporcional para os transportadores e donos da carga. Isso força a busca por armazenagem externa, movimentações improdutivas, eleva os custos e cria uma constante incerteza sobre o sucesso do embarque.
Para a cabotagem, um modal estratégico para um país de dimensões continentais, o impacto é particularmente negativo. A ineficiência e a falta de fluidez nos portos minam duas das principais vantagens do serviço: previsibilidade e confiabilidade.
Quando a promessa de um serviço regular é quebrada pelos gargalos em terra, parte da carga naturalmente busca a flexibilidade do modal rodoviário. Essa migração, no entanto, representa um retrocesso na busca por uma matriz logística mais equilibrada e sustentável, pois o transporte “puro-rodoviário” tem um custo significativamente mais alto e suas emissões de gases de efeito estufa podem ser até cinco vezes maiores por tonelada transportada por quilômetro quando comparado à cabotagem.
A discussão sobre novos projetos de infraestrutura, como o futuro “Tecon 10” em Santos, é emblemática. A questão crítica não é apenas o longo prazo de maturação do projeto, com idas e vindas na burocracia estatal, mas o próprio modelo de licitação. Ao sinalizar que os principais players de transporte de contêineres do mundo podem ser alijados do processo, o Brasil caminha na contramão da prática consolidada nos portos mais eficientes do mundo.
Nesses hubs, onde o operador do navio também opera o terminal portuário de forma integrada, é um modelo de sucesso comprovado. Essa integração permite atingir economias de escala e melhorias operacionais únicas, que são diretamente repassadas aos importadores e exportadores na forma de um custo de transporte menor e maior eficiência.
A comparação com os principais hubs globais de comércio exterior evidencia a necessidade de tratar a capacidade portuária como um pilar estratégico para a competitividade do país. A robustez e uma certa redundância de infraestrutura nos portos permitem que absorvam o crescimento e picos de demanda sem comprometer a fluidez das operações.
Portanto, a lição de 2024 é clara: o “Custo-Brasil” materializou-se em quebras operacionais e perda de confiabilidade logística. O desafio para o país não é apenas expandir, mas planejar a expansão com antecedência e visão de futuro. É imperativo que o Brasil adote uma cultura de investimentos contínuos e de gestão estratégica, para que seus portos voltem a ser um diferencial competitivo, e não uma fonte de incertezas para o comércio global.
*Marcus Voloch é Vice-presidente de Navegação da Log-In Logística Integrada, Grupo de soluções logísticas, movimentação portuária, operações rodoviárias e navegação de Cabotagem, Mercosul e Feeder.
Negócios
Aloisio Rocha e a Revolução da Logística: Tecnologia e Sustentabilidade em Foco
O setor logístico brasileiro passa por uma verdadeira revolução em 2025. Avanços tecnológicos, novas demandas do consumidor e a crescente atenção à sustentabilidade estão transformando radicalmente a maneira como produtos chegam às mãos dos clientes. Empresas de todos os portes buscam entregar de forma mais rápida, eficiente e econômica, enquanto se adaptam a um mercado cada vez mais competitivo e digital.
Segundo o relatório The Future of the Last-Mile Ecosystem, do World Economic Forum, cerca de 20% das entregas globais devem ser automatizadas já no próximo ano. Para se manterem competitivas, companhias investem em tecnologias avançadas como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e big data, ferramentas essenciais para otimizar operações e reduzir custos.
“A Inteligência Artificial continua conquistando espaço no ambiente corporativo, e o setor logístico não é exceção. Em 2025, a tecnologia acelerou a inovação, a automação e a digitalização de forma ainda mais intensa”, afirma Aloisio Ricardo Alves Rocha, especialista em logística empresarial. Ele ressalta que, com práticas voltadas à sustentabilidade, as empresas priorizam ações que diminuem a emissão de poluentes e minimizam desperdícios. “Hoje, sustentabilidade não é apenas um diferencial, mas uma exigência para competir com eficiência no mercado”, reforça.
Nem todos os players tradicionais conseguiram acompanhar essa transformação. Os Correios do Brasil, referência histórica em logística, enfrentam uma crise profunda. Com um déficit de R$ 4,3 bilhões em 2025, a capacidade de investimento e modernização da empresa fica comprometida. “A logística tradicional precisa se reinventar rapidamente. Sem modernização e digitalização, a competitividade do setor fica seriamente afetada”, alerta Aloisio Rocha.
Por outro lado, empresas privadas estão criando soluções inovadoras. Sobre o Mercado Livre, ele comenta: “A empresa desenvolveu sua própria logística para enfrentar os desafios do setor na América Latina, aprimorar a experiência do cliente e conquistar uma vantagem competitiva decisiva.” A internalização da logística garante mais controle, agilidade e eficiência, essenciais para o crescimento do e-commerce e a satisfação de consumidores cada vez mais exigentes.
O setor ainda enfrenta desafios estruturais, como a falta de profissionais qualificados e a integração tecnológica limitada, que dificultam a adoção de soluções inovadoras e afetam diretamente a produtividade. É neste contexto que a experiência de Aloisio Rocha se destaca. Com atuação em unidades de manufatura, sedes regionais e globais, ele lidera processos digitais que geram reduções significativas de custos e ganhos expressivos de eficiência para as organizações em que atua.
Formado em Engenharia de Computação pela Universidade Braz Cubas em 2002 e especializado em Logística pela Fundação Vanzolini (USP) em 2007, Aloisio Rocha é atualmente uma referência em logística no Brasil, atuando também nos Estados Unidos. Sua carreira combina visão estratégica e experiência prática, oferecendo uma perspectiva global sobre os desafios e oportunidades do setor. “Compreender logística vai além de gerenciar processos: é antecipar mudanças, integrar tecnologia e sustentabilidade e garantir que o produto chegue ao consumidor com máxima eficiência”, conclui o especialista, reforçando a importância da inovação contínua em um setor em constante evolução.
Negócios
Crefaz realiza ação em oito cidades do Nordeste para oferecer crédito com pagamento direto na conta de luz
Iniciativa leva acesso facilitado a crédito para moradores das regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Natal
Até a próxima sexta-feira, 14 de novembro, oito cidades do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia recebem uma ação da Crefaz, instituição financeira de crédito. O foco da ação é informar a população sobre a linha de empréstimos com pagamento direto na conta de energia elétrica, modelo inovador que tem levado inclusão financeira a milhares de brasileiros.
Durante a ação, a Crefaz estará presente em pontos de grande circulação de Natal, Recife e Salvador, e das cidades de Extremoz (RN), Macaiba (RN), Jaboatão dos Guararapes (PE), Paulista (PE) e Lauro de Freitas (BA). Os agentes estarão devidamente identificados, e vão orientar os consumidores sobre as condições do empréstimo, esclarecer dúvidas e auxiliar na simulação do crédito, tornando o processo ainda mais acessível e transparente para todos. Os locais estarão sinalizados e contarão com tendas com atividades de engajamento, distribuição de brindes e informações sobre os produtos da Crefaz.
O economista Amerson Magalhães, da Crefaz, explica que o empréstimo com débito na conta de energia é uma alternativa prática para quem busca crédito com maior conveniência, permitindo que as parcelas sejam pagas junto à conta de luz, sem necessidade de boletos ou transferências bancárias. “Nosso objetivo é estar cada vez mais próximos da população, oferecendo um produto acessível e transparente, que pode ser útil em um momento de emergência ou de dificuldade financeira”, afirma o executivo.
Serviço
Locais da ação | Bahia:
– Rua Dr. Eduardo Dotto, 12 – Paripe, Salvador-BA
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Praça da Revolução – Periperi, Salvador-BA
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
– Rua São Cristóvão, 1.275, Largo do Caranguejo – Itinga, Lauro de Freitas-BA
Dias 10, 11, 12, 13 e 14 de novembro – das 9 às 17h
Locais da ação | Pernambuco:
– Estrada dos Remédios, 126 – Afogados, Recife-PE
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Padre Nóbrega, 20 – Cavaleiro (Feira Cavaleiros), Jaboatão dos Guararapes-PE
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Silvino Macedo, 150 – Cavaleiro (Feira Cavaleiros), Jaboatão dos Guararapes-PE
Dias 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
– R. Siqueira Campos, 589 – Centro (Calçadão), Paulista-PE
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
Locais da ação | Rio Grande do Norte:
– Rua Amaro Barreto – Alecrim (Praça Gentil Ferreira), Natal-RN
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Alm. Newton Braga, 215 (Praça dos Três Poderes), Extremoz-RN
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Pedro Vasconcelos, 39 – Chácaras de Extremoz, Extremoz-RN
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
– Travessa Afonso Saraiva (Praça Augusto Severo), Macaíba-RN
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
Negócios
CEO da Reis Real Estate lança Síndico de Sucesso, guia prático para impulsionar carreiras e elevar o padrão da gestão condominial no Brasil
Obra de Ricardo Reis propõe nova visão sobre a profissionalização da gestão condominial no país
A Reis Real Estate anuncia o lançamento do livro Síndico de Sucesso: Transforme Condomínios em Renda, de autoria do CEO da empresa e especialista em mercado imobiliário, dr. Ricardo Reis. O evento de lançamento será celebrado em um happy hour com sessão de autógrafos no dia 10 de novembro, às 17h, no Five Lounge do Hotel NH Collection Curitiba.
Mais do que um guia prático, a obra apresenta um mapa estratégico para quem deseja construir uma carreira sólida como síndico profissional — área que cresce em ritmo acelerado no Brasil. O país conta hoje com cerca de 600 mil condomínios e adiciona aproximadamente 25 mil novos empreendimentos por ano. Apesar da dimensão do mercado, estima-se que apenas 10% dos síndicos atuem de forma profissional, o que evidencia uma lacuna relevante em um setor que exige cada vez mais preparo técnico, gestão eficiente e liderança qualificada.
Com mais de quatro décadas de experiência prática e acadêmica, Ricardo Reis reúne no livro estratégias, ferramentas e metodologias comprovadas para quem busca transformar a gestão condominial em uma atividade rentável e de impacto. O conteúdo aborda desde aspectos legais e financeiros até temas como tecnologia, relações humanas e valorização patrimonial, oferecendo uma visão integrada e atual da profissão.
“O mercado de gestão condominial no Brasil é um oceano de oportunidades inexploradas. Este livro foi concebido para quem enxerga nessa realidade uma chance de construir uma carreira sólida e recompensadora. Profissionalizar o papel do síndico é essencial para garantir condomínios mais seguros, eficientes e valorizados”, observa o autor,
Para a Reis Real Estate, o lançamento do livro reforça o compromisso da empresa com a profissionalização do setor e a formação de novos talentos. A companhia destaca que a iniciativa também contribui para consolidar parcerias com incorporadoras e atrair condomínios que buscam excelência em gestão.
Serviço
Lançamento do livro: Síndico de Sucesso: Transforme Condomínios em Renda
Autor: dr. Ricardo Reis
Data: 10 de novembro de 2025
Horário: 17h
Local: Five Lounge – Hotel NH Collection Curitiba
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