Os Mariatchis estão de volta. Muito diferentes de como eram há quase vinte anos, quando lotavam os redutos boêmios e tradicionais do rock de Curitiba.
Fora dos palcos, podem parecer mais tranquilos, mas é entrar em cena para perceber que continuam os mesmos: com o poder de incendiar a pistinha, embalando até quem nunca viveu Mariatchis antes – nos últimos shows, a banda tem conquistado novos fãs que, na época do auge, ainda não tinham idade para sair de casa.
“Se o pai do rock é o Diabo, é com ele que a gente assina o contrato”, soltou Tato França antes de iniciarmos a entrevista sobre o lançamento de “Teto Branco”, segundo álbum da banda.
O quarteto composto por Tato França, Andre Tatos, Nikolas Quadros e Fernando Cavalaro, vem de um primeiro álbum de sucessos na “cena independente”, em 2008, um hiato de alguns anos, outros lançamentos esporádicos, uma tentativa de retorno abortada em razão da pandemia, e só agora um álbum completo, fechado, novo, conseguiu sair. “Foi uma espera longa, mas necessária… quase 15 anos pra perceber que esse disco era foda pra caralho e que era importante tocar essas músicas” pontua Tatos em tom eufórico, completando: “Ver gente nova cantando as velhas músicas, faz a gente se sentir jovem de novo”. Fernando endossa o amigo “todo esse gás da música serve de oxigênio para tempos insalubres”.
“Teto Branco”, faixa que dá nome ao álbum, mantém a sonoridade que consagrou os Mariatchis, mas com timbres mais maduros. Já “Baby não é bem assim”, traz à tona as mesmas emoções adolescentes de antes: “Você não entendeu, é melhor esquecer, deixar o passado pra lá / Mas baby, se você me pedir, com certeza direi / A gente pode tentar”. A letra reflete um paralelo com o próprio passado da banda.
Sobre a inspiração para as novas músicas, eles não hesitam em dizer que nunca deixam de lado a representação do que já foram, mas com as cores do presente. “É como pintar um quadro: as cores estão ali, as mesmas de anos atrás, mas o jeito como você coloca na tela e mistura as tintas é outro, então subir no palco pra cantar está sendo isso – até nas canções mais antigas e bem datadas – como “Inocente é você” – é revisitar o que fomos e reencontrar novos significados”, comenta Tato entre um gole e outro do drink inspirado na banda, e que será lançado no dia deste reencontro.
Então, se você é daqueles que nunca viveu Mariatchis antes, não se preocupe. Eles estão de volta. Aqui, AGORA, de novo, 1, 2, 3, Mariatchis! É permitido dançar, e nesses casos, quanto mais, melhor. Afinal, os Mariatchis estão de volta – e isso, para a piazada de todas as idades, é mais que suficiente.
Aguardente de cerveja dos Mariatchis
Para celebrar o reencontro, o cervejeiro premiado Luis Berti – o Dona Lurdes – desenvolveu uma bebida exclusiva e com lote limitado que será lançado no dia do show de retorno da banda, dia 05 de outubro no Bar The Bowie (@thebowie.cwb), em Curitiba-PR.
É a aguardente de cerveja dos Mariatchis, produzida a partir da destilação de cerveja artesanal, com a presença de lúpulos no fermentado primário. O especialista traduz: “O paladar é marcado por um buquê herbal e uma picância vibrante, que tem a cara dos Mariatchis. É uma bebida complexa, rara e surpreendente do início ao fim”, garante Luis.
A Aguardente de Cerveja dos Mariatchis estará presente na carta de bebidas do bar The Bowie com o drink batizado de “Teto Branco”, uma combinação do destilado com chá mate, muito gengibre, limão e sal.
A assinatura da aguardente é da Cervejaria Van Der Ale, que nasceu como um movimento de contracultura em São Paulo, cresceu e virou uma referência no cenário das cervejas artesanais brasileiras. Com um histórico contra-hegemônico, a cervejaria já foi citada como os “Beastie Boys” da cerveja artesanal.
SERVIÇO
LANÇAMENTO ALBUM “TETO BRANCO” + AGUARDENTE DE CERVEJA DOS MARIATCHIS
Mariatchis @mariatchis.rock
DIA: 05/10/24
LOCAL: THE BOWIE @thebowie.cwb
Endereço: R. Marechal Deodoro, 2500
ENTRADA FRANCA