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Nova modalidade de crédito chega para gerar liquidez aos pequenos empresários

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Idealizada pelo WMoney e Linked Gourmet, do Grupo Entre, novidade tem como objetivo auxiliar empreendedores a terem acesso a capital com taxas melhores para que consigam quitar suas dívidas e continuar em funcionamento

Pequenos bares, lanchonetes e restaurantes têm enfrentado dificuldades na operação – algumas vindas desde o período mais agudo da pandemia. Segundo pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), no primeiro trimestre de 2024, aproximadamente 31% dos bares e restaurantes brasileiros estavam operando no vermelho, o maior índice de prejuízo desde março de 2023. Esse cenário foi impulsionado pela queda nas vendas e na quantidade de clientes desses estabelecimentos.
Cientes da situação desses empresários, os bancos começaram a oferecer, desde 13 de maio, uma opção para uma opção para renegociar dívidas bancárias de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. As dívidas renegociáveis são aquelas que estavam em atraso até 23 de janeiro de 2024.

Quitar essas dividas é de extrema importância para que esses estabelecimentos possam continuar em funcionamento pleno, mas para isso esses empresários precisam ter liquidez. Pensando nisso e em apoiar a geração de caixa nas empresas, o Grupo Entre, através de duas das empresas de seu ecossistema de soluções em meios de pagamento, está viabilizando uma nova modalidade de crédito, com taxas abaixo da média do mercado, para restaurantes, bares e lanchonetes. A novidade é resultado de uma parceria comercial entre a Linked Gourmet, startup de automação comercial do segmento de alimentação, e a WMoney, plataforma de empréstimos diretos (P2P) entre investidores e tomadores, sem a intermediação de um banco. A iniciativa permite que investidores clientes da WMoney possam emprestar para clientes da Linked Gourmet em condições vantajosas para ambas as partes.

Por meio da parceria, a startup de automação oferece aos clientes crédito com taxa que parte de 1,9% ao mês. Em pouco mais de um mês, a proposta foi oferecida para toda a base da Linked Gourmet e, após análises, diversos clientes conseguiram o crédito. Agora, a WMoney quer expandir a oferta. “Estamos muito entusiasmados com a receptividade entre os clientes. Já temos vários deles com o empréstimo em andamento, o que demonstra o impacto positivo que estamos alcançando. O plano é aumentar a base de empresas que receberam a oferta e ajudar mais pessoas”, diz Leandro Silva, COO da WMoney.
A ideia da colaboração entre as empresas surgiu da constatação, pela Linked Gourmet, de que os empréstimos para PMEs do ramo de alimentos são muito restritivos, por conta do perfil dos negócios envolvidos, muitas vezes de pequeno porte e complexos demais para que um banco tradicional se dedique a analisar de forma mais detalhada o risco de crédito. Com o modelo desenvolvido para os clientes da LinkedIn Gourmet, porém, através do próprio software de gestão é possível fazer as comprovações necessárias para solicitar um empréstimo pela WMoney, eliminando uma etapa bastante burocrática do processo.

A Linked Gourmet oferta duas soluções para o setor alimentício, as plataformas Chef e Gourmet. O software Chef é online e compatível com qualquer sistema, indicado principalmente para estabelecimentos menores e de pouca complexidade, com baixo faturamento e um cardápio pequeno, como lanchonetes e cafeterias. A “Gourmet” é uma solução mais completa e sofisticada, indicada principalmente para restaurantes online e que oferece 36 relatórios de Business Intelligence (BI). A plataforma é capaz de gerenciar todos os processos de um restaurante, proporcionando visão em tempo real das vendas, gerenciamento de estoque, automação comercial e emissão de nota fiscal.

Sérgio Lopes, CEO da Linked Gourmet, afirma que, de modo geral, as pequenas e médias empresas do setor de alimentação, apesar de serem, em muitos casos, lucrativas e promissoras, ficam em situação de grande vulnerabilidade, devido à oferta restrita e custosa de crédito ao setor. “Nossa expectativa é de que a parceria ajude nossos clientes a aumentar o capital de giro e a oferecer melhores produtos e serviços, impulsionando as vendas”, afirma o empresário. “Com a integração ao ecossistema da Entre, além de automação comercial, queremos ser um hub de serviços, produtos e inteligência para os estabelecimentos, os ajudando a comprar e a captar dinheiro melhor, por exemplo”, acrescenta.

Na avaliação de Antonio Freixo, o Mineiro, CEO do Grupo Entre, a parceria mostra o potencial de sinergias dentro do mundo de soluções em meios de pagamento do grupo, que tem participação em empresas com foco em meios de pagamento, serviços digitais agregados e soluções financeiras. “Ao trabalharem em conjunto, nossas empresas oferecem mais valor agregado, um atendimento mais abrangente e atraem maior número de clientes para dentro de nosso ecossistema, contribuindo para a democratização do acesso à tecnologia e aos serviços financeiros no Brasil”, afirma o empresário.

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