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Medicina de Emergência: a especialidade na linha de frente da saúde brasileira

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Crédito:Ridofranz/iStock
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Com somente 779 especialistas no Brasil, a Medicina de Emergência enfrenta baixa adesão, mesmo com alta demanda; a residência médica é chave para ampliar a atuação qualificada na área

A Medicina de Emergência é uma especialidade médica focada no atendimento imediato de pacientes em situação crítica. Trata-se de uma área que exige raciocínio clínico apurado, capacidade de decisão rápida e conhecimentos amplos em diversas áreas da medicina. 

Os profissionais atuam, em geral, em prontos-socorros, unidades de urgência e serviços de atendimento pré-hospitalar. Reconhecida oficialmente no Brasil em 2015, a área surgiu da necessidade de organizar e qualificar o atendimento inicial a casos graves, que frequentemente envolvem risco de morte.

Apesar da sua relevância, ainda é uma área com baixa adesão: segundo a Demografia Médica de 2023, há somente 779 especialistas registrados no país.

Áreas de atuação e perfil do profissional

O campo de atuação do médico emergencista vai muito além do plantão. Além de hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs), o profissional também pode trabalhar em ambulâncias, helicópteros e unidades móveis, para estabilizar os pacientes antes da chegada ao hospital. 

Durante os plantões, estão envolvidos diagnóstico rápido, tratamento imediato e coordenação de equipes em cenários de alta pressão. Com o avanço da especialidade no Brasil, também cresce a presença de médicos emergencistas no ensino, na pesquisa e em funções de gestão hospitalar. 

A formação permite contribuir para o desenvolvimento de protocolos clínicos e para a estruturação dos serviços de urgência no país. O perfil do emergencista requer conhecimentos técnicos sólidos, habilidades interpessoais, empatia, liderança e equilíbrio emocional.

Formação e residência médica

A porta de entrada para a especialidade é a residência médica em Medicina de Emergência, que tem duração de três anos e é de acesso direto. Atualmente, o Brasil conta com 786 vagas autorizadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), número ainda insuficiente frente à demanda crescente nos serviços de saúde.

Programas renomados, como os do Hospital das Clínicas da USP, Hospital Israelita Albert Einstein, Santa Casa de São Paulo e Unicamp, são referências na formação de emergencistas. Ao final da residência, o médico pode realizar a prova de título da ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência) para obter a certificação oficial como especialista.

Um olhar para o futuro: o papel do ENARE 2025

Com a Medicina de Emergência como uma especialidade estratégica para o país, cresce também a importância dos processos seletivos que garantem o acesso às residências médicas de qualidade. 

Nesse cenário, o ENARE 2025 (Exame Nacional de Residência) se apresenta como uma excelente oportunidade para estudantes e médicos recém-formados que desejam seguir carreira na emergência.

O ENARE centraliza vagas em instituições de referência, com critérios unificados e acesso mais democrático à residência. Para quem tem interesse em atuar na linha de frente da medicina, o exame é um caminho promissor para ingressar em programas bem estruturados de formação emergencista.

A Medicina de Emergência e o mercado de trabalho

Em expansão, a Medicina de Emergência apresenta boas perspectivas de carreira. Segundo dados do site Vagas.com, o salário de um emergencista pode variar entre R$ 8 mil e R$ 14 mil, com média salarial em torno de R$ 11 mil. A demanda por especialistas é alta, especialmente em regiões onde os serviços de urgência estão em expansão ou precisam de reestruturação.

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