Moda e Beleza
Geração Z e Estética: A Mudança de Rosto Antes dos 25?
Na era dos filtros de beleza, das selfies cuidadosamente editadas e da influência constante das redes sociais, uma tendência chama a atenção de especialistas em saúde, estética e comportamento: o número cada vez maior de jovens da Geração Z — nascidos entre 1997 e 2012 — que buscam procedimentos estéticos antes mesmo de completarem 25 anos.
Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) indicam que houve um aumento de 30% na procura por procedimentos estéticos não cirúrgicos por pessoas entre 18 e 24 anos nos últimos cinco anos. Entre os mais procurados estão a harmonização facial, a aplicação de toxina botulínica (botox) de forma preventiva, preenchimentos labiais e rinomodelações.
Crescendo em um ambiente digital, onde a imagem é constantemente exposta, comparada e muitas vezes manipulada por filtros, esses jovens passam a moldar sua autoimagem não apenas com base no espelho, mas principalmente nas versões idealizadas de si mesmos nas redes sociais. Esse fenômeno tem sido descrito por especialistas como “dismorfia do filtro”, um termo que traduz a busca por uma aparência que se assemelha àquela apresentada por aplicativos de edição e efeitos visuais
Além do impacto estético, essa tendência está associada ao aumento da ansiedade e da insatisfação corporal entre os jovens. Um estudo publicado na Journal of Clinical Psychiatry aponta que cerca de 15% dos jovens que procuram procedimentos estéticos apresentam sintomas de transtorno dismórfico corporal — uma condição psicológica caracterizada por uma preocupação excessiva com supostas imperfeições na aparência.
A popularização desses procedimentos entre pessoas tão jovens também levanta debates éticos e médicos.”Intervenções estéticas realizadas em rostos que ainda estão em desenvolvimento podem ter efeitos colaterais a longo prazo, além de resultarem em alterações pouco naturais”, explica o cirurgiao plástico Eduardo Sucupira, MembroTitular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
A sociedade contemporânea vive uma espécie de paradoxo: nunca se falou tanto sobre aceitação e autoestima, e nunca se interveio tanto na aparência para atender a padrões impostos. O resultado é uma geração cada vez mais jovem sendo impulsionada a modificar seus traços naturais antes mesmo de definir sua identidade plena. O culto à estética, que antes era um hábito comum em faixas etárias mais avançadas, agora encontra terreno fértil na juventude hiperconectada e constantemente exposta ao olhar alheio.
Mais do que uma tendência de consumo, o desejo de mudar o próprio rosto antes dos 25 anos revela um profundo descolamento na forma como os jovens se relacionam com o próprio corpo e com o mundo.” A estética, nesse contexto, deixa de ser uma escolha individual e passa a ser, muitas vezes, uma imposição silenciosa — mas poderosa — da cultura digital” ressalta Sucupira
Embora os avanços na estética possam, de fato, contribuir para o bem-estar e autoconfiança, é prudente refletir sobre os motivos que estão levando a Geração Z a modificar seus rostos tão precocemente.
Em meio a tantas referências visuais, padrões inalcançáveis e filtros digitais, talvez a maior transformação necessária não esteja no espelho, mas na forma como essa geração enxerga a si mesma.
Moda e Beleza
De Uberlândia para o mundo: Bianca Ferreira eleva a micropigmentação à arte da naturalidade
Reconhecida na Europa por sua técnica refinada e sensibilidade estética, a maquiadora mineira retorna ao Brasil em janeiro de 2026 para ministrar curso exclusivo em sua cidade natal.
A trajetória de Bianca Ferreira é guiada por um propósito claro: revelar a beleza que já existe em cada rosto. Nascida em Uberlândia (MG) e hoje radicada na Espanha, ela descobriu sua vocação e começou sua história aos 15 anos, quando realizou seu primeiro curso de micropigmentação em Madri. “Sempre gostei de cuidar, ouvir e transformar — e foi no contato com as clientes que descobri o meu propósito: restaurar autoestima e revelar beleza através da naturalidade”, relembra.
Detentora de uma técnica que une precisão e sutileza, Bianca é hoje referência na Europa em micropigmentação natural. Antes de se dedicar à beleza, Bianca chegou a cursar Arquitetura e Urbanismo, mas foi entre pincéis e traços de sobrancelhas que encontrou seu verdadeiro dom — o de desenhar emoções. Aos 21 anos, decidiu retornar à Espanha por conta própria, determinada a conquistar espaço no competitivo mercado europeu. Seu primeiro trabalho foi em um salão de alto padrão, o da empresária Carla Pereira, esposa do técnico Diego Simeone, do Atlético de Madrid.
Construiu sua marca pessoal em salões de prestígio e conquistou uma clientela que hoje inclui nomes como a cantora Paulina Rubio e o astro Luis Fonsi, além de personalidades ligadas ao esporte, a música e a moda. “Quis entender o público espanhol, seus gostos, costumes e forma de ver a beleza. Esse processo de observação e adaptação foi o que me permitiu conquistar o público europeu e criar minha própria metodologia”, relembra.
Uma de suas experiências mais marcantes com clientes foi recentemente com a brasileira Margareth Serrão, mãe da influenciadora Virginia Fonseca. Ela descreveu sua técnica como “mãos de fada”. “Ela havia tido uma má experiência anterior e, após nosso atendimento, saiu completamente satisfeita, sem dor e encantada com o resultado. Esse feedback foi muito especial para mim e para toda minha equipe”, afirma.
Reconhecida pela técnica precisa e pelo olhar apurado, Bianca expandiu sua atuação e passou a ministrar cursos em países como Portugal, Irlanda e Reino Unido. Sua assinatura é a naturalidade — uma beleza real, que valoriza o equilíbrio. “A naturalidade é a essência do nosso trabalho. Somos reconhecidos por entregar resultados de excelência, com acabamento impecável e aparência realista”, afirma.
De Londres a Lisboa, Bianca disseminou sua visão de beleza autêntica, sempre fiel ao lema do “menos é mais”. Agora, em janeiro de 2026, ela retorna à sua terra natal para compartilhar essa experiência em um curso inédito em Uberlândia, que reunirá as técnicas Shadow e Hair Stroker — a mais moderna tendência europeia no fio a fio realista. “A decisão de trazer essa formação para o Brasil nasce do desejo de compartilhar o que há de mais moderno no mercado europeu com os profissionais brasileiros”, explica.
O curso acontecerá em Uberlândia — onde tudo começou — e oferecerá uma formação completa e personalizada, com acompanhamento individual, certificado internacional e suporte técnico por seis meses. “Quero compartilhar com o público brasileiro a mesma metodologia que tem encantado a Europa. Será um reencontro com minhas origens e uma oportunidade de formar profissionais com olhar refinado e visão de mercado”, revela.
Com apenas cinco vagas, o curso promete uma imersão prática e personalizada, unindo teoria, demonstrações ao vivo e acompanhamento individualizado. Uma experiência intensa, voltada tanto para iniciantes quanto para profissionais que desejam aperfeiçoar suas técnicas. A missão de Bianca vai além da técnica: ela quer inspirar uma nova geração de artistas da beleza a atuarem com propósito, empatia e autenticidade. “O sucesso está em compreender as pessoas — o que elas consomem, como se veem e o que desejam expressar através da beleza”, ensina.
De Uberlândia para o mundo, Bianca Ferreira construiu uma carreira que é espelho de sua essência: delicada, precisa e profundamente humana. Agora, de volta às raízes, ela reafirma sua crença de que maquiar é, antes de tudo, um ato de amor — e que cada traço é uma forma de devolver confiança e brilho ao olhar de quem acredita em si.
Para além da técnica, o que também move Bianca é a conexão com as pessoas e suas origens. “O segredo é nunca esquecer de onde você veio e ter claro onde quer chegar. Saber quem eu sou e o que carrego me mantém firme e coerente”, afirma.
Com planos de expandir sua Bianca Academy e formar embaixadoras da técnica em diferentes países, ela segue transformando histórias — uma sobrancelha de cada vez. Seu retorno ao Brasil é mais do que um reencontro: é um convite para que outras mulheres descubram, assim como ela, o poder de unir arte, beleza e propósito.
Saiba mais:
@_biancafp
Moda e Beleza
Primavera pede atenção especial à pele madura
A chegada da primavera traz dias mais longos, temperaturas em elevação e maior exposição ao sol. Se por um lado a estação representa renovação, por outro exige cuidados redobrados com a pele, especialmente a madura, que tende a perder elasticidade e apresenta maior predisposição a manchas e ressecamento.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a radiação ultravioleta é responsável por cerca de 80% do envelhecimento cutâneo, incluindo rugas, flacidez e hiperpigmentação. Para pessoas acima dos 50 anos, a hidratação contínua e a proteção solar são etapas essenciais para manter a saúde e o conforto da pele.
“Com o passar dos anos, a pele perde parte de sua capacidade natural de retenção de água, tornando-se mais fina e sensível. A hidratação se torna, então, não apenas uma questão estética, mas de bem-estar. É ela que garante conforto, previne lesões e ajuda a manter a barreira cutânea protegida”, explica Camila de Oliveira, farmacêutica da Rugól Cosmétic. Com mais de um século de história, a marca faz parte da memória afetiva de muitas brasileiras e mantém em seu portfólio fórmulas tradicionais voltadas à hidratação profunda, entre elas, o Creme de Beleza Tradicional e o Creme de Alface, conhecidos por integrar rotinas de cuidado de diferentes gerações.
A primavera pode ser, também, um lembrete de que o tempo age sobre a pele, mas o cuidado contínuo é o que preserva sua vitalidade. Mais do que uma questão estética, trata-se de um gesto de bem-estar e autocuidado. Nessa fase da vida, pequenos hábitos fazem diferença: priorizar produtos hidratantes, evitar banhos muito quentes, manter uma alimentação equilibrada e redobrar o uso do protetor solar ajudam a fortalecer a barreira cutânea e a prevenir o ressecamento.
A pele madura responde melhor quando há constância, e não excesso, de cuidados. Manter uma rotina simples, adaptada às necessidades da estação, é o caminho mais eficaz para garantir conforto e luminosidade, independentemente da idade.
Moda e Beleza
“Não é o corpo que precisa de limpeza, e sim o olhar sobre ele”, Dra Priscilla Leitner comenta revelação de Gaby Amarantos
Cantora revelou o uso de lavagem intestinal para emagrecimento
Após a cantora Gaby Amarantos revelar ter recorrido a uma lavagem intestinal profunda para emagrecer cerca de 14 kg, o assunto gerou ampla discussão nas redes sociais e na imprensa. A artista afirmou ter feito o procedimento com 300 litros de água e relatou: “A minha mente limpou, o meu corpo limpou e eu consegui emagrecer por conta desse processo”.
Para entender o fenômeno, a psicóloga Dra. Priscilla Leitner, especialista em comportamento e transtornos alimentares, analisou o impacto psicológico por trás da decisão e alerta sobre os riscos de associar práticas extremas a soluções rápidas de emagrecimento.
A escolha por métodos radicais como lavagens intestinais ou dietas de “detox” muitas vezes nasce de uma relação ruim com o corpo e a comida. “Quando a pessoa diz que quer se ‘limpar’, ela não está apenas falando de algo físico. Está tentando se livrar de sentimentos como culpa, vergonha, frustração ou a sensação de não se sentir suficiente. É um processo simbólico, emocionalmente carregado”, explica.
A especialista observa que o discurso de “purificação” corporal pode funcionar como uma tentativa de retomar o controle através do corpo. “É como se, limpando o corpo, a pessoa também limpasse os pensamentos e emoções que a incomodam, como a culpa. Mas o corpo não é o vilão, e sim a relação com o corpo e as emoções que precisam ser acolhidas, não expurgadas”, acrescenta.
Dra. Pri destaca que celebridades, ao compartilharem suas experiências de emagrecimento, podem influenciar comportamentos de risco. “Quando uma figura pública associa o emagrecimento a um procedimento radical e ainda o descreve como algo que ‘limpou a mente’, isso reforça a ideia de que existe um atalho emocional para o bem-estar, e infelizmente isso não existe. A saúde mental e física não se conquista em movimentos agressivos, mas por construção de um estilo de vida emocionalmente sustentável”.
A psicóloga explica que a pressão estética e o imediatismo digital intensificam a busca por resultados rápidos. “Vivemos a era da comparação. Muitas pessoas não querem apenas emagrecer, querem pertencer. E quando o emagrecimento vira sinônimo de valor pessoal, qualquer promessa de ‘cura’ imediata ganha força.”
Além dos riscos físicos já amplamente divulgados por médicos e nutricionistas, Dra. Pri alerta para os impactos psicológicos de práticas extremas:
•Dependência emocional de rituais de purificação: a sensação de “alívio” após o procedimento pode se tornar viciante;
•Reforço da culpa alimentar: o corpo é visto como algo a ser constantemente corrigido;
•Autoimagem negativa: o indivíduo passa a vincular o bem-estar à “eliminação” de partes de si, e não à aceitação e ao autocuidado.
• Relação com a comida pode oscilar entre o controle e descontrole, palco para possível compulsão ou comer emocional.
“Essas práticas acabam perpetuando o ciclo de autocrítica e punição. A verdadeira transformação acontece quando a pessoa construí uma relação consigo mesma, um estilo de vida que realmente seja sustentável.”, reforça Dra. Pri.
Para a psicóloga, o foco deve estar em uma mudança da relação com o corpo e a comida, e não em métodos invasivos. “Precisamos trocar o discurso da limpeza pelo da reconciliação. O corpo não precisa ser ‘lavado’ para merecer amor ou cuidado. Ele precisa ser ouvido. O equilíbrio emocional é o que, de fato, abre caminho para hábitos sustentáveis e para o emagrecimento saudável”.
Sobre Dra Priscilla Leitner:
Também conhecida como Dra. Pri é psicóloga, especialista em Comportamento e Transtornos Alimentares, Mentora de Estilo de Vida, ela tem dedicado sua carreira a formar profissionais da saúde capacitados para transformar vidas por meio de abordagens inovadoras e integradas. Não à toa, virou referência em comportamento e transtornos alimentares no Brasil.
Fundou o IPCAC (Instituto de Pesquisa do Comportamento Alimentar de Curitiba), há 13 anos e hoje como diretora leva adiante a missão de suprir uma lacuna significativa no mercado: a falta de especialistas preparados para lidar com transtornos alimentares de forma prática e multidisciplinar.
O Instituto tem se destacado pela metodologia, que conecta psicologia, nutrição e medicina, e pela excelência em treinar profissionais com protocolos e metodologias práticas, modernas e validadas.
Com centenas de alunos já capacitados, Dra. Pri e o IPCAC têm revolucionado o campo da saúde mental, promovendo um cuidado que vai além do básico, unindo ciência, técnica e coração.
Sua missão é clara: formar uma geração de profissionais preparados para promover um tratamento que transforma vidas e gera mudança real, por meio de um estilo de vida emocionalmente sustentável. Podcast edinhotaon/ Edno Mariano
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