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Existe atalho para vender a minha empresa?

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Pergunta clássica no ambiente empresarial, a resposta é fácil, sabida e, por isto mesmo, de certo modo, frustrante. Isto porque a maior parte do empresariado sabe o que tem que saber, mas não sabe como fazer.

Empresa que sabe aonde quer chegar e tem um plano para se diferenciar dos demais e ocupar um espaço único e diferenciado vai permitir longevidade, através da oferta de serviços e/ou produtos que não são “vanilla” e, no fim das contas, mais valuation e, por fim, preço.

Companhias com governança corporativa definida têm clara a separação dos papéis de propriedade, gestão e família. Define as responsabilidades, autonomias e alçadas dos diversos entes: sócios, conselho e diretoria. Além disso, determina ritos, rotinas e relatórios necessários à conexão entre sócios, donos da propriedade e diretoria, responsáveis pela tocada da empresa e sua conexão entre sócios, conselho e o dia a dia, muito chato, mas importante do trabalho tático.

Saber onde se quer chegar é fundamental. Mas entender o como: financeiro, custos, estrutura, investimentos, time, processos, definir quem faz e quando entregar será a diferença entre o “lindo planejamento de papel” e o real ativismo da transformação corporativa. Aqui cabe um parêntese: a maior parte das empresas contrata, neste estágio, consultorias acadêmicas e isso resolve somente parte do problema. Definir o “como” e atribuir responsabilidades e autonomia faz toda a diferença. “Ideias valem centavos, execução vale milhão.” Execução é, e sempre será, chave.

São raros os casos de bootstrap do nascimento da empresa ao IPO. As empresas precisam entender o seu ciclo operacional e financeiro e construir pontes de acesso ao capital, de forma que a dívida permita crescimento e não “afundamento da empresa”. O processo decisório passa pela pergunta: o que eu faria a mais no meu negócio que impacte em aumento de margem com dinheiro adicional? Isso vale mais do que simplesmente avaliar a taxa de juros nominal. Empresas com auditoria e governança alcançam mais atores financeiros e, portanto, melhores spreads bancários.

Assim, a fórmula mágica para se vender uma empresa é sabida. E isto é o mais duro. Administrar bem a sua empresa, ser melhor que seu par de mercado, vai dar uma alfa de valor e atratividade para venda. Nada novo. A grande limitação na grande parte das PMEs, aqui e lá fora, é gestão e estratégia.

Se não nos preocuparmos com isto de forma paranóica, desconfortante e diária, ficaremos ao sabor das marés e humores do mercado financeiro e suas teses de investimento, que estarão ávidos por comprar empresas mal geridas e necessitadas de dinheiro e intelecto.

Sem preguiça, comecemos a jornada de vender nossas empresas, ou melhor, comecemos a jornada de formar legado e perenidade de nossas empresas. E que a sua venda seja apenas a coroação de uma história de sucesso e não de repetição.

Marco França é sócio-fundador da Auddas, uma consultoria especializada em gestão empresarial com foco em estratégia, governança e capital. Com mais de 20 anos de experiência em finanças, private equity e M&A, possui um histórico sólido como investidor -anjo e Bod member de empresas.

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