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Saúde

Escoliose: como diferenciar e diagnosticar precocemente?

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Escoliose: como diferenciar e diagnosticar precocemente?
Foto: Freepik

A escoliose é uma das dores de coluna mais comuns em todo o mundo, vista em todas as idades. Hoje, cerca de 2 a 4% da população é acometida por esta patologia, segundo a OMS – sendo que grande parte necessita de um procedimento cirúrgico. Apesar de ser um problema enfrentado por diversas pessoas, saber identificar a tipologia de escoliose e diagnosticá-la precocemente contribuirá fortemente para um tratamento mais assertivo e garantir, assim, uma excelente qualidade de vida ao paciente.

Caracterizada como uma curvatura lateral na coluna vertebral, a grande maioria dos casos de escoliose faz com que os ossos se torçam, desenvolvendo uma forma de “curva C” ou “curva S” na coluna vertebral. Dentre os sinais físicos mais notáveis, estão a presença de ombros caídos ou desiguais; leve inclinação geral para um lado; cintura irregular; aparência de uma perna maior do que a outra e de um quadril mais alto do que o outro. É possível identificar quatro tipos principais desta condição:

Idiopática: a mais frequente, acomete 3% da população mundial, sendo mais de 50 milhões de criança, de acordo com a OMS. Sua maior incidência é vista durante a adolescência, apresentando características e níveis de evolução variados, mas suas causas ainda não são conhecidas na medicina.

Neuromuscular: quando acometida, normalmente é em decorrência de outros distúrbios neurológicos ou musculares degenerativos, tais como paralisia cerebral, artrogripose, distrofias musculares e traumatismo raquimedulares. Geralmente, resulta em uma curva longa em forma de C e pode gerar casos graves aos pacientes.

Congênita: tipicamente caracterizada pela má formação das vertebras desde a gestação, normalmente entre a terceira e oitava semana. Sua evolução pode influenciar problemas de desenvolvimento de outros órgãos, como o coração, o que torna este diagnóstico precoce extremamente importante para impedir danos severos à saúde.

Degenerativa: essa tipologia, geralmente, afeta pessoas com mais idade, causada pelo desgaste das vertebras e discos, levando ao desvio da coluna e dores intensas. Aqui, a curvatura da coluna costuma ser um pouco menor quando comparada com as anteriores.

Quando não identificada antecipadamente e tratada corretamente, conforme orientação médica, todas essas tipologias de escoliose podem desencadear problemas e dores cada vez maiores para todos os pacientes. Além disso, podem levar à incapacidade do indivíduo para grande parte das atividades diárias e, para piorar, acarretar a diminuição da função pulmonar e cardíaca, conforme o quadro se agravar ao longo do tempo.

Por isso, o diagnóstico precoce se torna a melhor forma de evitar estes cenários e direcionar cada pessoa ao tratamento mais recomendado. No caso das escolioses idiopáticas, por exemplo, estudos recentes comprovam que o uso do colete para esta curvatura é capaz de evitar 70% das cirurgias na fase mais importante de desenvolvimento infantil, que geralmente ocorre dos 10 aos 17 anos.

Mesmo diante da necessidade de passarem por um procedimento cirúrgico, todos os pacientes – independentemente de sua idade – podem ter uma ótima qualidade de vida e melhoras enormes nas dores enfrentadas. Mas, para assegurar ao máximo esse resultado, é essencial estar atendo aos sinais de desconforto destas tipologias e buscar uma consulta com especialistas o quanto antes. Afinal, com o acompanhamento médico devido, a escoliose não precisa se tornar um empecilho na vida de ninguém.

Sobre o Dr. Carlos Eduardo Barsotti:

Dr. Carlos Eduardo Barsotti é cirurgião ortopedista especialista em cirurgias de coluna, e um dos poucos profissionais a realizar intervenções de alta complexidade, atuando na correção de escolioses de grau elevado, lordoses, cifoses e demais deformidades que afetam a coluna.

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Saúde

MS aprova parcerias para produção de medicamentos destinados ao SUS

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© Rovena Rosa/Agência Brasil

O Ministério da Saúde aprovou cinco Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), entre a futura Butantan Farma e empresas privadas, para a produção de antirretroviral, medicamentos oncológicos e para tratamento de doenças raras. Os remédios serão destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Butantan Farma é a nova denominação da Fundação para o Remédio Popular Chopin Tavares de Lima (Furp), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Em 11 de novembro, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o projeto de lei para que o Instituto Butantan incorporasse a Furp. 

O anúncio foi feito durante reunião plenária do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, realizada nessa segunda-feira (24), com presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Estavam presentes também o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás; o diretor da Fundação Butantan, Saulo Nacif; o superintendente da FURP, Rogério Aunda; e a secretária de Estado de Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris.

As parcerias estão sendo realizadas com empresas privadas Cristália, Prati & Donaduzzi, Biocon Pharma e Nortec, Blanver e Cyg Biotech, que vão permitir ampliar a produção de medicamentos para tratamento de doenças raras, como fibrose cística e amiloidose; oncológicos, como leucemias e carcinoma de células renais; e doenças negligenciadas, como o antirretroviral (HIV).

No evento, o Ministério da Saúde anunciou também um investimento de R$ 15 bilhões no setor industrial e fechou um total de 31 novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para ampliar a produção nacional de produtos estratégicos para o SUS e a oferta de medicamentos e vacinas para a população.

A seleção de novos projetos de PDP, que envolve instituições públicas e privadas para a transferência de tecnologia ao país, não ocorria desde 2017, sendo retomada pelo atual governo com o recebimento recorde de 147 novos projetos no chamamento público.

Parcerias aprovadas

  • Ivacaftor 150mg: apresentação em comprimido revestido, indicado para fibrose cística, que será desenvolvido em parceria com a Cristália, com produção prevista após o término da proteção patentária que expira em junho de 2026;
  • Tafamidis Meglumina 20mg: apresentação em cápsula mole, indicado para Amiloidose, em parceria com a Prati & Donaduzzi, já sem proteção de patente;
  • Dasatinibe 20 e 100mg: apresentação em comprimido, indicado para Leucemias Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e Leucemia Mieloide Crônica (LMC), parceria com a Biocon Pharma e Nortec, já sem proteção de patente;
  • Pazopanibe 200mg e 400mg: apresentação em comprimido revestido, para tratamento de carcinoma de células renais, desenvolvimento em parceria com a Blanver e Cyg Biotech, já sem proteção de patente;
  • Dolutegravir 50mg + Lamivudina 300mg: antirretroviral em comprimido, para tratamento de HIV, em parceria com a Blanver e Cyg Biotech, com produção prevista após o término da proteção patentária que expira em abril de 2026.

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Saúde

Saúde anuncia compra de 1,8 milhão de doses contra vírus sincicial

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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (25) uma compra, no valor de R$ 1,7 bilhão, de 1,8 milhão de doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite em recém-nascidos

O primeiro lote, com 673 mil doses, segundo a pasta, começa a ser distribuído aos estados ainda este mês. 

“A vacinação será imediata, a partir do recebimento das doses pelos estados e municípios brasileiros, com expectativa de ser realizada durante todo o mês de dezembro”, informou o ministério em nota.

A pasta prevê a compra de mais 4,2 milhões de doses contra o VSR até 2027

Vacinação

O imunizante deve ser aplicado em grávidas, a partir da 28ª semana da gestação, com o objetivo de proteger bebês menores de 6 meses

De acordo com o ministério, não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar uma dose única da vacina a cada nova gestação. A meta é vacinar 80% do público-alvo 

Com a chegada das doses às unidades básicas de saúde (UBS), a pasta orienta que as equipes verifiquem e atualizem a situação vacinal de gestantes, incluindo ainda a imunização contra a covid-19 e a influenza, já que a vacina contra o VSR pode ser administrada junto a outras doses. 

 

Brasília (DF) 25/11/2025 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia durante café com lideranças evangélicas a compra da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) e o cronograma de distribuição aos estados.  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília (DF) 25/11/2025 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia durante café com lideranças evangélicas a compra da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) e o cronograma de distribuição aos estados.  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

“Por que é importante a gestante vacinar? Porque esse é um tipo de vírus onde a maior gravidade é exatamente para os bebês já no nascimento”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

“Por isso, a estratégia não é vacinar a criança, é vacinar a gestante e proteger o seu bebê no ventre ainda, na gravidez. Para ele já estar protegido assim que nasce”, completou.

O VSR

O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e por 40% dos casos de pneumonia em crianças menores de 2 anos. 

A vacina, segundo o ministério, oferece proteção imediata a recém-nascidos, reduzindo a necessidade de hospitalizações

Dados da pasta indicam que, até 15 de novembro, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR em 2025. 

A maior concentração de hospitalizações (82,5%) foi registrada entre crianças com menos de 2 anos

Como a maioria dos casos é provocado por infecção viral, não há tratamento específico para bronquiolite. O manejo do paciente é feito apenas com base no tratamento de sinais e sintomas e incluem terapia de suporte, suplementação de oxigênio, hidratação e uso de broncodilatadores, sobretudo quando há chiado evidente. 

Repercussão

Para a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, a estratégia de vacinar gestantes contra o VSR é extremamente importante para proteger crianças do adoecimento e mesmo de mortes causadas pela infecção

“As crianças sofrem muito com esse vírus, que é causa de internações, inclusive em UTI [unidade de terapia intensiva], e até mesmo de óbitos.”

“Vale dizer que a maioria dos óbitos acontece entre aqueles com menos de 1 ano de idade, principalmente entre os menores de 6 meses. Vacinar a gestante significa proteger o bebê mesmo antes dele nascer”, completou. 

Matéria alterada às 14h18 para corrigir título. Foram compradas 1,8 milhão de doses, e não 2,8 milhões. 

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Saúde

Fiocruz inicia testes em humanos para tratar Atrofia Muscular Espinhal

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© Rodrigo Méxas/Fiocruz

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciar testes clínicos em humanos do GB221, um produto de terapia gênica avançada voltado ao tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) Tipo 1 (SMA1), a forma mais grave da doença.

O anúncio foi durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis) do governo federal, nesta segunda-feira (24), em São Paulo. Aprovado de forma ágil pela Anvisa em processo de análise prioritária, o estudo posiciona o Brasil na liderança do tema na América Latina. 

A terapia GB221 foi desenvolvida pela empresa norte-americana Gemma Biotherapeutics, Inc. (GEMMABio). A Fiocruz, além de participar do desenvolvimento clínico da terapia, firmou um acordo de transferência de tecnologia junto à empresa, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), abrindo caminho para que a produção nacional de uma terapia gênica seja realizada pela primeira vez.

A estratégia Fiocruz para Terapias Avançadas tem o objetivo de dotar o país das bases científico-tecnológicas, de produção e assistenciais necessárias à disponibilização de produtos no âmbito do Sistema Ùnico de Saúde (SUS). 

Com a iniciativa, o Ministério da Saúde (MS) avança no apoio nacional à pesquisa e o desenvolvimento de terapias gênicas, uma das fronteiras mais inovadoras da saúde pública de precisão, com foco no SUS. O projeto destinado ao desenvolvimento de terapias gênicas para doenças raras liderado pela Fiocruz já recebeu investimentos de R$ 122 milhões do Ministério da Saúde (MS). A Estratégia também conta com aporte financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que investiu recursos da ordem de R$ 50 milhões em infraestrutura de produção de terapias avançadas. 

Desde a produção da vacina para covid-19, Bio-Manguinhos/Fiocruz domina a tecnologia de vetores virais, usada para esta terapia gênica.

O projeto integra as iniciativas do Ministério da Saúde para fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis) e, ao mesmo tempo, é parte do esforço de ampliação da Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras. Ao atuar nestas duas frentes, a iniciativa fortalece o SUS com um desenvolvimento tecnológico concreto, que pode superar os desafios impostos pelas novas tecnologias à sustentabilidade financeira da saúde pública.

“Como uma instituição que atua há 125 anos em defesa da vida, é emocionante para a Fiocruz colocar sua capacidade científica a serviço das crianças do nosso país. O estudo clínico que acaba de ser autorizado poderá transformar a vida de crianças com atrofia muscular espinhal de forma inédita a partir de técnicas de terapia gênica, um campo de ponta na ciência mundial”, afirmou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

A diretora de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, avaliou que essa parceria simboliza um passo decisivo para o país.

“A inclusão de terapias gênicas em nosso portfólio representa uma oportunidade única de fortalecer a soberania científica e tecnológica do Brasil. Atuamos sempre alinhados ao rigor regulatório e científico, porque sabemos que cada avanço representa esperança real para milhares de famílias brasileiras”.

Testes clínicos

Considerada rara e com manifestação ainda nos primeiros meses de vida, a AME Tipo 1 é causada por uma alteração no gene SMN1, responsável por produzir uma proteína essencial para o funcionamento dos neurônios relacionados ao movimento. A ausência dessa proteína provoca a perda progressiva da força muscular e pode comprometer a sobrevivência das crianças nos primeiros anos de vida. 

Confira as informações no Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil

 

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