Home Meio Ambiente Efeitos psicológicos das mudanças climáticas e comportamentos pró-sustentabilidade ambiental
Meio Ambiente

Efeitos psicológicos das mudanças climáticas e comportamentos pró-sustentabilidade ambiental

Envie
Silhouette of Woman on Swing during Golden Hour
Photo by Pixabay on Pexels
Envie

XI Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica reúne estudiosos no CEUB para compreender as relações humanas com o meio ambiente

Embora os problemas ambientais sejam objeto de preocupação e investigação, as questões comportamentais relacionadas ao meio ambiente ainda são pouco exploradas. Analisar os fatores que influenciam o comportamento humano em relação ao meio ambiente. Esse foi o tema central da mesa-redonda “Avaliação da relação pessoa-ambiente”, dentro da programação do XI Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica. Coordenado pela professora de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ligia Abreu, o encontro, sediado na instituição, reuniu estudantes e profissionais de psicologia.

Especialista em Psicologia Ambiental, Lígia Abreu afirma que o debate se dá em resposta ao chamado da psicologia, para se comprometer com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Segundo Lígia, para avaliar o comportamento PRÓ-ambiental, deve-se pensar, tanto em medidas macro, como a Escala de Responsabilidade Ambiental Corporativa; como micro, por exemplo, a escala de comportamento ecológico, além do público-alvo. “Estas são ferramentas de avaliação psicológica utilizadas para entender e mitigar as mudanças climáticas, promovendo a adaptação da sociedade às transformações climáticas e planejando melhores ambientes urbanos em busca de qualidade de vida e sustentabilidade”, ressalta.

A docente do CEUB afirma que a literatura especializada oferece diversas escalas de medida para avaliar esses comportamentos, porém, ainda há necessidade de resultados mais precisos e tudo isso depende de um amplo contexto. Dentre os comportamentos que podem ser investigados, o psicólogo Carlos Manoel Rodrigues , também docente do curso de Psicologia do CEUB, menciona casos de “Eco-ansiedade”: medo crônico de desastres climáticos e/ou respostas à piora das condições climáticas. Há a necessidade de melhor definição de pesquisas sobre temas climáticos. “A medida do comportamento ambiental pode variar dependendo do nível em que é avaliada. Podemos medir comportamentos individuais ou de grupos e instituições, como empresas ou escolas. É importante adaptar as escalas de acordo com o objetivo da pesquisa ou intervenção”, afirma a psicóloga.

A influência do ambiente e das circunstâncias individuais no comportamento sustentável pode mudar o modo de enxergar o ser humano inserido nas causas ambientais. “Para avaliar esses diferentes contextos, é necessário verificar a validade das escalas de comportamento ecológico e aplicar para diferentes faixas etárias e grupos sociais, ressaltando a importância de torná-las acessíveis e de fácil leitura”, destaca a docente do CEUB.

Ligia destaca a realização do Congresso como parte do compromisso da psicologia em atender aos desafios globais apresentados pelos ODS da ONU: “Com a aplicação de ferramentas de avaliação psicológica, espera-se promover a adaptação da sociedade às mudanças climáticas, planejar ambientes urbanos mais sustentáveis e promover a qualidade de vida das pessoas”.

Envie