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Educação, Empreendedorismo e inteligência Artificial: o tripé que precisa estar alinhado às práticas do processo ensino-aprendizagem na atualidade

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Luis Namura faz uma análise profunda sobre como os profissionais do futuro precisam se preparar para enfrentar o mundo diante dos avanços da tecnologia.

O engenheiro, educador e mentor de empresas Luis Namura, tem plena convicção de que chegamos a um patamar em que não é mais possível imaginar a Educação sem o uso da Inteligência Artificial.

Para explicar de uma forma didática a definição da ferramenta, Namura afirma que é um jeito diferente de programar um computador em relação ao passado, e faz uma analogia: “Para se fazer um bolo é preciso os ingredientes e a receita. Na IA é o oposto disso. É como se você tivesse um chef de cozinha, desse a ele vários bolos e ele conclui a receita. Esse profissional descobre que o fermento é um ingrediente presente em todos e que faz a iguaria crescer. Aí ele cria o dele personalizado e com outros diferenciais para se destacar do concorrente”.

Namura apresentou recentemente uma informação bastante impactante, de que somente o ChatGPT processa 1,7 trilhão de parâmetros de dados para entender e gerar respostas, daí a necessidade de usá-la de forma responsável. Ao ser questionado em entrevistas sobre como deve ser a educação neste século ele argumenta: “Antigamente ela era conteudista. O professor transmitia informações e depois cobrava uma resposta. Hoje a sociedade quer que as pessoas façam perguntas inteligentes, e se você não souber perguntar no chat não vai obter respostas satisfatórias”

Luis acredita que as faculdades de Pedagogia vão ter que entender claramente que precisam formar estudantes questionadores. “Eu reforço sempre em minhas falas que a tecnologia não vai substituir o professor, e sim sua atuação em sala de aula. Eles devem desenvolver projetos que fomentem pesquisas utilizando as ferramentas de tecnologia, já que os objetivos do Milênio incluem o desenvolvimento da criatividade e do raciocínio lógico. Assim o professor irá analisar se as respostas são satisfatórias. E hoje muitos alunos não sabem perguntar por não terem repertório; e saber interpretar um texto é muito importante em todos os campos de atuação.”

Namura também traz um insight bastante importante sobre o futuro da Educação no Brasil: “Até 15 anos no máximo a IA terá consciência. Esse estudante que estará no mercado de trabalho vai conversar com a máquina e deverá ser prepararado para isso. Antigamente o professor era protagonista, agora essa posição se inverteu, ele se tornou um mediador. É urgente criar ambientes que potencializem as habilidades sócio-emocionais, porque as novas gerações são reclusas. Hoje as pessoas são contratadas pelos seus currículos, mas demitidas pelos seus comportamentos”, sinaliza.

De acordo com o especialista há um embate muito grande relacionado à questão da ética, já que muitos especialistas em Educação ainda defendem que a ferramenta potencializa as cópias de textos, mas da mesma forma é possível detectar por meio da própria tecnologia se houve desonestidade por parte do aluno.

Namura explica que a Inteligência Artificial pode otimizar o tempo do professor que sempre esteve muito envolvido nas tarefas burocráticas e em aumentar a produtividade em sala de aula. “Ao invés disso o professor terá mais tempo para analisar os perfis dos seus alunos, promover maior interação em grupo e auxiliá-los no desenvolvimento de habilidades cognitivas, na capacidade de ouvir os outros e na interação”, pontua.

Muita gente desconhece, mas o termo Inteligência Artificial foi criado em 1956. Algumas pesquisas sem êxito foram realizadas depois desse período, mas somente a partir de 2010 ganharam força com os processadores de alta velocidade.

No caso da Educação o docente tem o conteúdo, mas as novas ferramentas digitais podem ajudá-lo no processo de formação para que possam atuar como tutores. “Hoje o que eu vejo é uma demonização da IA por medo. Criou-se um mito de que a tecnologia vai substituir os educadores, mas o tempo vai mostrar que o ser humano está no centro do processo”, pontua.

Recentemente o vídeo de uma professora do Ensino Fundamental viralizou em uma rede social e inclusive depois foi replicado por vários educadores. Durante uma atividade, por meio da Inteligência Artificial, ela conseguiu produzir fotos dos estudantes já adultos com trajes das profissões que eles ambicionam ter no futuro.

E se o assunto é o futuro da Educação, Namura acredita que é preciso rever alguns parâmetros para o desenvolvimento dessa área tão importante do conhecimento. “No Brasil temos empresas que criam suas próprias escolas porque muitas não conseguem oferecer as habilidades e competências necessárias para o ingresso dos profissionais no mercado de trabalho. Também é necessário promover a valorização dos educadores com salários mais atrativos e treinamentos, pois muitos já não querem exercer a profissão. Por fim, há de se estabelecer objetivos claros para o ensino médio, cujo foco deve ser a descoberta de talentos para áreas específicas. O ensino superior deveria ser dividido em faculdades vocacionadas para a pesquisa e outras que sejam formadoras de mão de obra”, analisa Namura.

Educação Empreendedora faz parte de uma realidade ainda distante no Brasil

Hoje no Brasil ter um emprego com carteira assinada já não é mais garantia de um futuro promissor. As relações de trabalho têm mudado muito e principalmente os jovens querem montar uma startup, vender uma grande ideia ou tocar uma empresa. Em contraponto, a prática da Educação Empreendedora no Brasil, apesar de integrada à Base Nacional Comum Curricular, que contempla alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, ainda enfrenta sérios obstáculos à sua implementação. É o que mostra uma pesquisa realizada em 2022 pelo Sebrae e pela Fundação Roberto Marinho com professores de todo o país. De acordo com o levantamento, 56% dos entrevistados ainda não tentaram aplicar essa metodologia em sala de aula. Para 46% deles, a falta de tempo para inclusão deste tema no conteúdo obrigatório é o principal obstáculo e 40% indicam a falta de interdisciplinaridade como uma das barreiras.

No episódio 43 da terceira temporada do podcast “Cérebro do Namura”, que teve como tema “Como saber investir de forma segura nos negócios e na vida” o mentor recebeu a educadora financeira e fundadora da franquia MBA Kids & Teens em São José dos Campos, Luiza Marques, para discutir caminhos de como desenvolver a cultura dos negócios e habilidades para o empreendedorismo na fase infanto-juvenil. Em um dos trechos, Namura destaca o seu pioneirismo quando trouxe em 1992 a Futurekids para o Brasil, que resultou em 300 franquias. Na mesma época sua metodologia impactou 84% das escolas públicas e um total de 5 milhões de estudantes atendidos. Antes para introduzir a tecnologia no universo de uma criança era preciso se utilizar de ferramentas lúdicas, o mesmo que precisa acontecer hoje com a Inteligência Artificial. A íntegra deste conteúdo com muitos insights valiosos pode ser acessada no canal do YouTube

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Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”

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A atleta e modelo fitness Graciella Carvalho, campeã mundial na categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, vive o auge de sua carreira após retornar aos palcos de competição. Radicada em Miami, a brasileira comentou sobre a rotina intensa de treinos, o olhar do público sobre o corpo feminino musculoso e as reações que sua imagem desperta fora do esporte.

 

Graciella relatou que a preparação para o campeonato exigiu um nível de disciplina que transformou sua relação com o corpo. Foram meses de treino rigoroso, dieta restrita e uma rotina planejada com precisão. Segundo ela, o processo competitivo vai muito além do físico. “Treinar para competir é um processo físico e mental. Há dias em que o corpo pede descanso, mas a disciplina fala mais alto. O pódio é consequência da constância, não apenas do esforço momentâneo”, afirmou.

 

De volta ao circuito internacional, a atleta diz que aprendeu a lidar com os diferentes olhares que o corpo feminino musculoso ainda desperta. Nas redes sociais, recebe elogios diários por sua forma física, mas também comentários que tentam associar força à perda de feminilidade. “Algumas pessoas ainda acham que força e beleza não podem coexistir, mas eu vejo exatamente o contrário. A força é parte da minha essência e da minha autoestima. Meu corpo é resultado de trabalho, não de vaidade”, declarou.

 

Graciella também revelou que o impacto visual de seu físico provoca reações curiosas em alguns homens. “Já aconteceu de homens se sentirem tensos comigo. Alguns até falharam na hora por causa da pressão, mas isso mostra como ainda existe resistência em aceitar a força feminina”, contou. Para ela, esses episódios refletem o desconforto que parte do público ainda sente diante da imagem de uma mulher forte. “O homem que se sente ameaçado por uma mulher forte precisa repensar o que entende por masculinidade”, completou.

 

A campeã encerrou afirmando que cada conquista representa uma superação pessoal e profissional. Ela recebeu da revista francesa GMARO o título de fisiculturista perfeita, de acordo com a inteligência artificial, na edição de novembro da publicação.

 

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Tendência de fim de ano: cirurgião-dentista explica aumento na busca por clareamento e lentes dentais

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Com a chegada das festas de fim de ano, o espelho e as câmeras de celular ganham destaque — e, junto com eles, cresce a procura por um sorriso mais branco e harmonioso. Clínicas odontológicas de todo o país relatam um aumento expressivo na busca por tratamentos estéticos, como clareamento dental e lentes de contato, especialmente entre os meses de novembro e dezembro, quando os pacientes se preparam para as confraternizações e registros fotográficos.

Segundo o cirurgião-dentista Edinei Dias da Silva @doutoredi, formado pela Unicamp, essa tendência é natural, mas requer atenção.

“É comum que as pessoas queiram estar bem para as festas, mas é importante lembrar que nem todo tratamento serve para todo mundo. A estética deve caminhar junto com a saúde bucal. O ideal é que cada paciente passe por uma avaliação completa antes de realizar qualquer procedimento”, orienta o profissional.

De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado de odontologia estética no Brasil movimentou mais de 715 milhões de dólares em 2022 e deve dobrar até 2030, impulsionado pela popularização dos tratamentos estéticos e pela influência das redes sociais.

Entre os procedimentos mais procurados, o clareamento dental lidera a lista. Porém, o dentista alerta que o uso de produtos sem supervisão profissional pode causar sensibilidade, inflamações gengivais e até desgaste do esmalte dental.

“Há uma banalização do clareamento caseiro. Muitos produtos vendidos pela internet prometem resultados rápidos, mas têm composição inadequada e podem causar danos irreversíveis”, adverte Edinei.

As lentes de contato dental também estão em alta, oferecendo resultados imediatos e um sorriso uniforme. No entanto, o especialista destaca que o sucesso do tratamento depende da indicação correta e da experiência do profissional.

“As lentes exigem planejamento e cuidado técnico. Quando aplicadas de forma padronizada, sem respeitar a anatomia e a função dos dentes, podem gerar desconforto e prejuízos estéticos. A odontologia moderna busca harmonia, não exagero”, afirma.

Além da estética, o cirurgião-dentista lembra que o fim de ano é um bom momento para revisões preventivas — especialmente antes do recesso das clínicas e do aumento no consumo de alimentos e bebidas que pigmentam os dentes, como vinho, café e molhos escuros.

“Um sorriso bonito é reflexo de uma boca saudável. Clareamento e lentes são aliados, desde que feitos com responsabilidade e acompanhamento profissional”, conclui o cirurgião-dentista.

 

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Entrando na era dos espaços compartilhados: o futuro da moradia e do trabalho

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Crédito:onurdongel/istock
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Coliving e coworking são espaços de trabalho e moradia compartilhados que atendem diversos públicos que procuram por flexibilidade e coletividade

 

A impermanência, isto é, a mudança constante – e cada vez mais rápida – tem sido o novo normal, principalmente entre as gerações mais novas. A velocidade da informação, a forma de consumir conteúdos e o menor valor dado à posse das coisas são fenômenos que têm moldado o modo com que as pessoas e as coisas têm se relacionado atualmente.

 

Na era do compartilhamento, em que a posse das coisas deixou de dar o tom, até mesmo os espaços outrora privados passaram a ser cada vez mais partilhados. Termos como coliving e coworking se tornam cada vez mais comuns, principalmente nas grandes cidades. Entender o que são é fundamental para a compreensão de fenômenos do mundo moderno.

 

O que é o coworking?

 

Estes termos correspondem ao modo como os espaços tanto de moradia como de trabalho têm migrado para um sistema compartilhado. O coworking, por exemplo, é um ambiente de escritório cuja infraestrutura é projetada para funcionar de maneira partilhada e flexível, de modo que atenda empresas, freelancers, empreendedores e trabalhadores remotos.

 

Um espaço de coworking é um ambiente de escritório compartilhado, que conta com internet de alta velocidade, mesas de escritório, cadeiras e salas de reunião. Segundo o Censo Coworking 2024, realizado pela empresa Woba, o número de espaços desse tipo deu um salto de 30% em um ano. 

 

São Paulo e Minas Gerais são os estados com o maior número de escritórios de coworking. Há vantagens na adesão ao modelo: a flexibilidade, o custo reduzido, se comparado com o investimento necessário para manter um ambiente semelhante ou mesmo se comparado com o custo de um aluguel, e, geralmente, o fato de estarem localizados em regiões centrais das cidades.

 

Por dentro da moradia compartilhada

 

Na mesma esteira, o coliving possui lógica semelhante, mas aplicada à moradia. Na prática, são imóveis com espaços comuns, como salas, banheiros e cozinhas, mas que também contam com áreas privativas – no caso, os quartos. O crescimento desse tipo de moradia se deve a nômades digitais, estudantes e trabalhadores que buscam moradia acessível e flexível.

 

Apesar de não ser algo exatamente novo, o coliving ganhou muita força nos últimos anos. Um aspecto interessante que tem atraído moradores para o modelo é que esses espaços reforçam hábitos de cooperação, interação e coletividade. Não raro, muitos deles promovem atividades coletivas, como leitura, dança, jogos, entre outras.


Os benefícios e o que esperar dos novos modelos

 

Tanto o coliving como o coworking promovem experiências capazes de agregar pessoas, criando laços de comunidade. Inclusive, é normal que desses espaços surjam parcerias e networking. Isso se dá pelo fato de que muitos locais são nichados: há coworkings voltados para a área de tecnologia, outros para advocacia, e assim por diante.

 

A tendência é que esses espaços cresçam à medida que o senso de compartilhamento aumente entre as pessoas. Atrativos como custo-benefício, flexibilidade e praticidade também têm papel importante. 

 

Afinal, espaços como um coliving em São Paulo, por exemplo, possuem toda a infraestrutura pronta e geralmente estão situados em localizações estratégicas da cidade. No mais, essa é uma tendência que vem para acompanhar as mudanças no mundo da moradia e do trabalho, que certamente darão o tom no estilo de vida do futuro.

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