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Do legado à inovação: empresas do Sul participam de debate sobre como a sucessão familiar pode enfrentar desafios culturais e tecnológicos

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Marcio Atz é diretor geral da Atlas e está à frente do evento Projeto Sucessores - Líderes do Amanhã Israel França/Divulgação
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A realidade brasileira demonstra a necessidade de atualização permanente das empresas de todos os portes para permitir a perpetuidade dos negócios

No Brasil, 91% das empresas são familiares, de acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa realidade faz com que o tema sucessão familiar esteja nos debates de todos os tipos de negócios, dos pequenos aos grandes. Diante de números que apontam a extinção de organizações quando chegam em sua terceira geração, é imprescindível estimular o debate e a reflexão sobre ferramentas a serem usadas para reverter esse quadro.

É esta a preocupação da Atlas, empresa referência em produtos de pintura, construção e casa, que reuniu 100 dos maiores players do setor de materiais de construções do Brasil, além de clientes do Uruguai, Paraguai, Colômbia e República Dominicana para discutir o tema. O projeto, denominado “Projeto Sucessores – Líderes do Amanhã”, ocorreu em Punta del Este, no Uruguai desta vez, e já chega na sua terceira edição.

Para o diretor da Atlas, Marcio Atz, o tema sucessão familiar ainda é visto com resistência por muitas organizações e a falta de conhecimento ou disposição para debater o assunto pode comprometer a continuidade das empresas. “Hoje, apenas 25% das empresas desta área vencem a primeira sucessão, o restante sucumbe após 20 ou 30 anos, seja a empresa de pequeno, médio ou grande porte”, afirma Atz. “A ideia que temos de desenvolvimento do setor passa pela indústria, comércio e serviços e podemos ajudar ao trazer esse tema tão delicado que é a governança, para que a cadeia do comércio possa se organizar melhor”, afirma Eduardo Bettanin, diretor da InBetta, grupo do qual a Atlas faz parte.
O ciclo de conferências foi organizado em parceria com a ISE Business School, uma das maiores referências em escolas de gestão em todo o mundo, além de painel de debates com empresas líderes no mercado de sucessão familiar. A ideia é fazer com que os sucessores absorvam ideias para encontrar soluções diante de problemas e questionamentos na rotina de suas empresas. “É muito importante que as lideranças tenham esse olhar e reconheçam a importância de pensar estratégias para o futuro dos negócios”, afirma o professor do departamento de Operações, Tecnologia e Informação e Direção Geral da ISE, Fabio Barbosa.

A pergunta que abriu a reflexão é: os valores da empresa familiar estão apenas na tradição oral ou já foram institucionalizados? Para Cesar Bullara, diretor e professor do Departamento de Gestão de Pessoas e Professor de Ética nos Negócios da ISE, a cultura funciona como alicerce para a continuidade e sucessão familiar. “A força do valor, continuar caminhando, continuar indo atrás do propósito, é isso que move as pessoas. A cultura é a capacidade despertar essas energias”, afirma o docente.

Já na atualização de tecnologias, o desafio é fazer com que as empresas percebam os benefícios da IA nos negócios. A pesquisa da Boston Consulting Group demonstra que a qualidade aumenta em 40% nas entregas mobilizadas por inteligência e que os processos ocorrem 26% mais rápido.

Mariana Morena de Carvalho Silveira, da Orion, de São José/SC, se mostra contente com o olhar que a Atlas transfere ao cliente ao proporcionar um evento desse porte. “É um evento profundo, com conteúdo que nos ensina. É muito difícil tirar os executivos da rotina da empresa, então tem que valer a pena mesmo”, diz Mariana, ao destacar a palestra da ISE sobre Inteligência Artificial como um diferencial na programação. Já para Michael Cunha, da Diferpan, de Cachoerinha/RS, o evento cumpre seu papel quando apresenta ferramentas necessárias para que os líderes desenvolvam suas capacidades. “É garantir que a gente possa dar sustentação aos negócios, perpetuar com excelência e realmente estamos saindo daqui bem preparados para isso”, comenta, ao destacar o networking como ponto alto do evento. “Esse evento está sendo especial pelo local, que eu ainda não conhecia, mas também pelas relações, as pessoas estão gerando negócios e oportunidades. Estou feliz em estar vivendo esse momento, com conteúdo de qualidade”, diz Eduardo Bathke, da  Tintas Verginia, de Curitiba/PR.

O Painel de Debates com participação de Marco La Rosa de Almeida, Sócio da Lobo de Rizzo, Igor Batista, Sócio da JK Capital, Fábio Roberto Gomide, Presidente da Condor Atacadista e Rodrigo Cassol, Presidente do grupo Cassol abordou temas relacionados à trajetória profissional, transição de carreiras, papel do sucessor executivo, riscos e retornos, formas de remuneração dos sucessores, dificuldades na sucessão, relação com acionistas  além de outras abordagens práticas do mercado.

A programação turística e gastronômica à qual os participantes tiveram acesso, também é vista por Bettanin como uma excelente oportunidade de interação e networking. A programação contou com interação a espaços como Vinícola Narbona, Museo de Arte Contemporáneo Atchugarry (MACA), Restaurantes OVO Beach e Muelle e Enjoy Punta del Este Resort e Casino, que recepcionou o encontro. “Esse evento é um trabalho ímpar da Atlas, que vem assumindo esse papel que, aparentemente, não seria de um fabricante e fornecedor, mas que é importante para a evolução dos negócios”, conclui Bettanin. Os líderes que estiveram em Punta del Leste participaram também do curso “A Identidade do Vinho Uruguaio – Muito Além do Tannat”, com criação do Sommelier Jerónimo Tellarini, diretor da Escola de Sommeliers do Uruguai.

O evento teve como apoiadores as empresas ArcelorMittal, Mundial Prime, Viapol, Suvinil, Marluvas, e Max Ferramentas, além do Ministério do Turismo do Uruguai.

 

Sobre a Atlas

 

A Atlas desenvolve negócios e produtos para pintura, construção e casa há 58 anos. Integrante da Holding InBetta, a empresa possui duas unidades fabris, uma em Esteio/RS (40 mil m2) e outra em Paulista/PE (30 mil m2), além dos centros de distribuição no RS, SP e PE, totalizando 568 colaboradores. Na linha Atlas Pintura e Construção, o portfólio da empresa conta com mais de 1000 itens e na linha Atlas Casa o catálogo chega a 500 opções. Atualmente, a empresa exporta para mais de 50 países da América do Sul e América Central, além de alguns países na América do Norte, Europa e África. Presente em grande parte das lojas de materiais para construção, lojas, ferragens, home centers e lojas de tintas do Brasil e exterior, a Atlas é premiada frequentemente pela busca da qualidade no atendimento a seus clientes, distribuidores, atacadistas, varejistas e consumidores finais.

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