Comportamento
Divórcio Grisalho: entenda fenômeno que ganha força no Brasil
O país apresenta índices expressivos de divórcio entre casais acima dos 50 anos
No quesito relacionamento contemporâneo, um fenômeno tem ganhado destaque: o “divórcio grisalho”, como nomeia a pesquisadora americana Susan L. Brown, que refere-se à separação de casais na faixa etária acima dos 50 anos. Ao longo das últimas décadas, a sociedade tem passado por transformações significativas, afetando a dinâmica dos relacionamentos
Ao longo das últimas décadas, a sociedade tem passado por transformações significativas, afetando a dinâmica dos relacionamentos. O divórcio na chamada “segunda metade da vida” tornou-se mais comum, desafiando as concepções tradicionais sobre a estabilidade matrimonial.
De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento expressivo nos índices de divórcio entre casais acima dos 50 anos. Ainda de acordo com dados do IBGE, 25,9% das pessoas que tiveram divórcio confirmado na primeira instância da Justiça ou via escritura estavam acima dos 50 anos.
Em outros países, o cenário não é diferente. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), no México, em uma década, o número de divórcio entre pessoas com idade acima dos 50 anos, ultrapassando a marca dos 10 mil registros, em 2011, para quase 29 mil. Já Espanha, de acordo com dados oficiais, o aumento foi de aproximadamente 10 mil casos.
Ao longo das últimas décadas, a sociedade tem passado por transformações significativas, afetando a dinâmica dos relacionamentos. O divórcio na chamada “segunda metade da vida” tornou-se mais comum, desafiando as concepções tradicionais sobre a estabilidade matrimonial.
“Muitos casais que se divorciam após os 50 anos estão em busca de uma redescoberta pessoal. Com filhos adultos e carreiras consolidadas, alguns indivíduos sentem a necessidade de explorar novos horizontes e redefinir sua identidade”, explica o psicólogo André Carneiro, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC).
Ainda de acordo com André Carneiro, ao longo de casamentos mais longos, a comunicação muitas vezes torna-se um desafio. Casais podem sentir dificuldades em expressar suas necessidades e desejos, levando a um distanciamento emocional gradual.
O divórcio grisalho não afeta apenas os casais envolvidos, mas também as famílias e a sociedade em geral. Questões patrimoniais, redes de suporte social e até mesmo a perspectiva dos filhos adultos sobre o casamento podem ser influenciadas por essa dinâmica.
“O divórcio grisalho representa uma faceta complexa das relações contemporâneas, refletindo as mudanças sociais e individuais que ocorreram ao longo do tempo. Compreender os motivos psicológicos por trás desse fenômeno é crucial para proporcionar suporte e orientação às pessoas que enfrentam o desafio do término de casamentos longos após os 50 anos, abrindo espaço para reflexões e transformações individuais e sociais”, esclarece o psicólogo André Carneiro.
Emancipação Feminina
Com a conquista de autonomia financeira, muitas mulheres têm buscado não apenas estabilidade econômica, mas também realização pessoal. A ideia de que a vida após os 50 anos pode ser uma fase de redescoberta e novas conquistas tem levado algumas mulheres a reavaliarem seus casamentos, buscando alinhamento com seus objetivos individuais.
A emancipação feminina tem desempenhado um papel transformador nos padrões de relacionamento, particularmente entre casais acima dos 50 anos. À medida que as mulheres conquistam independência e buscam realização pessoal, os casamentos estão se adaptando a essa nova narrativa, resultando em um aumento significativo nos divórcios nessa faixa etária. Este fenômeno reflete não apenas uma evolução nas relações de gênero, mas também a busca constante por uma vida que seja verdadeiramente significativa e alinhada com os valores individuais das mulheres modernas.
“O aumento da independência financeira das mulheres tem conferido a elas uma maior capacidade de tomar decisões autônomas em diversos aspectos da vida, incluindo os relacionamentos. A possibilidade de sustentar-se financeiramente proporciona uma liberdade de escolha que antes era mais restrita, influenciando a forma como as mulheres encaram seus casamentos após os 50 anos”, explica o psicólogo André Carneiro.
A reconfiguração dos papéis de gênero na sociedade contemporânea também desempenha um papel crucial. À medida que as expectativas em torno do que é esperado de homens e mulheres evoluem, os casais podem sentir a necessidade de adaptar suas relações para refletir essas mudanças, ou optar por caminhos separados quando tais ajustes não são alcançados.
Comportamento
Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”
A atleta e modelo fitness Graciella Carvalho, campeã mundial na categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, vive o auge de sua carreira após retornar aos palcos de competição. Radicada em Miami, a brasileira comentou sobre a rotina intensa de treinos, o olhar do público sobre o corpo feminino musculoso e as reações que sua imagem desperta fora do esporte.
Graciella relatou que a preparação para o campeonato exigiu um nível de disciplina que transformou sua relação com o corpo. Foram meses de treino rigoroso, dieta restrita e uma rotina planejada com precisão. Segundo ela, o processo competitivo vai muito além do físico. “Treinar para competir é um processo físico e mental. Há dias em que o corpo pede descanso, mas a disciplina fala mais alto. O pódio é consequência da constância, não apenas do esforço momentâneo”, afirmou.
De volta ao circuito internacional, a atleta diz que aprendeu a lidar com os diferentes olhares que o corpo feminino musculoso ainda desperta. Nas redes sociais, recebe elogios diários por sua forma física, mas também comentários que tentam associar força à perda de feminilidade. “Algumas pessoas ainda acham que força e beleza não podem coexistir, mas eu vejo exatamente o contrário. A força é parte da minha essência e da minha autoestima. Meu corpo é resultado de trabalho, não de vaidade”, declarou.
Graciella também revelou que o impacto visual de seu físico provoca reações curiosas em alguns homens. “Já aconteceu de homens se sentirem tensos comigo. Alguns até falharam na hora por causa da pressão, mas isso mostra como ainda existe resistência em aceitar a força feminina”, contou. Para ela, esses episódios refletem o desconforto que parte do público ainda sente diante da imagem de uma mulher forte. “O homem que se sente ameaçado por uma mulher forte precisa repensar o que entende por masculinidade”, completou.
A campeã encerrou afirmando que cada conquista representa uma superação pessoal e profissional. Ela recebeu da revista francesa GMARO o título de fisiculturista perfeita, de acordo com a inteligência artificial, na edição de novembro da publicação.
Comportamento
Tendência de fim de ano: cirurgião-dentista explica aumento na busca por clareamento e lentes dentais
Com a chegada das festas de fim de ano, o espelho e as câmeras de celular ganham destaque — e, junto com eles, cresce a procura por um sorriso mais branco e harmonioso. Clínicas odontológicas de todo o país relatam um aumento expressivo na busca por tratamentos estéticos, como clareamento dental e lentes de contato, especialmente entre os meses de novembro e dezembro, quando os pacientes se preparam para as confraternizações e registros fotográficos.
Segundo o cirurgião-dentista Edinei Dias da Silva @doutoredi, formado pela Unicamp, essa tendência é natural, mas requer atenção.
“É comum que as pessoas queiram estar bem para as festas, mas é importante lembrar que nem todo tratamento serve para todo mundo. A estética deve caminhar junto com a saúde bucal. O ideal é que cada paciente passe por uma avaliação completa antes de realizar qualquer procedimento”, orienta o profissional.
De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado de odontologia estética no Brasil movimentou mais de 715 milhões de dólares em 2022 e deve dobrar até 2030, impulsionado pela popularização dos tratamentos estéticos e pela influência das redes sociais.
Entre os procedimentos mais procurados, o clareamento dental lidera a lista. Porém, o dentista alerta que o uso de produtos sem supervisão profissional pode causar sensibilidade, inflamações gengivais e até desgaste do esmalte dental.
“Há uma banalização do clareamento caseiro. Muitos produtos vendidos pela internet prometem resultados rápidos, mas têm composição inadequada e podem causar danos irreversíveis”, adverte Edinei.
As lentes de contato dental também estão em alta, oferecendo resultados imediatos e um sorriso uniforme. No entanto, o especialista destaca que o sucesso do tratamento depende da indicação correta e da experiência do profissional.
“As lentes exigem planejamento e cuidado técnico. Quando aplicadas de forma padronizada, sem respeitar a anatomia e a função dos dentes, podem gerar desconforto e prejuízos estéticos. A odontologia moderna busca harmonia, não exagero”, afirma.
Além da estética, o cirurgião-dentista lembra que o fim de ano é um bom momento para revisões preventivas — especialmente antes do recesso das clínicas e do aumento no consumo de alimentos e bebidas que pigmentam os dentes, como vinho, café e molhos escuros.
“Um sorriso bonito é reflexo de uma boca saudável. Clareamento e lentes são aliados, desde que feitos com responsabilidade e acompanhamento profissional”, conclui o cirurgião-dentista.
Comportamento
Entrando na era dos espaços compartilhados: o futuro da moradia e do trabalho
Coliving e coworking são espaços de trabalho e moradia compartilhados que atendem diversos públicos que procuram por flexibilidade e coletividade
A impermanência, isto é, a mudança constante – e cada vez mais rápida – tem sido o novo normal, principalmente entre as gerações mais novas. A velocidade da informação, a forma de consumir conteúdos e o menor valor dado à posse das coisas são fenômenos que têm moldado o modo com que as pessoas e as coisas têm se relacionado atualmente.
Na era do compartilhamento, em que a posse das coisas deixou de dar o tom, até mesmo os espaços outrora privados passaram a ser cada vez mais partilhados. Termos como coliving e coworking se tornam cada vez mais comuns, principalmente nas grandes cidades. Entender o que são é fundamental para a compreensão de fenômenos do mundo moderno.
O que é o coworking?
Estes termos correspondem ao modo como os espaços tanto de moradia como de trabalho têm migrado para um sistema compartilhado. O coworking, por exemplo, é um ambiente de escritório cuja infraestrutura é projetada para funcionar de maneira partilhada e flexível, de modo que atenda empresas, freelancers, empreendedores e trabalhadores remotos.
Um espaço de coworking é um ambiente de escritório compartilhado, que conta com internet de alta velocidade, mesas de escritório, cadeiras e salas de reunião. Segundo o Censo Coworking 2024, realizado pela empresa Woba, o número de espaços desse tipo deu um salto de 30% em um ano.
São Paulo e Minas Gerais são os estados com o maior número de escritórios de coworking. Há vantagens na adesão ao modelo: a flexibilidade, o custo reduzido, se comparado com o investimento necessário para manter um ambiente semelhante ou mesmo se comparado com o custo de um aluguel, e, geralmente, o fato de estarem localizados em regiões centrais das cidades.
Por dentro da moradia compartilhada
Na mesma esteira, o coliving possui lógica semelhante, mas aplicada à moradia. Na prática, são imóveis com espaços comuns, como salas, banheiros e cozinhas, mas que também contam com áreas privativas – no caso, os quartos. O crescimento desse tipo de moradia se deve a nômades digitais, estudantes e trabalhadores que buscam moradia acessível e flexível.
Apesar de não ser algo exatamente novo, o coliving ganhou muita força nos últimos anos. Um aspecto interessante que tem atraído moradores para o modelo é que esses espaços reforçam hábitos de cooperação, interação e coletividade. Não raro, muitos deles promovem atividades coletivas, como leitura, dança, jogos, entre outras.
Os benefícios e o que esperar dos novos modelos
Tanto o coliving como o coworking promovem experiências capazes de agregar pessoas, criando laços de comunidade. Inclusive, é normal que desses espaços surjam parcerias e networking. Isso se dá pelo fato de que muitos locais são nichados: há coworkings voltados para a área de tecnologia, outros para advocacia, e assim por diante.
A tendência é que esses espaços cresçam à medida que o senso de compartilhamento aumente entre as pessoas. Atrativos como custo-benefício, flexibilidade e praticidade também têm papel importante.
Afinal, espaços como um coliving em São Paulo, por exemplo, possuem toda a infraestrutura pronta e geralmente estão situados em localizações estratégicas da cidade. No mais, essa é uma tendência que vem para acompanhar as mudanças no mundo da moradia e do trabalho, que certamente darão o tom no estilo de vida do futuro.
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