Estudos apontam um crescimento, considerável, nas buscas por tratamentos do distúrbio do sono
Institutos de sono espalhados por todo país revelam crescimento nos atendimentos aos usuários. E isso não é por acaso.
O número de pessoas que se queixam de insônia e dificuldades para conseguir ter um sono prolongado e renovador, aumenta a cada dia.
Os processos mentais e emocionais relacionados ao descanso da mente, denunciam uma fragilidade mundial que eleva riscos de surgimentos de doenças, como o Alzheimer e demências, decorrentes da péssima qualidade de sono.
Insônias, apneias, pesadelos, sonambulismos, distúrbios do ritmo circadiano, parassonias e narcolepsia são alguns dos distúrbios do sono mais comuns. A identificação das causas considera fatores psicológicos, hereditários e físicos para melhor compreensão dos sintomas.
Altos níveis de estresse, preocupações, elevação da ansiedade, péssimos hábitos, excesso de utilização de eletrônicos, abuso no consumo de álcool, cafeína e nicotina e estilo de vida desregrado, podem ser as principais causas. Além claro, de questões individuais, uma vez que somos seres únicos e aspectos emocionais também interferem no bem-estar e qualidade de vida do ser humano.
Portanto, a história de cada um, precisa ser investigada, pois pode contemplar episódios recorrentes de ansiedade, estresse, traumas e até mesmo depressão.
A privação prolongada do sono, ou mesmo o sono ineficaz contribui para o desenvolvimento de déficits de memória, concentração, surgimento de transtornos de humor, além de aumentar a exposição a doenças metabólicas, cardiovasculares, cardiológicas ou demências complexas.
Afinal, em termos gerais, os sintomas apresentam consequências negativas para quem sofre com o problema, como: fadiga e sonolência diurna; dificuldades de concentração e memória; problemas emocionais e de saúde mental; impacto na saúde física; prejuízos nas relações interpessoais; redução da qualidade de vida.
A prevenção requer uma higiene do sono que é a adoção de hábitos saudáveis com o objetivo de melhorar a qualidade do sono, proporcionando benefícios significativos para a saúde física e mental. Algumas dicas são importantes, como: evitar o uso de eletrônicos antes de dormir; evitar ingerir cafeína antes de se deitar; evitar comidas pesadas e doces a noite; procurar se deitar sempre no mesmo horário; preparar o ambiente de se recolher, cuidando para que ele seja aconchegante, temperatura agradável, iluminação escura e adequada e sem ruídos; evitar atividades físicas intensas a noite; praticar exercícios até duas horas antes de se recolher; tentar se desligar dos problemas e preocupações; evitar cochilos e sonecas durante o dia; evitar ficar na cama se não estiver conseguindo dormir logo; evitar utilizar a cama para estudar, trabalhar ou assistir TV.
Enfim, é preciso criar um ecossistema de aconchego e tranquilidade para acolher o descanso. E em casos, mais graves de distúrbios do sono, é necessário buscar ajuda especializada de imediato.
Portanto, considerando que o corpo precisa dessas horas de repouso, ficar sem dormir causa efeitos fisiológicos, mentais e o enfraquecimento do sistema imunológico, o que, naturalmente, irá acarretar o surgimento de doenças.
Isso porque o sono é fundamental na vida do ser humano tendo como função a restauração e conservação de energia do organismo.
Assim, sua qualidade está intimamente relacionada a aquisição de hábitos saudáveis e adequados, através de um conjunto de comportamentos que promovam um descanso reparador contribuindo para a qualidade de vida, saúde e bem-estar, física e mental do indivíduo.
Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista