Com a Licença C da CBF Academy, o novo treinador celebra o início de uma trajetória no futebol profissional e fala sobre os desafios de comandar equipes de base, a importância da pedagogia no esporte e os próximos passos rumo às licenças B e A.
O sonho de comandar equipes e formar futuros craques ganhou mais um capítulo na trajetória de um novo profissional do futebol brasileiro. Após meses de dedicação, estudos e prática em campo, Luiz Eduardo Vieira Silva está prestes a receber a Licença C da CBF Academy, certificação oficial que o habilita a treinar atletas de até 12 anos em clubes profissionais e escolinhas de futebol.
“Essa licença é o primeiro degrau para quem quer seguir carreira de treinador. Ela me permite atuar em clubes e categorias de base e abre caminho para novas formações, como as Licenças B, A e PRO”, explica o treinador, que atualmente trabalha na escolinha do Flamengo e também no futsal, como estagiário de Educação Física.
Formação técnica e humana: o novo perfil do treinador brasileiro
A Licença C da CBF Academy tem carga horária de 210 horas e combina aulas teóricas, práticas e avaliações presenciais. Segundo o entrevistado, o curso vai muito além da tática e da técnica.
“O conteúdo é muito completo. A gente aprende sobre pedagogia, metodologia de ensino, fisiologia, psicologia e ética no esporte. Não se trata só de ensinar a chutar a bola, mas de formar seres humanos dentro de campo”, destaca.
A formação também exige um trabalho final prático, etapa que o treinador está concluindo para obter o certificado físico da CBF. “Depois que enviamos o trabalho, o prazo é de cerca de um mês para a emissão da licença. Já estou apto a atuar, só falta chegar a carteirinha”, comenta, com entusiasmo.
Da análise de desempenho à beira do campo: conhecimento que se complementa
Além da formação de treinador, o profissional também concluiu um curso extra de Análise de Desempenho, área cada vez mais valorizada no futebol moderno.
Embora não seja um requisito para a Licença C, ele explica que o conhecimento agrega muito à função de treinador:
“O analista trabalha mais com estatísticas, dados e vídeos, enquanto o treinador está na beira do campo. Mas as duas áreas se complementam. Entender os números ajuda a enxergar o jogo de outra forma e tomar decisões mais assertivas.”
Desafios e aprendizados com as categorias de base
Atuar com crianças até 12 anos exige mais do que conhecimento técnico — é preciso empatia, paciência e didática.
O treinador ressalta que, nas categorias iniciais, o foco está na formação integral do atleta:
“Trabalhar com crianças é desafiador e recompensador. É nessa fase que a gente molda os valores e a paixão pelo futebol. Mais do que vencer jogos, é sobre ensinar a jogar com alegria, respeitando o adversário e aprendendo em equipe.”
Olhando para o futuro: Licença B e oportunidades no mercado
Com a Licença C em mãos, o próximo passo já está traçado: conquistar a Licença B, que autoriza o trabalho com atletas de até 17 anos.
O treinador vê o sistema de licenças como um avanço importante para o futebol nacional:
“É um modelo parecido com o europeu. Cada nível aumenta o grau de responsabilidade e o público com o qual você pode trabalhar. A CBF está profissionalizando a base, e isso é excelente para o esporte.”
Atualmente, ele está em busca de novas oportunidades em clubes e projetos sociais voltados ao futebol de base. “Se surgir algo voltado para categorias sub-12 ou sub-15, ou até na área de análise de desempenho, estou pronto para encarar”, afirma.
Contatos: Luiz Eduardo Vieira Silva, 21 981053835, ldvs97@gmail.com