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Cultura empresarial e sustentabilidade são desafios para lideranças

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Adequar valores organizacionais e estratégias ambientais será essencial para manter a competitividade em 2025

Liderar uma empresa em 2025 exige mais do que foco em resultados financeiros. Estudos indicam que a cultura empresarial e as estratégias de sustentabilidade estão entre os principais pontos de atenção para líderes, como CEOs (diretores executivos) e CHROs (diretores de recursos humanos). 

A pesquisa da consultoria global Gartner, que ouviu mais de 1.400 líderes de recursos humanos em 60 países, revelou que 97% dos executivos da área pretendem reformular aspectos da cultura corporativa, sendo considerada uma das prioridades para este ano.

No entanto, entre os principais obstáculos está o distanciamento das lideranças em relação aos valores defendidos pela organização. Segundo a Gartner, 57% dos gestores falham ao reforçar esses princípios com suas equipes, enquanto 53% dos líderes não se veem como responsáveis por demonstrar os valores da organização. 

A consultoria também alerta que uma cultura mal gerenciada traz impactos comerciais, com problemas relacionados a rentabilidade, desempenho dos funcionários, retenção ou rotatividade e satisfação do cliente.

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é muito importante conhecer e mapear a cultura que já existe dentro da organização, pois ela influencia desde a forma como as metas são traçadas até o relacionamento com colaboradores e clientes. A compreensão desses elementos é considerada decisiva na hora de tomar decisões mais assertivas e adaptadas à realidade do negócio.

Outra prioridade para as empresas em 2025 é o engajamento com práticas sustentáveis. Embora 95% dos consumidores brasileiros deem preferência às marcas comprometidas com o meio ambiente, conforme levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), apenas 38% dos CEOs afirmam incorporar critérios de sustentabilidade em suas decisões, de acordo com outra pesquisa da Gartner.

Apesar da divergência entre os dados, a tecnologia se apresenta como uma possibilidade de mudar esse cenário. O uso de um sistema de gestão empresarial pode ser uma alternativa para alinhar a cultura interna às metas corporativas. Ferramentas que se popularizaram no setor industrial, como os ERPs (Enterprise Resource Planning), permitem intergrar dados de diferentes áreas e acompanhar metas ambientais, indicadores de clima organizacional e desempenho financeiro de forma centralizada. 

As diversas funções do ERP – que incluem automação de processos, análise integrada de dados e controle operacional – contribuem diretamente para a consolidação de políticas sustentáveis e o fortalecimento dos valores da organização no dia a dia.

Como avançar em metas sustentáveis, segundo a Gartner

O impacto da sustentabilidade no negócio vai além de construir uma imagem institucional positiva. Estratégias ambientais bem estruturadas podem gerar ganhos diretos, como a otimização dos recursos, a melhoria na conformidade regulatória e a criação de novos modelos de negócios. 

Segundo a Gartner, também é relevante acompanhar vantagens indiretas, como decisões mais assertivas sobre a concorrência. Ainda assim, menos de 10% dos executivos exploram esses benefícios.

Para ampliar os resultados, é preciso que os líderes empresariais estabeleçam prioridades claras, conciliem ganhos financeiros com impacto ambiental e pensem no longo prazo.  A consultoria indica, ainda, investir em iniciativas com retorno duplo – como a eficiência energética, que beneficia a sustentabilidade e os resultados – e estimular uma cultura de sustentabilidade que envolva toda a força de trabalho. 

Outro aspecto a ser considerado é tratar a sustentabilidade como um processo contínuo. Ao estabelecer metas de longo prazo, a Gartner informa que será mais fácil lidar com incertezas e choques externos. “Encare a sustentabilidade como uma maratona, e não uma corrida rápida”, destaca a consultoria em relatório.

Confira dicas para fortalecer a cultura organizacional

Depois de reconhecer a cultura existente, o que pode ser feito a partir de pesquisas internas, o Sebrae recomenda que as empresas adotem ações contínuas para fortalecê-la e promover melhorias. O primeiro passo é investir na formação continuada das equipes, com cursos e alinhamentos que favoreçam o entendimento dos valores organizacionais e o engajamento dos colaboradores.

A participação ativa de líderes formais e informais também está entre as recomendações.. Cabe a eles reforçar comportamentos alinhados aos princípios da empresa no dia a dia. Para isso, o mapeamento de lacunas culturais — por meio da análise de valores, crenças e comportamentos predominantes no ambiente de trabalho — deve ser parte da rotina. 

O Sebrae também orienta elaborar campanhas de comunicação interna com materiais informativos, revisar os símbolos da cultura corporativa, reformular regras de conduta e até transformar espaços de trabalho para refletir os valores da organização.

Além disso, é interessante estabelecer uma política de feedbacks. A cultura organizacional precisa estar presente nos processos de recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, planos de carreira e distribuição de benefícios.

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