Diversidade
Como conquistar a CNH: um guia prático para tirar sua carteira de motorista
Tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é um dos passos mais desejados por quem busca independência, mobilidade e novas oportunidades. Seja para facilitar o dia a dia, conseguir um emprego ou realizar um objetivo pessoal, conquistar a habilitação exige foco, organização e comprometimento. Embora o processo envolva diversas etapas e regras, entender cada uma delas torna tudo mais simples e acessível.
Pré-requisitos para iniciar o processo
Antes de procurar uma autoescola, é preciso garantir que você atende aos critérios estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro. Os requisitos são:
– Ter no mínimo 18 anos completos
– Saber ler e escrever
– Possuir CPF e documento de identidade (RG ou equivalente)
– Apresentar comprovante de residência atualizado
Com esses documentos em mãos, o próximo passo é escolher uma autoescola credenciada pelo Detran do seu estado. A instituição será responsável por conduzir todo o processo e registrar o aluno no sistema oficial do órgão de trânsito.
Primeiras etapas: exames médicos e psicológicos
A jornada começa com a realização de exames que avaliam se o candidato está apto física e mentalmente a conduzir um veículo. O exame médico verifica aspectos como visão, audição, pressão arterial e coordenação motora. Já o teste psicológico avalia o perfil emocional e cognitivo do futuro condutor, sendo obrigatório em algumas categorias ou conforme determinação do Detran.
Aprovado nessa fase, o candidato já pode iniciar o curso teórico, uma das partes mais importantes da formação.
Curso teórico: base para um trânsito seguro
O curso teórico é composto por 45 horas/aula obrigatórias e aborda temas fundamentais para a segurança no trânsito. Entre os principais conteúdos estão:
– Legislação de trânsito
– Direção defensiva
– Primeiros socorros
– Meio ambiente e cidadania
– Noções de mecânica básica
É obrigatória a presença em todas as aulas, e a frequência é registrada digitalmente. Durante esse período, o candidato pode reforçar os estudos com apostilas, vídeos explicativos e simulados online, que ajudam bastante na preparação para a prova.
Exame teórico: avaliação dos conhecimentos
Após concluir o curso teórico, o aluno realiza a prova escrita aplicada pelo Detran. O exame normalmente contém 30 questões de múltipla escolha. Para ser aprovado, é necessário acertar no mínimo 21 delas.
Caso não alcance a pontuação mínima, o candidato poderá refazer a prova após o pagamento de uma nova taxa. Passando nesse teste, ele estará apto a iniciar a parte prática da formação.
Aulas práticas: desenvolvimento ao volante
A fase prática envolve no mínimo 20 horas de direção veicular, sendo uma delas obrigatoriamente no período noturno. Em alguns estados, parte do treinamento pode incluir o uso de simuladores.
Durante as aulas, o candidato aprende a manusear o carro, realizar balizas, respeitar sinalizações, fazer conversões, estacionar e lidar com situações do dia a dia no trânsito. Essa etapa é essencial para que o futuro condutor se sinta seguro ao volante e esteja preparado para o teste prático.
Exame prático de direção
Essa é a última e talvez a mais temida fase do processo. O exame prático é realizado em via pública e avalia a capacidade do candidato em conduzir o veículo com segurança, atenção e obediência às leis de trânsito. Estar calmo e confiante é essencial nesse momento.
Faltas graves ou a soma de diversas infrações podem levar à reprovação. Se isso acontecer, é possível remarcar o exame após aguardar o prazo estabelecido pelo Detran. Muitas vezes, uma ou duas aulas extras podem fazer a diferença entre ser aprovado ou não na próxima tentativa.
Recebendo a CNH provisória
Após a aprovação no exame prático, o condutor recebe a Permissão para Dirigir (PPD), conhecida como CNH provisória. Ela tem validade de 12 meses e exige que o motorista não cometa nenhuma infração grave ou gravíssima e não seja reincidente em infrações médias.
Cumprido esse período sem penalidades, o motorista poderá comprar cnh online definitiva, válida por até 10 anos, conforme a idade do condutor e as novas regras de renovação.
Custos para tirar a CNH
O investimento para obter a habilitação varia de acordo com a região e a autoescola. Em média, o custo total pode ficar entre R$ 2.500 e R$ 3.500, considerando todas as taxas envolvidas, como:
– Matrícula na autoescola
– Exames médicos e psicológicos
– Curso teórico
– Aulas práticas
– Taxas do Detran para provas e emissão da CNH
Alguns estados oferecem programas de CNH gratuita ou subsidiada, conhecidos como CNH Social. Eles são voltados para pessoas de baixa renda e exigem inscrição em editais específicos, que costumam ser divulgados nos canais oficiais do Detran local.
Dicas para um processo mais tranquilo
– Pesquise bem antes de escolher sua autoescola. Busque referências, avaliações e compare preços
– Mantenha uma rotina de estudos durante o curso teórico. Simulados ajudam a memorizar conteúdos
– Nas aulas práticas, esteja sempre atento e tire dúvidas com o instrutor
– Controle o nervosismo no dia do exame prático. Respire fundo, mantenha a calma e concentre-se
– Se não passar de primeira, não desanime. É comum precisar de mais de uma tentativa
Conclusão
Conquistar a CNH é um processo que exige paciência, responsabilidade e preparação. Cada etapa, por mais desafiadora que pareça, contribui para formar um condutor mais consciente e seguro. Ao final da jornada, o esforço é recompensado com a liberdade de dirigir, a possibilidade de crescer profissionalmente e a realização de um sonho pessoal. Se esse é o seu objetivo, dê o primeiro passo hoje mesmo e comece a trilhar seu caminho rumo à habilitação.
Diversidade
Parada LGBTQIAP+ do Rio celebra 30 anos com festa histórica em Copacabana
Grupo Arco-Íris organiza evento com apoio da OAB-RJ em campanha de segurança
A 30ª Parada do Orgulho LGBTQIAP+ do Rio vai ocupar a orla de Copacabana neste domingo, 23 de novembro, às 11h. Organizado pelo Grupo Arco-Íris, o evento marca três décadas da primeira manifestação do tipo no Brasil, que começou em 1995 com a Marcha da Cidadania, após a conferência mundial da Associação Internacional de Gays e Lésbicas.
Além da festa, a Parada conta com o apoio da OAB-RJ na divulgação de uma cartilha de segurança. Desenvolvida pela Secretaria de Turismo, em parceria com o Grupo Arco-Íris, a OAB e as mais diversas instituições, incluindo a Polícia Civil, com a delegada titular da Delegacia Especializada para o Turismo. “O que o Rio de Janeiro quer? O que o Estado quer? Acarinhar as pessoas”, explica Nélio Georgini, diretor da Defesa da Diversidade na OAB-RJ.
Cidadania e direitos em pauta
Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e coordenador geral da Parada, reforça o peso político do evento. “Somos milhões, estamos em todas as partes e não dá mais pra esconder a nossa pauta, a nossa agenda, que chegou a hora. Sem a comunidade LGBTI+ não tem democracia, não tem cidadania”, afirma. Segundo ele, a manifestação vai além da celebração. “É preciso reconhecer que essa comunidade sofre muita discriminação e precisa de reconhecimento de direitos.”
A Parada deste ano funciona também como um espaço de informação. Diversos órgãos e entidades estarão presentes oferecendo orientações sobre políticas públicas, direitos e cidadania. “É um momento que a gente aproveita para poder informar sobre direitos, cidadania. Para a gente é fundamental também que se tenha cumprimento de leis, que as pessoas acessem os direitos das políticas públicas”, destaca Cláudio.
Segurança em primeiro lugar
A cartilha de segurança desenvolvida pela Secretaria de Turismo traz informações práticas para quem visita o Rio durante grandes eventos. Nélio Georgini destaca a importância do cuidado. “É importante, consigo e com outro, saber o contexto social e como as coisas funcionam em qualquer tipo de problema. Discar o 190, buscar o poder de segurança, o judiciário.”
Para o diretor da Defesa da Diversidade da OAB-RJ, a celebração precisa vir acompanhada de responsabilidade. “Até mesmo na alegria, que a gente tenha cuidado para não ultrapassar os limites que a gente passa no controle do nosso próprio corpo”, alerta. A iniciativa reúne esforços da Delegacia Especializada para o Turismo e outras instituições para garantir que o evento transcorra com tranquilidade.
Programação artística e valorização de novos talentos
A edição de 2025 conta com mais de 100 artistas. Entre os destaques confirmados estão Daniela Mercury, Tereza Cristina, DJ Hitmaker, Lorena Simpson e Romero Ferro. Mas a programação vai além dos grandes nomes. “Selecionamos 30 DJs, 30 cantores e 30 Drags que também estão começando as suas carreiras para se apresentarem e quem sabe daí não ser uma oportunidade para que elas se lancem e se visibilizem”, conta Cláudio Nascimento. A estratégia valoriza artistas da comunidade LGBTQIAP+ que nem sempre encontram espaço para mostrar seu trabalho.
Tema celebra história e futuro
Com o tema “30 anos fazendo história: das primeiras lutas pelo direito de existir à construção de futuros sustentáveis”, a Parada olha para trás e para frente ao mesmo tempo. O evento resgata a trajetória de mobilização que começou timidamente, com menos de 30 pessoas em 1993, até se tornar uma das principais manifestações democráticas do país.
“O recado que a gente quer passar é que a nossa história vem de longe, que foram muitas pessoas que tombaram no meio do caminho para reivindicar respeito e cidadania”, diz Cláudio. Para ele, a luta continua. “Estamos aqui de cabeça erguida reivindicando os direitos à cidadania e compreendendo que nós não queremos nenhum privilégio, nós queremos direitos iguais, nem menos nem mais.”
Uma festa à luz do dia
A escolha de Copacabana como palco não é por acaso. “A Parada é um momento de uma grande festa da cidadania, onde a gente vai, à luz do dia, celebrar a nossa existência, quando parte da sociedade vai dizer que a gente só deve existir entre quatro paredes ou na noite”, explica o coordenador do evento. A manifestação acontece em plena orla carioca, ocupando o espaço público como gesto de resistência e afirmação.
A primeira Parada aconteceu em 25 de junho de 1995, logo após a 17ª Conferência Mundial da Ilga (sigla para Associação Internacional de Gays e Lésbicas em inglês), que trouxe visibilidade internacional para o movimento brasileiro. Desde então, o evento se consolidou como marco na luta por direitos. Pautas discutidas naquela época, como o casamento homoafetivo e a criminalização da discriminação, só foram reconhecidas legalmente anos depois, em 2011 e 2019, respectivamente.
Três décadas depois, a Parada do Rio segue firme, mostrando que a celebração da diversidade é também um ato político essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Fonte: IG Queer
Diversidade
Nélio Georgini recebe Menção Honrosa do Grupo Arco-Íris por atuação na causa LGBTQIAP+
O idealizador do primeiro abrigo para população LGBTQIAP+ do Rio será homenageado na cerimônia dos 30 anos da Parada do Orgulho
O diretor da Defesa da Diversidade da OAB-RJ, Nélio Georgini, receberá uma Menção Honrosa do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ na categoria Políticas Públicas na próxima sexta-feira. A honraria reconhece sua atuação na promoção dos direitos humanos e da cidadania LGBTQIAP+ na cidade do Rio de Janeiro, com destaque para a idealização do CPA4, primeiro centro de acolhimento exclusivo para a população LGBTQIAP+ em situação de rua na capital fluminense.
O prêmio será entregue durante a cerimônia oficial no dia 21 de novembro, às 18h, no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes. A edição especial celebra os 30 anos da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio de Janeiro e homenageia pessoas, empresas e instituições que se destacaram na luta pelos direitos da comunidade.
Inaugurado em 28 de junho de 2020, em plena pandemia de COVID-19, o CPA4 foi idealizado por Nélio Georgini quando exercia a função de coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio. O espaço ofereceu 50 vagas exclusivas para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade social, tornando-se referência no acolhimento especializado.
“O abrigo com vagas direcionadas para o público LGBTQIAP+ chega em um dos momentos mais críticos, economicamente falando. É um projeto que estamos trabalhando com a Assistência Social para fazer dele uma oportunidade permanente para essas pessoas que precisam de suporte”, afirmou Nélio na época da inauguração, destacando o aumento de casos de agressões durante a pandemia.
Em 2023, o CPA4 foi oficialmente renomeado para Albergue David Miranda, numa homenagem póstuma ao ex-deputado federal e ativista dos direitos LGBTQIAP+. O espaço consolidou seu papel como marco importante nas políticas públicas de acolhimento à população LGBTQIAP+ em situação de rua no Rio de Janeiro.
A Menção Honrosa do Grupo Arco-Íris representa o reconhecimento da trajetória de Nélio Georgini como idealizador de uma política pública que fortaleceu a dignidade, a inclusão e a cidadania LGBTQIAP+ na cidade, contribuindo para uma sociedade mais justa e democrática.
Diversidade
Instituto AnnÁfrica inspira protagonismo negro e feminino no Mês da Consciência Negra
Em novembro, mês da Consciência Negra (20/11) e do Empreendedorismo Feminino (21/11), o Instituto AnnÁfrica celebra a força das mulheres negras que fazem da beleza uma forma de resistência, expressão e transformação social. Criado há 14 anos por Ana Paula Gonçalves, especialista em cabelos crespos e trançados, o Instituto se consolidou como um espaço de aprendizado, empoderamento e reconstrução de identidades, um verdadeiro símbolo do poder da ancestralidade em movimento.
De um pequeno quintal na Vila Ipiranga, no Fonseca, em Niterói, nasceu um projeto que hoje é referência na formação de profissionais da beleza afro-brasileira. Com sede no Centro da cidade, o Instituto AnnÁfrica oferece cursos, mentorias e experiências que unem técnica, cultura e propósito, contribuindo para a autonomia financeira e o fortalecimento da autoestima de centenas de mulheres.
Para Ana Paula, conhecida como AnnÁfrica, empreender sempre foi um ato de fé e resistência.
“Comecei com as tranças como uma forma de sustentar meu filho e me reconectar com quem eu sou. Hoje, cada mulher que passa pelo Instituto carrega uma parte dessa história. Acredito que a beleza pode ser um instrumento de libertação — e o conhecimento, nossa principal herança”, afirma a fundadora e CEO do Instituto.
Mais do que um negócio, o AnnÁfrica é um movimento de valorização da beleza negra e do empreendedorismo feminino, que reafirma o lugar das mulheres negras como criadoras, líderes e agentes de mudança. O Instituto promove um modelo de desenvolvimento que combina autonomia econômica e pertencimento cultural, estimulando que mais pessoas invistam em negócios com propósito e identidade.
Neste mês simbólico, o Instituto reforça a importância de apoiar o empreendedorismo negro e feminino, pilares fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e diversa.
“O Instituto AnnÁfrica nasceu pequeno, mas com um propósito gigante: mostrar que a beleza afro é poder, elegância e identidade. Nossa missão é seguir abrindo caminhos, formando profissionais e inspirando outras mulheres a acreditarem em si mesmas”, completa Ana Paula.
Com planos de expansão, o Instituto busca novas parcerias e patrocínios para levar seus cursos e projetos a outras regiões do estado, ampliando o impacto positivo da formação afrocentrada e do empreendedorismo com propósito.
Sobre Ana Paula Gonçalves
Formada em Comunicação Social e especialista em estética afro, Ana Paula Gonçalves iniciou sua jornada nas tranças após o nascimento do filho, um bebê prematuro extremo. Transformou uma necessidade em missão: promover autoestima, identidade e autonomia financeira por meio da valorização da cultura afro-brasileira e do protagonismo feminino negro.
Serviço
Instagram: @institutoannafrica
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