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Saúde

Chegada da covid-19, há cinco anos, é tema do Caminhos da Reportagem

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cinco anos depois do início da pandemia que marcou o mundo, o programa Caminhos da Reportagem discute os efeitos que perduram até hoje e relembra a chegada da covid no Brasil e no exterior. A edição inédita da produção com o título “Covid-19: entre ausências e memórias” é apresentada pela TV Brasil nesta segunda-feira (10), às 23h.

O programa traz as histórias de famílias que perderam entes queridos e destaca o trabalho de profissionais em busca do tratamento da doença. A atração jornalística ainda aborda a resistência à vacinação impulsionada pelas fake news. 

O conteúdo pode ser acompanhado no app TV Brasil Play e fica disponível no YouTube da emissora pública.

Primeiros casos no exterior

Janeiro de 2020. O mundo assistia, ainda sem entender direito, à propagação de uma nova doença. Na China, os casos se multiplicavam e os primeiros registros de mortes chegavam. Rapidamente, a covid-19 começava a se alastrar por vários países: Itália, Espanha e Estados Unidos. Os países decidem pelo lock down, isto é, pedir para que as pessoas ficassem em casa e que apenas serviços essenciais fossem mantidos.

Enquanto isso, em fevereiro de 2020, o Brasil se preparava para mais um carnaval. Como se a ameaça ainda estivesse muito distante. No dia 26 de fevereiro de 2026, o país confirmou o primeiro caso de covid-19. No dia 12 de março, a primeira morte também foi registrada:  a empregada doméstica Rosana Aparecida Urbano, de 57 anos.

A médica infectologista Mirian Dal Ben relembra. “Eu me lembro de andar pela rua, vindo para cá a pé e a rua completamente vazia. E no hospital, aquela sensação de um tsunami que estava chegando, com muita gente chegando (em estado) bastante grave”, afirma.

No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o mundo enfrentava uma pandemia. Andrea Barcelos é enfermeira e trabalhava em um hospital. De um dia para o outro, os casos começaram a dobrar. 

“Eu me lembro que a gente começou a receber mais casos, não era mais um, dois, três. Eram dez, quinze. Chegou um momento que a gente não tinha mais máscara”, recorda.

Calamidade no Amazonas

Em dezembro de 2020, quando os casos continuavam se multiplicando no Brasil, o estado do Amazonas começou a enfrentar a falta de oxigênio. O que se intensificou nos primeiros meses de 2021. Dinne Leão viu o pai ser contaminado. 

“Meu pai era uma pessoa tão saudável que eu acho que ainda existia aquele mito de que talvez só os mais idosos”, destaca.

Aos 76 anos, Gerson Leão deu entrada em um hospital de Manaus com mais 70% do pulmão comprometido. Depois de um mês de internação, acabou morrendo. “Eu saía correndo no corredor, chamando a enfermeira, oxigênio muito baixo. Ela fazia a reanimação e ele voltava. Eu me perguntava: ‘por que comigo? Por que com o meu pai?’ E ao mesmo tempo eu pensava: ‘mas não é só comigo, é com o meu pai e também todo o mundo está passando por isso'”, lembra.

Para a professora de Saúde Pública da USP, Deyse Ventura, o que aconteceu na capital do Amazonas foi um crime.

“Manaus é um dos muitos episódios que, na nossa memória, passados quase cinco anos, pode ser interpretado como incompetência e nós estamos aqui para lembrar que não foi negligência e nem incompetência, foram crimes que tiveram cúmplices”, enfatiza.

Em abril de 2021, o Brasil registrou mais de 4 mil mortes diárias. Andrea conta que durante todo este período teve que redobrar os cuidados para não contaminar seu filho único, que vivia com ela. O jovem fala sobre o distanciamento social. 

“Foram longos meses evitando contato físico. Mas finalmente a gente conseguiu se abraçar de novo”, diz Éric Barcelos, filho de Andrea.

E não era só nos hospitais que o medo era companheiro constante dos trabalhadores. O sepultador Luciano Teresin não queria contaminar a família: “Eu fiquei com medo de levar a morte para casa. Levar a morte para a minha esposa, de levar a morte para minha filha, de levar a morte para os meus irmãos”, comenta.

Já o companheiro de profissão de Luciano, Wilker Paes, relembra que os enterros foram liberados para acontecer no período noturno. “Começou a vir um carro, às cinco da tarde, aí outro às seis, outro sete. Chegou oito horas da noite e, mesmo com a escuridão do cemitério, nós continuávamos nosso trabalho”, diz.

 

Esperança com a vacina

Foi também em 2021 que o Brasil viu chegar a grande esperança: a vacina. O diretor-geral de Bio-manguinhos/Fiocruz, Maurício Zume, afirma que a produção do imunizante em tão pouco tempo foi graças ao empenho de todos os profissionais da ciência em todo o mundo.

“Foram seis meses, aproximadamente, que nós levamos. Um processo desse normalmente leva anos. Em seis meses nós conseguimos internalizar essa tecnologia e iniciar o processo de produção a partir de um IFA importado. E em julho de 2021 nós incorporamos também a produção do IFA. Então começamos a produzir a vacina totalmente aqui nas nossas instalações”, pontua. 

Mas o que era para ser comemorado, até hoje enfrenta uma resistência impulsionada pelas fake news. Prova disso é que apenas 30% de crianças com até cinco anos de idade e de idosos com mais de sessenta anos completaram o esquema vacinal contra covid. 

A pesquisadora Ana Regina Barros Rêgo Leal, da Rede Nacional de Combate à Desinformação, afirma que “coisas que historicamente, que na história das pandemias, nunca foram contestadas, passaram a ser contestadas nesse momento, sobretudo com um incremento muito maior. E houve uma apropriação e isso foi levado para dentro das próprias instituições”, afirma. 

Programa

Exibido às segundas, às 23h, o Caminhos da Reportagem tem horário alternativo na madrugada para terça, às 4h30. A produção disponibiliza as edições especiais no site e no YouTube da emissora pública.

As matérias anteriores também estão no aplicativo TV Brasil Play, disponível nas versões Android e iOS, e no site da TV Brasil Play. 

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Saúde

Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga.  

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.

Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.

Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.

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A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.

O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).

Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.

Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.

Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br

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Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
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