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60% das mulheres alagoanas preferem investimentos conservadores

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Luciane Effting
“Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA. (Foto: Santander/Divulgação)
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Mesmo diante do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic), iniciado em agosto de 2023, as mulheres permanecem fiéis a investimentos conservadores. A maioria das alagoanas, 60%, aposta na renda fixa. É o que mostra um levantamento realizado pelo Santander Brasil com dados de 2022 e 2023 com clientes da instituição.

Segundo o estudo do Santander, houve um crescimento de dois pontos percentuais entre as alagoanas, neste período, no patamar aplicado em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e até na poupança. A renda fixa, que engloba essas modalidades de investimento, passou de 58% em 2022 para 60% em 2023.

“Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA.

Em relação a outras modalidades de investimento, destacam-se entre as principais nas apostas das alagoanas a previdência, com 23%, e os fundos 11%. A renda variável, que engloba opções mais ousadas, teve 2% da carteira do Santander no estado em 2023.

NO PAÍS
No levantamento do Santander, quando observada a carteira do banco em todos os estados entre as mulheres, o patamar da renda fixa em 2023 permaneceu o mesmo de um ano atrás: 53%.

Surpreendentemente, o comportamento adotado pelos homens – que geralmente se arriscam mais – também foi na direção do conservadorismo: eles elevaram a parcela em renda fixa no mesmo período de comparação, de 50% em 2022 para 52% em 2023.

Esse comportamento foi mostrado também na 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrando as mulheres pensam na segurança financeira ao investir, quesito que lidera as motivações delas desde a primeira edição da pesquisa, em 2018.

Previdência
Quando o tema é previdência, a constância também é um aspecto percebido entre as investidoras do país, com uma pequena elevação de 27,7% do total da carteira em 2022 para 28,4% em 2023. Os homens também não registraram grandes movimentos de um ano para outro, mas com uma parcela um pouco menor da carteira: 24%. “Quase 30% da carteira de previdência confirma que elas são mais disciplinadas e preocupadas com o seu futuro”, afirma Luciane.

Fundos
Seguindo tendência de toda a indústria, os fundos de investimentos também perderam espaço na carteira das mulheres de um ano para outro no Brasil, caindo de 14% para 12% do total dos investimentos entre 2022 e 2023. De acordo com a Anbima, só em 2023 os fundos registraram saídas líquidas de R$ 127,9 bilhões.

Entre os homens, a redução dos investimentos em fundos foi ainda maior, de 17% para 14%, respectivamente, no ano passado em relação ao ano anterior.

A única categoria que registrou um crescimento na carteira feminina de investimentos no país foi a dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs), cuja parcela avançou de 2,64% para 4,35%. Renda Variável e Crédito Privado ficaram com pouco mais de 1% do total do portfólio, tanto em 2022 quanto em 2023.

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