Siga-nos nas Redes Sociais

Saúde

Vacina contra a dengue do Butantan pode beneficiar saúde global

Publicado

em

Por

© REUTERS/Paulo Whitaker/Proibida reprodução

A vacina da dengue do Instituto Butantan, que teve o registro aprovado nesta quarta-feira (26) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pode beneficiar, além dos brasileiros, populações de outros países, disse o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

Ele alerta que a doença está em plena expansão no mundo, especialmente em países tropicais. “Hoje, mais da metade da população mundial vive em zona de risco para a doença.

O vetor da doença, o mosquito, em tempos de aquecimento global só tende a se expandir.

Mudanças climáticas, alterações do período de chuva e aquecimento global favorecem a proliferação do mosquito. A dengue e outras arboviroses tendem a ser doenças em expansão e a necessidade de vacinas passa ser primordial para controle de doenças, especialmente em populações de países tropicais”, enfatiza o médico.

Distribuição

Segundo o Butantan, há um milhão de unidades da vacina contra a dengue prontas para distribuição. Este é o primeiro imunizante no mundo de apenas uma dose. A estimativa do Butantan é ter disponível mais de 30 milhões de doses em meados de 2026.

A previsão do governo é incorporar o mais rapidamente possível o imunizante no Programa Nacional de Imunizações para começar a campanha de vacinação no início de 2026.

A Butantan-DV – vacina da dengue do instituto – pode ser utilizada pela população brasileira de 12 a 59 anos.

Dose única

“É um feito histórico para a ciência e a saúde no Brasil. Uma doença que nos aflige há décadas agora poderá ser enfrentada com uma arma muito poderosa: a vacina em dose única do Instituto Butantan. Um desenvolvimento feito por cientistas, trabalhadores e voluntários brasileiros que poderá salvar vidas por todo o país”, afirmou, em nota, o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.

Em 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue – quatro vezes mais do que em 2023, de acordo com o Ministério da Saúde.

Em 2025, até meados de novembro, foram notificados 1,6 milhão de casos prováveis. Desde o começo dos anos 2000, mais de 20 milhões de brasileiros foram acometidos pela doença”, anunciou o Butantan.

Eficácia

O instituto informou, também, que a aprovação da vacina é baseada nos resultados de cinco anos de acompanhamento dos voluntários do ensaio clínico de fase 3 encaminhados à Anvisa.

“No público de 12 a 59 anos, o imunizante mostrou 74,7% de eficácia geral, 91,6% de eficácia contra dengue grave e com sinais de alarme e 100% de eficácia contra hospitalizações por dengue”, especificou o órgão.

Composto pelos quatro sorotipos do vírus da dengue, o imunizante mostrou-se seguro e eficaz tanto em pessoas com infecção prévia como nas que nunca tiveram a doença.

Fonte

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Anvisa assina termo de compromisso para a vacina da dengue do Butantan

Publicado

em

Por

© Butantan/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) assina nesta quarta-feira (26) com o Instituto Butantan um Termo de Compromisso para estudos e monitoramento da vacina da dengue.

Segundo a Assessoria de Comunicação Social do governo federal, a assinatura deste termo é a última etapa que falta para o registro da vacina.

A previsão é que o Ministério da Saúde inclua o imunizante no calendário nacional de vacinação. Sua oferta será feita exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No início de novembro já havia a previsão de aprovação da vacina da dengue do Butantã pela Anvisa. Daniel Pereira, diretor do órgão, explicou à Agência Brasil que “a vacina de dengue do Butantan é um processo prioritário para a agência”.

Ele explicou que a análise do imunizante demandou “muitas horas” de discussão técnica com especialistas externos que apoiaram.

O anúncio oficial do acordo entre a Anvisa e o Instituto Butantan será feito nesta quarta.

Fonte

Continue Lendo

Saúde

Anvisa aprova registro de vacina 100% nacional contra dengue

Publicado

em

Por

© Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira (26) o registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da vacina da dengue (Butantan-DV) produzida pelo Instituto Butantan. A intenção é começar a aplicação da doses em 2026, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Segundo o Instituto Butantan, já há 1 milhão de unidades da vacina contra a dengue prontas para distribuição. Este é o primeiro imunizante no mundo de apenas uma dose. A estimativa do Butantan é ter disponível mais de 30 milhões de doses em meados de 2026.

“Hoje é um dia de alegria, de vitória da vacina, de vitória da ciência, de vitória da cooperação entre o SUS brasileiro e de suas instituições públicas que estão espalhadas pelo país, entre elas o Instituto Butantan”.

A indicação aprovada é para pessoas na faixa etária de 12 a 59 anos de idade. Este perfil ainda pode ser ampliado no futuro, a depender de novos estudos apresentados pelo fabricante. 

Padilha, ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ressaltou a qualidade da vacina contra a dengue.

“Sabemos já dos dados publicados, sabemos da segurança dessa vacina. Estamos falando de um hat-trick: é uma vacina 100% brasileira, tem capacidade de proteção ampla e é uma dose apenas”.

A nova vacina será integrada ao Programa Nacional de Imunização (PNI). De acordo com o governo, o ministério apresentará a novidade já nesta quinta-feira (27) à Comissão Tripartite, formada por secretários estaduais e municipais de saúde, bem como a estratégia de incorporação.

“Queremos começar a utilização dessa vacina no começo do calendário vacinal de 2026”, revelou o ministro.

Segundo Priscilla Perdicaris, secretária-executiva da Saúde do Estado de São Paulo, em 2025, o Brasil teve 866 mil casos de dengue e 1.108 mortes confirmadas. “Mesmo antes da aprovação, o Butantan correu para produzir 1 milhão de doses, porque sabíamos que eram estudos robustos e que seriam aprovados”. Para Perdicaris, há uma importância grande de a Butantan-DV ser em dose únca: “Para nós que estamos na operação, isso muda completamente a história do jogo: facilita a logística e aumenta a adesão da população”.

O governador Tarcísio de Freitas ressaltou a importância do novo imunizante: “ser dose única vai nos ajudar muito do ponto de vista da logística e da cobertura vacinal. Infelizmente ainda perdemos muitas vidas para a dengue e é um cenário que vamos poder reverter rapidamente com uma vacina 100% brasileira”.

Leandro Pinheiro Safatle, diretor-presidente da Anvisa, também presente no evento no Instituto Butantan, comemorou a aprovação da nova vacina: “O registro da vacina da dengue é uma fonte de orgulho não só para a Anvisa, mas para o país. Estamos avançando com o registro de uma tecnologia que é desenvolvida e feita nacionalmente pelo Instituto Butantan. Os resultados que serão apresentados em breve são muito bons. O trabalho que foi feito junto com o Butantan pela Anvisa foi fenomenal entre as duas equipes”. Safatle comentou lembrou ainda que o desenvolvimento da Butantan-DV teve o apoio do “BNDES e do ministério da Saúde com R$ 130 milhões para a parte da pesquisa de fase 2 e fase 3”.

Butantan-DV

A vacina chamada de Butantan-DV, é o primeiro imunizante contra dengue em dose única do mundo.  Ela foi desenvolvida pelo Instituto do Butantan a partir de uma parceria articulada pelo Ministério da Saúde com a empresa chinesa WuXi Vaccines. 

A nova vacina utiliza a tecnologia de vírus vivo atenuado, segura e já utilizada em outros imunizantes em uso no Brasil e no mundo, como a tríplice viral, febre amarela, poliomielite e algumas da gripe.  

De acordo com a avaliação técnica da Anvisa, a Butantan-DV apresentou uma eficácia global de 74,7% contra dengue sintomática na população de 12 a 59 anos. Isso significa que, em 74% dos casos, a doença foi evitada por conta da vacina. 

Também demonstrou 89% de proteção contra as formas graves e com sinais de alarme, conforme publicação na The Lancet Infectious Diseases. 

*texto ampliado às 13h57

Fonte

Continue Lendo

Saúde

Saiba como será oferta de vacina que previne bronquiolite em bebês

Publicado

em

Por

© Rovena Rosa/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou que mulheres grávidas poderão receber a partir de dezembro a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite em bebês. O imunizante será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a gestantes a partir da 28ª semana da gestação. 

O primeiro lote, com 673 mil doses da vacina, já começou a ser distribuído aos estados. A orientação do ministério é que, com a chegada das doses às unidades básicas de saúde (UBS), as equipes verifiquem e atualizem a situação vacinal de gestantes, incluindo ainda a imunização contra a covid-19 e a influenza, já que a vacina contra o VSR pode ser administrada junto a outras doses. Na rede particular, o imunizante pode sair por até R$ 1,5 mil.  

Como funciona a vacina? 

A bronquiolite é causada principalmente por infecções virais, sendo o VSR o agente infeccioso mais comum. Acomete principalmente crianças menores de 2 anos, causando dificuldade para respirar, febre e tosse.  

A vacina que será oferecida às gestantes oferece proteção imediata a recém-nascidos, reduzindo a necessidade de hospitalizações quando os bebês são infectados pelo vírus sincicial.  

De acordo com estudos, a vacinação materna demonstrou uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos bebês durante os primeiros 90 dias após o nascimento. 

Quem pode se vacinar? 

Todas as gestantes, a partir da 28ª semana de gravidez. Não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação. 

Bronquiolite 

O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e por 40% dos casos de pneumonia entre crianças com até 2 anos.  

De acordo com o ministério,  o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR em 2025, considerando dados até 15 de novembro. Desse total, 82,5% foi registrado em menores de 2 anos. 

Como a maioria dos casos é provocado por infecção viral, não há tratamento específico para bronquiolite. O manejo é feito apenas com base no tratamento de sinais e sintomas e incluem terapia de suporte, suplementação de oxigênio, hidratação e uso de broncodilatadores, sobretudo quando há chiado evidente. 

Fonte

Continue Lendo

Em Alta

Copyright 2018 - 2025 Gazeta24h. Rede de Sites Br. Todos os direitos reservados.