No universo das criptomoedas, a cobrança de taxas de transação é um aspecto essencial que muitos usuários ainda não compreendem completamente. Para esclarecer esse tema, conversamos com o CEO da Futokens, Matheus Medeiros, que nos ofereceu insights valiosos sobre o assunto.
Por que existe cobrança de taxa?
Em uma explicação direta, Medeiros aponta que a cobrança de taxa é uma consequência dos custos inerentes a qualquer tipo de transação, sejam elas no mundo tradicional ou no ambiente digital das criptomoedas. No contexto das criptos, esses custos estão relacionados principalmente à infraestrutura necessária para validar e garantir a segurança das transações.
Matheus compara esse cenário com a evolução das transações financeiras no Brasil: “As transações eram feitas via TED, e isso exigia um custo que foi reduzido significativamente com o surgimento do PIX. No mundo cripto, dependendo da rede que o usuário utiliza, a taxa ainda pode ser um pouco elevada, exatamente pelo mesmo motivo que existia taxas de transações no mundo financeiro tradicional. Você tem que remunerar quem está nesse circuito e faz esse processo de segurança para mover seu dinheiro”.
Entendendo a taxa de gás
No contexto das criptomoedas, a taxa de transação é conhecida como gas fee, ou taxa de gás. Essa taxa é uma recompensa para os validadores que garantem a segurança das transações e validam os blocos na rede blockchain. “A gas fee geralmente é baixa, representando até 1% do valor transacionado. Em momentos de congestionamento na rede, essa taxa tende a ficar mais elevada”, explica.
Transações entre blockchains distintas
Quando se trata de transações entre blockchains diferentes, como Ethereum e Cardano, o CEO usa a metáfora de cartórios independentes que não se comunicam diretamente. Para realizar essa interação, é necessário um processo chamado de bridge – ponte, em português –, que é mais complexo e pode levar a perda de dinheiro.
“Se o usuário não tem aquela rede que está recebendo a moeda que você quer enviar, ela pode se perder. Recuperar essa moeda perdida é complicado e, muitas vezes, mais custoso do que o próprio valor enviado”, explica Matheus.
Para evitar o processo de bridge, muitas corretoras possuem diversas carteiras de cada rede blockchain. Assim, ao fazer transações entre blockchains distintas, a corretora realiza um processo similar à tesouraria do banco. “A corretora pega X de dinheiro de uma carteira, fica com parte desse dinheiro e aloca o restante em outro ponto. Ela faz isso internamente para que os usuários não tenham tantos problemas. Muitas vezes, ela pode até fomentar isso para balancear um fundo que esteja com mais dinheiro do que outro, o famoso processo de arbitragem”, explica o CEO.
Solução inovadora no mercado
A Futokens, corretora de criptoativos, oferece uma solução tecnológica inovadora no que diz respeito à transação de criptomoedas. “O maior diferencial da Futokens está em facilitar todo esse processo, que é complicado para o usuário. Temos uma tecnologia chamada Blockchain Híbrida, ou Hybridchain. Isso significa que temos uma blockchain proprietária que trafega entre todas as outras blockchains, eliminando a necessidade de bridge”, diz Matheus.
“Além disso, nós também não fazemos esse sistema de tesouraria, realizado por várias corretoras e que é um processo vantajoso, porém perigoso. Ao invés disso, trabalhamos com uma tecnologia de carteiras auto custodiadas, onde somente o usuário tem acesso aos próprios ativos. A Futokens funciona apenas como intermediária entre o usuário e a blockchain, então se sofrermos qualquer tipo de ataque, o usuário não vai ser prejudicado. É uma segurança única no mercado, que não existia ainda até o momento. É um processo muito mais tranquilo, seguro, menos árduo e mais barato também”, finaliza.