Com direção de Eduardo Silva e com André Santos e Miriam Limma no elenco, a peça conta o reencontro entre avó e neto, quando ele a tira do isolamento durante a Covid-19 e a leva para morar junto dele, com o intuito de resgatar as histórias e memórias da avó enquanto é tempo
Dramaturgia trata essencialmente de ancestralidade a partir de um pilar importante da cultura africana: a oralidade. Por milhares e milhares de anos, povos do continente africano têm transmitido saberes por meio da fala, já que grande parte dos povos são ágrafos.
Sabemos que QUILOMBO pode ter vários significados além de esconderijo, também pode ser agrupamento, aldeia, refúgio, recanto. ORI é um termo Yorubá que significa: a mente, a cabeça, a inteligência, a alma orgânica, a essência real do ser, uma intuição espiritual e destino. A memória se perde com o tempo? Pode ser resgatada? Pode ser relembrada?
Quilombo MemORÍa é escrito, dirigido e interpretado por atores negros, que se propoem a criar uma narrativa fantástica que resvala em fundamentos do movimemento afrofuturista. Vale ainda dizer que as principais funções criativas do projeto também são exercidas por artistas negros.
Sinopse
No texto, João (André Santos) é um advogado que carrega em si as memórias de muitos momentos com a sua avó, Dona Glória (Miriam Limma), que sofre de Alzheimer e se encontra em risco durante a pandemia do COVID-19. Querendo resgatar sua avó e, com isso, resgatar suas tradições mais ancestrais, ele conduz um “sequestro” para que essas recordações e histórias não se percam.
Sobre Eduardo Silva – direção
Ator desde 1978, participou de filmes publicitários, seriados, minisséries, programas infantis, programas educativos, 10 novelas, curtas-metragens (02 prêmios como melhor ator) e 15 longas-metragens. No teatro atuou em 12 espetáculos infantis, onde ganhou 15 prêmios como Ator Revelação, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Ator (Mambembe, APCA, APETESP, Governador do Estado e Qualidade Brasil), e 25 espetáculos adultos, nos quais ganhou 4 prêmios como Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Ator (Molière, SHELL, Mambembe e APCA). É diretor do Grupo de Teatro GRIOT’S PULSANTES, com seu trabalho mais recente sendo a peça “Olhos Cor de Mel de James Dean” (Zeno Wilde).
Sobre André Santos – dramaturgo e ator
Formado pela Escola de Atores do Centro de Artes Cênicas do TUCA (PUC-SP / 2003), entre os trabalhos recentes destaca: “Quem Prospera, Sempre Alcança”, texto e direção de Leonardo Cortez (2019-2023); “Casa Estranha”, texto e direção de Leonardo Cortez (2021); “Quem Conta um Conto, Aumenta Um Sonho”, Contos de autores brasileiros, direção de Plinio Meirelles (2019-2020), “Muro”, Coletivo Favela em Cena, texto de William Gutierre e André Santos, direção de André Santos (2018)
Sobre Miriam Limma – atriz
Atriz, cantora e roteirista; também é graduada em Letras pela Universidade de São Paulo em Inglês e Português, sendo que durante a graduação, passou dois semestres em Montreal, Canadá onde estudou na Universidade Concórdia. Fez cursos e oficinas de Artes Cênicas, canto, dublagem, locução, roteiro e dramaturgia em diversas instituições, tais como Senac, SP Escola e Instituto Stanislavsky e Roteiraria. Atuou nos musicais “Godspell”, “The Tempest”, “Oh, Brother! e “Ivan Lins em cena” e em peças de teatro, tais como “Te amo, Franco Roo!” e “Te amo, Arô! ̈ dirigidas por Fernando Neves, “Feio” (prêmio APCA) e “Política da Editora” direção de Cíntia Alves, “Otelo 2018”, dirigido por John Mowat, entre outros.
Este projeto foi contemplado pela 16ª Edição do Prêmio Zé Renato – Secretaria Municipal de Cultura
Ficha Técnica
Direção – Eduardo Silva
Codireção – Ananza Macedo
Texto – André Santos
Elenco – André Santos e Miriam Limma
Cenografia – Flávio Serafin
Figurinos, acessórios e visagismo – Érica Ribeiro
Iluminação – Ricardo Bueno
Direção musical – Stela Nesrine
Trilha sonora e composições – Stela Nesrine
Coreografia – Betho Pacheco
Fotografia – João Caldas Filho
Projeto gráfico – Alexandre Ignácio Alves e Ronaldo Lemos (Estúdio Amarelo)
Direção de produção – Sonia Kavantan
Produção executiva – Tiago Barizon
Assistente de produção – Conrado Sardinha
Intérprete de Libras – Karen Nabeta
Realização – LS Gestão e Comunicação Cultural, Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura de São Paulo
Serviço:
Temporada Teatro Arthur Azevedo – Sala Multiuso
Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca
De 12 a 29/10
Apresentações com interpretação em libras: dias 15 e 27/10.
Quintas, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h
Ingressos gratuitos – Retirada uma hora antes do início do espetáculo na bilheteria
Estacionamento no local (sujeito à lotação)
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 10 anos
Informações: atendimento@kavantan.com.br