Saúde
Sua carteira de vacinação está em dia? Entenda como se proteger em todas as fases da vida
Médico explica a importância da imunização contínua e como garantir a prevenção
O medo e a desinformação continuam a influenciar negativamente a percepção dos brasileiros sobre a segurança e a eficácia das vacinas. De acordo com o “Estudo sobre Consciência Vacinal no Brasil”, realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em parceria com a Universidade Santo Amaro (Unisa), pelo menos 1 em cada 5 brasileiros já sentiu medo ou até desistiu de se vacinar após ter contato com notícias negativas em plataformas digitais.
Embora a pesquisa aponte que 72% dos entrevistados confiam nas vacinas e que 90% reconhecem sua importância para a saúde pessoal, familiar e comunitária, o receio ainda persiste. Isso porque 21% consideram alto o risco de reações adversas, enquanto 27% afirmam ter sentido medo ao se vacinar ou ao levar crianças e adolescentes para a vacinação. Entre esses, o temor de efeitos colaterais graves é o principal fator, mencionado por 66% dos que relataram insegurança.
Segundo Bernardo Marcatti, profissional da área de Clínica Médica do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, manter a carteira de vacinação atualizada é uma das medidas mais eficazes para a promoção da saúde pública e individual. Além de proteger contra doenças potencialmente graves, a imunização evita complicações e reduz o risco de surtos que ainda hoje podem representar uma ameaça significativa à sociedade.
O médico explica que a vacinação precisa ser encarada como um processo contínuo, que se estende da infância à terceira idade. “O calendário vacinal deve ser entendido como um cuidado contínuo, que acompanha o indivíduo ao longo de toda a sua vida. Algumas vacinas exigem reforços periódicos, e outras são indicadas de acordo com faixa etária, fatores de risco ou condições clínicas específicas”, ressalta.
Por que manter a carteira de vacinação sempre atualizada?
De acordo com Marcatti, com o passar dos anos, o sistema imunológico passa por alterações naturais, tornando-se menos eficiente e diminuindo a resposta protetora adquirida anteriormente com vacinas ou até mesmo com infecções.
Além disso, o surgimento constante de novas variantes de vírus e bactérias — como observado recentemente com a pandemia de Covid-19 — reforça a necessidade de manter o esquema vacinal em dia e adaptado à realidade epidemiológica de cada momento.
“Atualizar a carteira de vacinação é um cuidado ativo com a saúde individual e coletiva”, afirma o Dr. Bernardo Marcatti.
Calendário infantil: o início de uma vida protegida
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), referência internacional em vacinação pública, oferece um calendário vacinal robusto e gratuito para crianças, cuja adesão é essencial para construir o alicerce da proteção imunológica desde os primeiros dias de vida. Segundo o médico, “a infância é a fase em que o sistema imunológico está em pleno desenvolvimento, e por isso a vacinação é indispensável para prevenir doenças graves e potencialmente fatais”.
Confira o esquema vacinal recomendado na infância:
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Ao nascer: BCG (proteção contra a tuberculose) e Hepatite B;
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2 meses: Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B), VIP (poliomielite inativada), Pneumocócica 10-valente e Rotavírus;
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3 meses: Meningocócica C;
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4 meses: Repetição das vacinas administradas aos 2 meses;
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5 meses: Segunda dose da Meningocócica C;
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6 meses: Pentavalente e VIP;
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9 meses: Vacina contra a Febre Amarela;
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12 meses: Tríplice viral (protege contra sarampo, caxumba e rubéola), Pneumocócica, reforço da Meningocócica C e Hepatite A;
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15 meses: DTP (difteria, tétano e coqueluche), VOP (pólio oral), Tetra viral (inclui varicela) e segunda dose da Hepatite A.
Adolescência e idade adulta: a imunização não para
Muitas pessoas acreditam, equivocadamente, que as vacinas são exclusivas da infância. Porém, o esquema vacinal precisa ser mantido ao longo da vida, com reforços e vacinas específicas conforme idade, condições clínicas e exposição a riscos. “O mito de que o adulto não precisa mais se vacinar é extremamente prejudicial. Várias vacinas exigem reforços regulares ou atualização em cada fase da vida”, alerta Marcatti.
Para adolescentes, as principais vacinas são:
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HPV (papilomavírus humano, prevenção de cânceres);
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Meningocócica ACWY (proteção contra quatro tipos de meningite);
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Hepatite B (caso o esquema não tenha sido completado);
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dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto).
Para adultos:
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Hepatite B (completar esquema se necessário);
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dTpa (reforço a cada 10 anos);
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Influenza (vacinação anual);
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Atualização da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
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Vacinas específicas conforme fatores de risco ou viagens internacionais.
Terceira idade: proteção redobrada contra complicações
Com o envelhecimento, o sistema imunológico se fragiliza, tornando a pessoa idosa mais suscetível a infecções graves e complicações, principalmente de origem respiratória. Para Marcatti, a imunização adequada é fundamental para reduzir riscos e preservar a qualidade de vida nessa fase. “As vacinas recomendadas para a terceira idade são fundamentais para evitar hospitalizações e reduzir a mortalidade por doenças imunopreveníveis”, destaca o médico.
Principais vacinas para idosos:
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Influenza (anualmente);
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Pneumocócica 23-valente e/ou 13-valente (contra pneumonias e infecções respiratórias);
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dTpa (proteção contínua contra tétano, difteria e coqueluche);
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Herpes zoster (especialmente recomendada a partir de 50 anos para prevenir a reativação do vírus da catapora);
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Hepatite B (completar esquema vacinal);
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Febre amarela (conforme indicação epidemiológica).
Diferenças entre vacinas disponíveis no SUS e na rede privada
O Sistema Único de Saúde oferece gratuitamente a maior parte das vacinas essenciais para a proteção da população. No entanto, a rede privada disponibiliza algumas formulações mais atualizadas, ampliadas ou recombinantes, que podem oferecer vantagens adicionais, especialmente em grupos de risco.
“Na rede privada, é possível ter acesso a vacinas que ainda não estão incorporadas ao PNI, como a Meningocócica B ou a Herpes Zoster recombinante”, explica Marcatti.
Quais vacinas precisam de reforço ao longo da vida?
Para garantir a manutenção da proteção, algumas vacinas devem ser reaplicadas periodicamente. Entre elas, destacam-se:
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dTpa: reforço a cada 10 anos;
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Influenza: vacinação anual, especialmente importante para grupos de risco;
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Febre amarela: conforme avaliação médica e situação epidemiológica;
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Pneumocócica e Herpes zoster: conforme idade e condições clínicas;
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Hepatite B: verificar e completar o esquema vacinal.
Quais são os mitos comuns sobre vacinas?
Apesar dos avanços científicos, ainda persistem mitos e desinformações que comprometem a adesão vacinal e colocam vidas em risco. Dr. Bernardo Marcatti esclarece as principais incoerências:
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“Vacina causa a doença”
As vacinas são feitas com agentes inativados, atenuados ou fragmentos, não sendo capazes de provocar a doença.
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“Adulto não precisa mais se vacinar”
Várias vacinas exigem reforços regulares ou atualização em cada fase da vida.
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“Vacinas enfraquecem o sistema imunológico”
Ao contrário: elas fortalecem o sistema de defesa.
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“Já tive a doença, então não preciso vacinar”
A vacinação proporciona proteção mais robusta e duradoura do que a imunidade natural em muitos casos.
Perdi minha carteira de vacinação. O que fazer?
Perder o comprovante de vacinação é uma situação relativamente comum, mas que não deve ser motivo para deixar de se vacinar. “Caso não seja possível localizar o histórico de vacinação, é seguro reiniciar alguns esquemas de doses. Não há riscos comprovados em revacinar uma pessoa que já tenha recebido algumas doses anteriormente”, tranquiliza Dr. Bernardo Marcatti. A recomendação, portanto, é procurar uma unidade de saúde, relatar a situação e seguir as orientações dos profissionais para atualizar ou completar o esquema vacinal.
Manter a vacinação em dia é um gesto simples, seguro e eficaz de cuidado consigo e com a coletividade. Em caso de dúvidas, procure seu médico ou unidade de saúde.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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