Com crescimento consistente, o mercado de seguros reforça seu papel na estabilidade econômica e amplia sua presença na vida financeira
O Brasil, atualmente, embora se encontre em processo de crescimento econômico e geração de emprego em vários setores da economia nacional, também está passando por um momento marcado por instabilidades, especialmente no que diz respeito à elevação da taxa de juros.
No entanto, este processo, embora concreto e real, não atingiu o setor de seguros. Na realidade, o setor segurador brasileiro conseguiu registrar crescimento significativo no primeiro trimestre de 2025. De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o valor arrecadado foi de R$ 188,8 bilhões.
O montante refere-se a contribuições para planos de previdências, contraprestações líquidas de saúde e faturamento com títulos de capitalização – movimento que permitiu atingir uma alta de 5,9%, em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Por conseguinte, conforme os dados divulgados no Boletim Susep pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), no que diz respeito ao acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o setor arrecadou R$ 140,72 bilhões. Este valor, por sua vez, representa nominalmente um crescimento de 1,42%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os segmentos de seguros de danos e seguros de pessoas, por exemplo, arrecadaram juntos R$ 70,48 bilhões em receitas, correspondendo a um crescimento nominal de 8,97% e real de 3,71%, em um comparativo com o primeiro trimestre do ano passado.
É importante compreender que o crescimento nominal representa o aumento dos valores sem descontá-los da inflação. Já o crescimento real é aquele que desconta no seu cálculo a inflação, refletindo a expansão efetiva do mercado.
Neste caso, na medida em que o crescimento nominal pode indicar alta somente por reajustes de preços, o aumento real evidencia se ocorreram mais vendas, novos clientes ou maior penetração no mercado. São, portanto, duas formas válidas para medir os impactos econômicos e os processos envolvidos.
No segmento de seguros de danos, o seguro automóvel foi responsável por 41% das arrecadações de danos, somando até abril de 2025 R$ 19,21 bilhões. Este valor é 6,16% superior ao resultado obtido no mesmo período do ano passado em termos nominais e 1,05% em termos reais.
Vale salientar, também, que os produtos de acumulação somaram R$ 59,23 bilhões em contribuições até o mês de abril, refletindo em uma queda nominal de 7,69% e real de 12,11%, em comparação com 2024.
No segmento de títulos de capitalização, a arrecadação atingiu no primeiro quadrimestre R$ 11,01 bilhões – um crescimento nominal de 11,16% e de 5,78% em termos reais. É importante salientar que o boletim também evidencia que indenizações, resgates, benefícios e sorteios totalizaram R$ 88,46 bilhões entre janeiro e abril.
Em síntese, os dados indicam que o interesse em comprar seguro de vida tem aumentado. A expectativa é de que, até o fim de 2025, o setor alcance um crescimento superior a 10%, refletindo a resiliência do segmento em relação às dinâmicas econômicas nacionais.
