Saúde
Segunda edição da ExpoCannabis começa hoje em São Paulo
Começa nesta sexta-feira (15), na capital paulista, a segunda edição da ExpoCannabis Brasil que deve atrair, em três dias, mais de 40 mil visitantes. Os organizadores estabeleceram como objetivo mostrar ao público que o uso da cannabis vai muito além do medicinal, que permite tratamentos, por exemplo, com o óleo de canabidiol, também conhecido como óleo de CBD, e que a planta é matéria-prima em setores como a moda, a decoração, o de fertilizantes e a construção civil. 

A maior feira de cannabis da América Latina tem, em sua programação, oficinas e sessões gratuitas de massagem com óleos essenciais, aulas de yoga e meditação. Também haverá uma praça de alimentação e fóruns que irão abordar legislação, uso medicinal e negócios do setor. Entre as atrações musicais, destacam-se os artistas Dawn Penn e Horace Andy.
Segundo a organização do evento, a meta é levar a feira de negócios de cannabis não a quem já é “convertido”, ou seja, já foi convencido da eficácia de medicamentos produzidos com a planta, mas fazer as demais pessoas, incluindo as que ainda têm preconceito, ter contato com aspectos concretos da aplicação nos mais diversos contextos. Em geral, a falta de aceitação está relacionada ao uso recreativo da maconha, que se torna alvo de julgamento moral de alas mais conservadoras.
O público poderá conhecer aplicações da cannabis no âmbito da medicina, da medicina veterinária e da odontologia, já que no evento haverá explicações de representantes de empresas que atuam nesses setores e uma agenda de palestras. Os visitantes também terão a oportunidade de ver e manusear itens como tijolos e papel feitos com cânhamo, que é nada mais do que uma “prima” da maconha e pode servir para obtenção de fibras aproveitadas pelas indústrias de biocombustíveis, têxtil, entre outros ramos.
Maria Eugenia Riscala tem uma irmã com autismo e, por essa razão, começou a reunir, em 2015, o máximo de informações sobre a planta que conseguia. Hoje, ela é uma das sócias e CEO da Kaya Mind, núcleo que surgiu com o propósito de oferecer dados abundantes sobre as diversas aplicações da cannabis sativa. Um dos aspectos que demonstram o compromisso da companhia com a regulamentação da cannabis é justamente a forma como resolveu atuar: com governos ou outras empresas.
“Para quem está em dúvida sobre se estão cultivando ou não no Brasil, vale a pena ver que aumentou em 8.000% o número de pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça neste ano. Mesmo sendo uma base baixa, é um percentual alto, chegando ao STJ. Imagina o juiz lá ter que contar o uso individual para 15 plantas. Por isso é que a Corte está discutindo hoje uma coisa mais ampla, porque é impossível a gente sobrecarregar o Judiciário desse jeito”, afirma a empresária.
Maria Eugênia faz referência à sessão do tribunal, realizada na quarta-feira (13), em que os ministros decidiram autorizar a importação de sementes e o cultivo de cannabis (maconha) exclusivamente para fins medicinais, farmacêuticos e industriais.
A empresária comenta que o desconhecimento sobre a planta é geral, inclusive com avaliações deturpadas sobre o potencial econômico de seus derivados. Como evidências disso, menciona que, em quatro anos de existência, a empresa que comanda tem uma cartela de mais de 100 clientes. O site ultrapassa a marca de 100 mil acessos por mês, uma vez que se consolidou como fonte confiável de informações.
Ao constatarem a lacuna de dados e a demanda por eles, os fundadores da Kaya entenderam que seria preciso reestruturar a equipe e designar funcionários a exercer essa função. “Muita gente acha que é um mercado com pouca gente, mas, na verdade, é gigante”, diz a CEO.
Anuário
De acordo com o anuário produzido pela Kaya Mind, houve, somente no período de 2023 e 2024, aumento de 34% na quantidade de empresas do segmento no Brasil. Ao analisar mais de 6 mil produtos e mais de 1,5 companhias, em um trabalho que durou mais de um ano, apuraram que, no país, o mercado de sedas, item indispensável tanto para enrolar tabaco como para o consumo de cannabis, movimentou R$ 300 milhões este ano.
Assim como sua sócia, Thiago Cardoso afirma que a regulamentação deveria ser prioridade para as autoridades do país e que a proibição do uso de substâncias não tem se mostrado suficiente para inibi-lo. “Como o Brasil conseguiu diminuir o consumo de cigarros? Com política pública”, afirma.
Porta-voz da ExpoCannabis Uruguay, Mercedes Ponce de León disse que o fato de o país ter sido o primeiro do mundo a legalizar a produção, a distribuição e venda de maconha, em 2013, a regulamentação não foi a ideal. “Não é esperado que a primeira seja boa”, pontuou.
Mercedes afirmou que a regulamentação teve o efeito esperado pelo governo uruguaio. “Fez com que menores de idade deixassem de consumir.”
Diretora de pesquisa do Instituto Agronômico (IAC), vinculado ao governo de São Paulo, Alessandra Alves, disse que é necessário que a comunidade acadêmica acompanhe a pauta da cannabis pelas inúmeras possibilidades que ela tem. “É uma planta e, como planta, a agricultura tem que começar a se envolver. Como pesquisadores, temos que antever, para, na hora em que [a regulamentação] chegar, já termos soluções para apresentar ao setor.”
De acordo com os idealizadores da feira, o mercado de cannabis movimenta mais de R$ 1 bilhão em headshops, growshops e marcas associadas. Apenas no Brasil, mais de 600 mil pacientes se tratam com cannabis medicinal e 2,8 milhões de adultos fazem uso regular de maconha.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
-
São Paulo1 dia atrásAstronauta Brasileiro, Marcos Pontes recebe troféu #BrazilsBest Peace Award
-
Notícias1 semana atrásFragmentação de Placas Tectônicas Revela Novos Riscos Sísmicos nas Américas
-
Saúde1 semana atrásAnsiedade sazonal: por que o fim do ano aumenta o estresse — e como preparar corpo e mente para o verão
-
Notícias1 semana atrásArtista plástico Gerson Fogaça estreia exposição “Caos In Itinere” na Argentina
-
Notícias1 semana atrásMovimento negro exige investigação independente após operação policial no Rio com 121 mortos
-
Gospel5 dias atrásMake America Revival Again: O clamor pelo retorno ao altar
-
Entretenimento4 dias atrásTrader brasileiro Rafael Schroeder se destaca entre os investidores internacionais da NASDAQ
-
Internacional5 dias atrásSinais de trégua em Washington: Senado dos EUA esboça movimentos para encerrar paralisação recorde do governo





