Saúde
Sedentarismo: especialistas revelam quanto tempo de exercício é necessário para superá-lo
Os estudos mostram que mudanças graduais na rotina, aliadas à regularidade, podem reverter os impactos da inatividade em 3 ou 4 meses
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um terço da população adulta não pratica o mínimo recomendado de atividade física. Esse comportamento, caracterizado por longos períodos de inatividade, está diretamente relacionado a riscos elevados de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e até mesmo transtornos de saúde mental como ansiedade e depressão.
Mais do que um problema estético ou de disposição, o sedentarismo representa uma ameaça silenciosa que reduz a expectativa de vida e aumenta os gastos com saúde. Segundo um levantamento publicado no Journal of the American Medical Association, os estilos de vida sedentários são responsáveis por aproximadamente 5 milhões de mortes anuais em todo o mundo. A boa notícia é que pequenos ajustes de rotina podem ser suficientes para reverter esse quadro.
A especialista em educação física, Stella Martins, aponta que treinos regulares, mesmo em intensidade moderada, já trazem benefícios significativos. Para quem está começando, sessões de 30 a 40 minutos, de três a quatro vezes por semana, em um período de dois meses pelo menos, são consideradas suficientes para superar o sedentarismo e colocar o corpo em movimento de forma saudável.
O primeiro passo: iniciando a atividade física
Para começar com as práticas de exercícios, a recomendação é respeitar os limites do corpo. No início, é mais importante criar o hábito do que buscar resultados rápidos. As pessoas sedentárias devem começar com duas sessões semanais, e aumentar de forma gradual até chegar a quatro ou cinco vezes por semana. Isso ajuda a prevenir lesões e garante que a atividade física se torne parte da rotina.
A variação entre modalidades é outro ponto-chave. O estudo conduzido pela Iowa State University, nos Estados Unidos e publicado no European Heart Journal, explica que a combinação de treinos de força e atividades aeróbicas gera um impacto positivo mais amplo. O fortalecimento muscular protege as articulações e melhora o equilíbrio, enquanto o exercício cardiovascular fortalece o coração e o pulmão. Juntos, eles criam uma base contra doenças crônicas e ajudam até no bem-estar mental.
Pesquisadores da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte analisaram mais de 44 mil pessoas e concluíram que apenas 30 a 40 minutos de atividade física moderada por dia já são suficientes para compensar longos períodos de inatividade no trabalho. Ou seja, mesmo quem passa horas sentado pode neutralizar parte dos efeitos nocivos se reservar um tempo diário para se exercitar.
A importância da progressão e da consistência
Embora duas sessões por semana já melhorem a disposição, o corpo precisa de estímulos constantes para alcançar ganhos mais expressivos, como a redução da pressão arterial, do colesterol e da glicemia. Por isso, aumentar gradativamente a frequência e a intensidade dos treinos é essencial.
Em três a quatro meses, é possível não apenas deixar o sedentarismo para trás, mas também criar novos hábitos alimentares e, em alguns casos, até completar provas de 5 km. O marco é simbólico, pois mostra que a prática regular pode transformar o estilo de vida de maneira duradoura.
A constância é mais importante que a intensidade. Muitos iniciantes cometem o erro de exagerar nas primeiras semanas, o que leva a dores, fadiga excessiva ou até abandono do treino. Neste sentido, é melhor manter treinos curtos e frequentes do que arriscar sessões intensas que não se sustentam no longo prazo.
Alimentação como um dos pilares contra o sedentarismo
Superar o sedentarismo não depende apenas do exercício físico, mas também de uma alimentação equilibrada. Para sustentar o aumento de gasto energético, é importante consumir proteínas de qualidade, carboidratos complexos e gorduras saudáveis. Neste contexto, o Whey Protein surge como um aliado prático e eficiente.
A ingestão adequada de proteínas é indispensável para a reparação dos músculos e para a manutenção da massa magra, principalmente quando a pessoa está em processo de adaptação ao exercício. O suplemento pode ser usado para complementar o consumo diário recomendado, mas não deve substituir refeições completas ou uma dieta equilibrada.
Além disso, outros hábitos, como manter a hidratação adequada, respeitar as horas de sono e evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, potencializam os resultados da atividade física. A combinação de exercícios regulares e nutrição equilibrada é a base para vencer o sedentarismo de maneira sustentável.
Quanto tempo é necessário para vencer o sedentarismo?
A pergunta que muitos fazem é: afinal, quanto tempo de treino é suficiente para superar o sedentarismo? A resposta de acordo com o educador físico e treinador, Gustavo Luz, depende do ponto de partida de cada pessoa. Quem está há anos sem se exercitar precisará de mais paciência, mas, em média, três a quatro meses de treinos consistentes são suficientes para sair da categoria de sedentário e alcançar condicionamento básico.
O Ministério da Saúde recomenda, no geral, pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana. Essa meta pode ser distribuída em sessões de 30 minutos ao longo de cinco dias, ou em treinos mais intensos de menor duração. O importante é manter a regularidade e encontrar uma rotina que seja viável dentro do dia a dia.
No fim das contas, superar o sedentarismo não é apenas sobre tempo de treino, mas sobre adotar um estilo de vida mais ativo. Pequenas atitudes, como usar as escadas em vez do elevador, caminhar até o mercado ou se levantar a cada hora durante o expediente, já fazem diferença. O exercício estruturado é apenas o passo seguinte de uma mudança mais ampla de comportamento.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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