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Saúde mental em pauta: Setembro Amarelo convida à escuta e ao cuidado

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Campanha reforça a importância do acolhimento e lembra que saúde mental deve ser prioridade durante todo o ano

Setembro chega como um convite à reflexão sobre algo que atravessa silenciosamente a vida de milhões de pessoas: a saúde mental. No Brasil, uma pessoa morre por suicídio a cada 40 segundos, segundo a OMS. Esse dado revela a urgência de falar sobre o assunto. E é nesse contexto que o Setembro Amarelo surge não apenas como um mês de conscientização, mas como um chamado à ação — lembrando que o cuidado precisa acontecer todos os dias, não só no calendário.
No Brasil, pesquisas recentes do Ministério da Saúde mostram que sintomas de ansiedade e depressão têm crescido de forma significativa na população, especialmente entre jovens e mulheres.

Para a médica psiquiatra Maíra Della Monica Machado, especialista em Transtornos do Humor, a saúde mental deve ser encarada como parte inseparável da saúde integral. “Quando falamos em qualidade de vida, não basta olhar apenas para exames laboratoriais ou para o corpo físico. O bem-estar emocional influencia diretamente na forma como trabalhamos, nos relacionamos e construímos nossa trajetória”, afirma.

O desafio do estigma

Um dos maiores obstáculos, segundo Maíra, é a forma como a sociedade ainda lida com os transtornos mentais. “Existe uma ideia equivocada de que depressão, ansiedade ou transtorno bipolar são sinais de fraqueza ou falta de força de vontade. Isso faz com que muitas pessoas deixem de buscar ajuda justamente quando mais precisam”, explica.

Ela lembra que, apesar do avanço das pesquisas e da variedade de tratamentos disponíveis, o estigma continua sendo uma barreira. “Precisamos normalizar a ida ao psiquiatra da mesma forma que normalizamos consultas com cardiologistas ou endocrinologistas. Tratar a mente é tão essencial quanto tratar o coração.”

Escuta e acolhimento

Maíra reforça que a saúde mental também é feita de vínculos. “O acolhimento não depende apenas de um consultório. Muitas vezes, ouvir sem julgar, oferecer apoio e validar o sofrimento de alguém já é o primeiro passo para a mudança. A escuta é uma ferramenta terapêutica poderosa, mesmo fora da clínica.”

O cuidado contínuo

Além de consultas médicas e psicoterapia, a psiquiatra destaca a importância de hábitos de vida que favorecem o equilíbrio emocional. Sono regulado, prática de atividade física, alimentação balanceada e estratégias de manejo de estresse são pilares do cuidado. “A mente e o corpo caminham juntos. Não existe saúde completa sem atenção ao emocional”, pontua.

Com experiência em terapia EMDR para tratamento de traumas, Maíra lembra que muitas dores emocionais carregadas desde a infância ou juventude podem ser ressignificadas com tratamento adequado. “Não se trata de esquecer o que passou, mas de construir novas formas de lidar com essas experiências, reduzindo o impacto que elas exercem no presente”, conclui.

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