O Santander acaba de concluir a primeira operação do “ciclo estendido”, novo formato de financiamento imobiliário criado pelo Banco que promete apoiar as incorporadoras em todas as etapas da construção, desde aquisição do terreno até os custos da obra e, posteriormente, financiamento aos mutuários adquirentes dos imóveis.
Realizado através da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), a nova operação conta com investidores aportando recursos em classes diferenciadas de risco, o que viabiliza o financiamento de gastos que ocorrem antes do registro de incorporação. “Os clientes ganham rapidez e mitigam o risco de desenvolvimento do projeto em ter toda a solução do seu ciclo em apenas uma operação, com o mesmo pacote de garantias”, explica Sandro Gamba, diretor de Negócios Imobiliários do Santander. ““Esse formato inédito contemplará os benefícios das ofertas de CRI’s, que financiam a exposição da etapa pré-obra e que hoje são mais direcionados a Fundos Imobiliários, com custos e vantagens do tradicional financiamento ofertado pelos Bancos, conhecido como Plano Empresário”, completa Robson Bhering, Head de Negócios Imobiliários PJ.
Diferentemente da maior parte das operações de permutas e demais operações de CRI’s, toda a liquidação da operação ocorre através do repasse da carteira de recebíveis, após a conclusão da obra, otimizando o fluxo de caixa e aumentando o retorno do projeto
“Com a recente redução do volume da poupança o mercado tem debatido novos modelos de financiamentos imobiliários. Seguindo esse movimento, o Santander na vanguarda do setor oferta uma nova alternativa utilizando do mercado de capitais para destinar crédito para apoiar Incorporadoras e Construtores em todo o ciclo imobiliário”, finaliza Sandro Gamba.
Desde fevereiro deste ano o Conselho Monetário Nacional (CMN) apertou as regras para a emissão de títulos de empresas abertas não relacionadas ao setor imobiliário. Conhecidos como títulos incentivados, são investimentos que recebem isenção de Imposto de Renda (IR), ou seja, os rendimentos distribuídos ao investidor não são tributados iguais a outros investimentos.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o mercado de securitização se desenvolveu nos últimos anos impulsionado pelos benefícios fiscais para pessoas físicas. Em 2023, por exemplo, as emissões de CRI atingiram R$ 180 bilhões, ante R$ 80 bilhões em 2018.