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RioMar Fortaleza recebe loja com artesanato produzido por internos do sistema prisional do Ceará

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RioMar Fortaleza recebe loja com artesanato produzido por internos do sistema prisional do Ceará
Foto: Divulgação
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Após o sucesso de vendas do artesanato produzido pelos internos do sistema prisional cearense no Quiosque Solidário do Instituto JCPM no RioMar Fortaleza e a repercussão social do trabalho de ressocialização apresentado pela Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização, os projetos “Arte em Cadeia” e “Reciclarte” avançaram e agora contam com uma loja temporária, no piso L1 do shopping. O espaço contribui para o trabalho desenvolvido pela Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Coispe) na capacitação e trabalho de pessoas privadas de liberdade. O artesanato já beneficia mais de 1.400 internos e internas em diferentes projetos realizados no sistema prisional do Ceará. O estabelecimento, que possui 34m², funciona de segunda à sábado das 10h às 22h e domingo das 13h às 21h.

No local, são mais de 250 peças confeccionadas pelos internos de nove unidades responsáveis pela produção dos artigos. Produtos como almofadas de chita, mochilas de patchwork, jogos americanos de vagonite, peças em ponto cruz, bolsas de macramê e de crochê estão disponíveis à venda. Além disso, também há peças decorativas produzidas através do reaproveitamento de resíduos têxteis como matéria prima. São artigos como conjuntos de mesa, tapetes, panos de limpeza, painéis de parede, porta guardanapos, chaveiros e bancos.

Os recursos arrecadados com a comercialização das peças são depositados no Fundo Rotativo do Sistema Penitenciário Cearense – FUROPEN, criado pela Lei Estadual n° 17.610, de 6 de agosto de 2021, nos quais são utilizados para manutenção dos estabelecimentos prisionais e para atividades de reinserção social da população carcerária.

O secretário da administração penitenciária e ressocialização, Mauro Albuquerque, comemora o novo espaço. “Gostaria de agradecer a parceria do RioMar Fortaleza por acreditar no real sentido dos nossos projetos. Esse novo estabelecimento reforça e valoriza ainda mais o trabalho dos internos artesãos, sem falar na divulgação para um maior número de pessoas que ainda não conhecem esse belo trabalho. A nova loja veio para mostrar que estamos cada vez mais fortalecidos e empenhados para alavancar e aumentar o número de internos beneficiados em diversos projetos de ressocialização”, afirma.

O superintendente do RioMar Fortaleza, Gian Franco, ressalta a importância da parceria. “Receber a loja dos Programas Arte em Cadeia e Reciclarte no RioMar Fortaleza é uma experiência diferenciada porque traz aos clientes um trabalho artesanal com muito talento e compromisso, contribuindo para o processo de ressocialização dos internos do Ceará”, ressalta.

A cliente, Ana Karine Rocha, se diz fã número 1 do projeto e comenta como conheceu os produtos. “Meu primeiro contato com as peças artesanais do sistema prisional foi na exposição que teve na Universidade de Fortaleza. Confesso que fiquei encantada com o projeto e passei a comprar vários produtos. Virei cliente fiel. Estou sempre acompanhando os pontos de vendas e também divulgo sobre esse trabalho para várias pessoas. São peças únicas, além de belíssimas. Sem falar na responsabilidade social que o projeto carrega em si. Nós como cidadãos ficamos muito esperançosos de ver que essas pessoas privadas de liberdade estão sendo ativos, trabalhando e produzindo dentro das unidades”, disse.

Arte em Cadeia
As habilidades artesanais dos internos são incentivadas através do projeto “Arte em Cadeia” como forma de ocupação, remição de pena, capacitação profissional e geração de renda. O projeto possui a participação de 400 internos na produção, onde nove unidades são beneficiadas. No total, são confeccionadas 2000 peças por mês e distribuídas em três pontos fixos de vendas: Emcetur, Unidade Prisional de Triagem e Observação Criminológica (UP-TOC) e Unidade Prisional Feminina Desembargadora Auri Moura Costa (UPF). Neste projeto, além de aprenderem uma nova profissão, recebem o benefício da remição de pena que garante ao interno um dia de pena a menos a cada três dias de trabalho.

Reciclarte
Além do projeto “Arte em Cadeia”, a Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso também desenvolve o “Reciclarte”. Este projeto teve início na Unidade Prisional Francisco Hélio Viana de Araújo (UP-Pacatuba) e é desenvolvido pela artista plástica Socorro Silveira. A iniciativa visa implementar uma nova dinâmica de oficinas de trabalho, com a reutilização de resíduos têxteis doados pela empresa Malwee, instalada no sistema prisional, especializada na confecção de peças de vestuário. Os internos são capacitados em várias técnicas de reaproveitamento de materiais recicláveis em suas criações, com foco na sustentabilidade e na promoção da arte a partir da utilização de materiais menos convencionais.

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