Rio de Janeiro
Rio de Janeiro busca selo de origem para valorizar produtos típicos e impulsionar a economia local
Arroz Anã de Porto Marinho, Abacaxi do Norte Fluminense e Tainha da Lagoa de Araruama estão entre os produtos que podem receber reconhecimento oficial
O Governo do Estado do Rio de Janeiro vai ampliar o mapa das Indicações Geográficas (IGs) no país com a aprovação de dez novas propostas que buscam o registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). As IGs são sinais usados para identificar que um produto é originário de uma determinada região, país, cidade ou localidade e que possui qualidades, reputação ou características que estão diretamente ligadas à sua origem geográfica.
A ação faz parte do Programa Apoio à Promoção de Indicações Geográficas, iniciativa pioneira da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), que destinou mais de R$ 3,9 milhões para fomentar a valorização de produtos e serviços típicos de diferentes regiões fluminenses.

Com esse edital, nomes como Arroz Anã de Porto Marinho, Abacaxi do Norte Fluminense, Tainha da Lagoa de Araruama e Farinha de Mandioca de São Francisco de Itabapoana caminham para ganhar reconhecimento oficial. Produtos agrícolas de forte expressão, como cafés especiais do Alto Noroeste Fluminense, palmito de pupunha do Vale do Rio Mambucaba, vinhos de inverno da Região Serrana Fluminense, cafés do Vale do Café e até o tradicional setor de Moda Íntima de Nova Friburgo, também buscam o registro de Indicação de Procedência para consolidar ainda mais sua relevância no mercado nacional.
Essa diversificação fortalece ainda mais a interação entre pesquisa, inovação e mercado de trabalho. A demanda pela elaboração dos documentos técnicos exigidos pelo INPI cria oportunidades para mestres, doutores e especialistas, essenciais para realizar estudos aprofundados sobre solo, clima, práticas produtivas e saberes tradicionais. Assim, cada nova IG aprovada também contribui para fixar profissionais qualificados nas regiões, estimulando a produção de conhecimento aplicado e o desenvolvimento sustentável.
- Cada Indicação Geográfica é mais do que um selo de qualidade. É um passaporte para que produtores locais acessem novos mercados, ampliem sua competitividade e reforcem o orgulho de pertencer a um território com história e tradição. Esse programa coloca o Rio de Janeiro na vanguarda, estimulando a pesquisa, a inovação e a organização dos pequenos produtores para que eles sejam protagonistas no desenvolvimento das suas regiões – destaca Caroline Alves, presidente da Faperj.

Com prazos de execução entre 18 e 24 meses, os projetos agora seguem para a etapa de estruturação técnica e depósito dos pedidos no INPI. A meta é que, em breve, o Rio de Janeiro amplie sua lista de IGs reconhecidas nacional e internacionalmente — gerando oportunidades, renda e orgulho para quem faz da tradição um diferencial de mercado.
Sabores e saberes regionais
Dentre os produtos que buscas o reconhecimento oficial está Arroz Anã de Porto Marinho, cultivado em uma comunidade agrícola e pesqueira às margens do Rio Paraíba do Sul, entre Cantagalo e Itaocara. Aromático, com sabor descrito como “popcorn-like”, é símbolo da agricultura familiar e da herança cultural da região.
Já o Abacaxi do Norte Fluminense, tem produção concentrada em municípios como São Francisco de Itabapoana, Campos dos Goytacazes, São João da Barra e Quissamã. Reúne atributos únicos, graças ao clima e solo da região, colocando o estado entre os principais polos produtores do país.
No caso da Farinha de Mandioca de São Francisco de Itabapoana, o foco é fortalecer a associação de produtores, garantir a gestão de riscos ambientais e sanitários e estruturar a governança para que a tradição artesanal siga viva — mas com processos cada vez mais seguros e inovadores.
Cultura
Blue Note Rio recebe tributo a Emílio Santiago
Tico de Moraes e a banda Saigon prestam homenagem ao ícone da música no dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h
Doze anos sem Emílio Santiago, um dos maiores intérpretes da história da Música Popular Brasileira. Para celebrar o seu legado sofisticado e eterno, o Blue Note Rio, em Copacabana, recebe um reencontro afetuoso entre músicos, memória e público. O tributo ao ícone da voz acontece no dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h.
A iniciativa partiu do baixista e diretor musical Alex Rocha, que acompanhou o artista por mais de uma década, ao reunir músicos que integraram a banda de Emílio em diferentes fases da carreira para um espetáculo especial que celebra a sua obra.
O cantor brasiliense Tico de Moraes, com sua voz refinada e presença marcante, traz à homenagem a vivência do jazz e da MPB contemporânea, ampliando o diálogo entre tradição e atualidade. Ele dividirá o palco com um time de peso, a banda Saigon, com Renan Francione (piano), Xande Figueiredo (bateria) e José Arimatéia (trompete), todos com trajetória junto a Emílio e passagens marcantes ao lado de nomes como Milton Nascimento, Mart’nália, Leny Andrade, Gilberto Gil, entre outros.
O repertório revisitará sucessos emblemáticos como “Logo Agora”, “Pelo Amor de Deus”, “Essa Fase do Amor”, “Verdade Chinesa” e “Saigon”, com arranjos cuidadosos e uma entrega emocional à altura do homenageado.
Serviço:
Local: Blue Note Rio – Avenida Atlântica, 1910, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Dia e horário: dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h
Entrada: de R$ 60 a R$ 120, vendas pelo site https://www.eventim.com.br/artist/blue-note-rio/tico-moraes-banda-saigon-tributo-a-emilio-santiago-3965309/
Redes sociais:
Produção: Luciana Moisakis
Assessoria de imprensa: Carlos Pinho

Cultura
“Takotsubo, Coração Partido” faz curta temporada na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema
Com dramaturgia de Monica Guimarães e Claudia Mauro, peça traz à tona reflexão sobre os impactos de relacionamentos tóxicos, a resiliência e a busca da cura, reinvenção e liberdade
“Takotsubo, Coração Partido” chega à Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, em curtíssima temporada, até 30 de novembro, com sessões nas sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 18h. Com dramaturgia de Monica Guimarães e Claudia Mauro, a peça retrata a história de uma mulher de classe média alta da zona sul carioca que enfrenta, desde a sua infância, silêncios profundos, cicatrizes invisíveis e uma sucessão de rupturas emocionais. Ao longo de sua jornada marcada por afetos adoecidos e relações abusivas, numa luta árdua pela sua integridade emocional e física, a protagonista vivida por Monica acaba sucumbindo ao esgotamento extremo proveniente de profundo estresse. Estresse extremo, que literalmente parte o seu coração. Diagnosticada com a Síndrome de Takotsubo, também chamada de “Síndrome do Coração Partido”, ela mergulha em uma experiência de quase morte, atravessando um coma permeado por reflexões intensas, onde seu passado é revisitado em um turbulento acerto de contas.
Dirigida por Édio Nunes e Larissa Bracher, “Takotsubo, Coração Partido” é uma peça que aposta na fisicalidade e na força das palavras para construir uma cena visceral e envolvente. “‘Takotsubo, Coração Partido’ é um espetáculo físico, desafiador. Um mergulho profundo nas camadas humanas. É impossível sair ileso”, afirma Nunes. Bracher complementa: “A peça fala sobre limites aos seus pares, sobre aprender a se proteger mesmo a duras penas”. Bracher cita ainda o poder curativo dos processos e do tempo para a personagem do espetáculo e como o teatro é usado como um catalisador social. Édio e Larissa ressaltam que, na peça, o teatro cumpre os seus papéis como ferramenta de reflexão social e coletiva, assim como um veículo transformador.
A atriz Monica Guimarães destaca o papel social da obra: “Muita gente desconhece os efeitos psicofísicos do estresse. O teatro tem o poder de despertar empatia e ampliar a consciência sobre essas questões.” Já Claudia Mauro enfatiza: “O texto escancara o lado sombrio que tentamos esconder. É um convite à reflexão sobre nossas escolhas e relações”.
– A arte em seu papel social de expansão, aprendizagem, troca e acolhimento, potencializa nossos encontros pós-espetáculo. Seguiremos em nossas Rodas de Diálogo com profissionais especializados em suas competências. Contribuindo com suas expertises na construção de uma sociedade forte e consciente – reforça Monica.
Sinopse:
Após uma experiência de quase morte, uma mulher revisita sua vida marcada por dores silenciosas e relações adoecidas. Inspirado na Síndrome do Coração Partido, o espetáculo revela os impactos do estresse emocional na saúde feminina. Com dramaturgia de Monica Guimarães e Claudia Mauro, “Takotsubo, Coração Partido” é uma obra visceral sobre renascimento e cura.
Ficha técnica:
Autoria: Monica Guimarães e Cláudia Mauro
Direção: Édio Nunes e Larissa Bracher
Elenco: Monica Guimarães e Guilherme Dellorto
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Trilha Original: Marcelo H
Cenário e Figurino: Wanderley Gomes
Preparação Emocional: Estrela Straus
Preparação Vocal: Rose Gonçalves
Colaborador Cênico de Movimento: Toni Rodrigues
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Produção: Márcia Rangel
Mídias sociais: Mari Corrêa
Idealização e Realização: Monica Guimarães
Serviço:
Local: Casa de Cultura Laura Alvim – Espaço Rogério Cardoso – Av. Vieira Souto, 176, Ipanema, Rio de Janeiro – RJ
Temporada: de 14 a 30 de novembro
Sessões: sextas e sábados, às 19h, e domingos, às 18h
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada), vendas no site https://funarj.eleventickets.com/#!/evento/c75d76d3b22e0367cb06d8bf56bf8a9e6e9eb9f4/45a306abc0636a9929104d0526db74ec2b4f714f
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Duração: 55 minutos
Rede social: https://www.instagram.com/takotsuboespetaculoteatral/
Cultura
Semana da Consciência Negra: Lucas Popeta chega ao Centro Cultural Justiça Federal com o aclamado monólogo “Quebrando Paradigmas”
Aclamado por público e crítica, espetáculo apresenta, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil
Lucas Popeta está de volta aos palcos com seu aclamado espetáculo “Quebrando Paradigmas”. Após o sucesso das apresentações no Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa, o monólogo chega ao Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no Centro do Rio, com sessões de sexta a domingo, às 19h, até 30 de novembro, e de quinta a domingo, às 19h, de 04 a 21 de dezembro.
A peça reflete sobre resistência, arte e representatividade, apresentando, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil. Em cena, Popeta narra a história do país por meio da arte dramática, vista pelos olhos de um jovem negro de 23 anos. Inspirado na vida e no legado de Abdias Nascimento e do Teatro Experimental do Negro (TEN), o projeto destaca figuras históricas fundamentais, como Maria do Nascimento, Arinda Serafim e Marina Gonçalves, ressaltando o protagonismo de mulheres negras na formação cultural do país.
Para o ator Lucas Popeta, contar essa história é muito importante para nossa identidade, porque cada vez mais estamos conhecendo quem realmente construiu o país onde a gente vive e cresce. “Dar nome e voz a essas pessoas é reencontrar a história que não nos ensinaram nas escolas e que agora temos autonomia pra descobrir. É entender de onde viemos e poder escolher, com consciência, pra onde queremos ir. Isso é muito novo, porque há 50 anos atrás a gente não tinha essa mentalidade. Vivemos num país jovem, que ainda está se entendendo enquanto nação. Mas é através da história recuperada que a gente alimenta a esperança de construir um futuro com mais dignidade, mais consciência e condições melhores do que as que os nossos ancestrais tiveram”, explica.
O monólogo é idealizado pelo ator, que também assina o texto. A produção é totalmente independente e conta com a direção geral de Gizelly de Paula, a direção musical de Beà Ayòóla, a direção de movimento de Marili Stefany, a direção de produção de Gabriela Nascimento, figurino de Carla Costa, preparação vocal de Adriana Micarelli e assistência dramatúrgica de Gabriela Nascimento e Patrícia Regina.

Ficha técnica:
Idealização, dramaturgia e atuação: Lucas Popeta
Direção: Gizelly de Paula
Direção de Produção: Gabriela Nascimento
Direção Musical: Beà Ayòóla
Direção de Movimento: Marili Stefany
Figurino: Carla Costa
Iluminação: Domingos e Wladimir Alves
Preparação Vocal: Adriana Micarelli
Assistência Dramatúrgica: Gabriela Nascimento e Patrícia Regina
Fotografia: Ariel Santos e Kelly Trindade
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Grupo/Proponente: Popeta Produções Artísticas
Produção: Independente (sem lei de incentivo)
Serviço:
Temporada:
– De 14 a 30 de novembro, de sexta a domingo, às 19h
– De 04 a 21 de dezembro, de quinta a domingo, às 19h
Local: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), vendas pelo link https://www.sympla.com.br/evento/quebrando-paradigmas/3210898
Classificação etária: livre
Duração: 60 minutos
Gênero: Drama contemporâneo
Lotação: 200 lugares
Redes sociais:
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