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Religião, corpo e resistência: mulheres colocam fé e feminismo no centro do debate em Festa Literária da Mantiqueira

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De Juazeiro ao candomblé, do púlpito evangélico à encruzilhada literária, escritoras discutem fé, poder e silenciamento na FLIMA 2025 

No alto da Serra da Mantiqueira, o silêncio imposto por séculos às vozes femininas dentro das religiões começa a ser rompido. No sábado, 17 de maio, às 15h30, a FLIMA – Festa Literária Internacional da Mantiqueira promove um dos debates mais potentes de sua programação: a mesa “A RELIGIÃO E O FEMININO: IDENTIDADE, CORPO E PODER”, que reúne três autoras que têm transformado a maneira como a literatura brasileira contemporânea aborda fé, gênero e resistência: Dia Bárbara Nobre, Dandara Suburbana e Anna Virginia Ballousier, com mediação da escritora e curadora Maria Carolina Casati.

No centro do encontro, está uma história real que foi, literalmente, enterrada: a da mística negra Maria de Araújo, protagonista de uma série de milagres eucarísticos atribuídos ao padre Cícero, no fim do século XIX, e posteriormente silenciada e apagada pela própria Igreja Católica. A jornalista e pesquisadora Dia Bárbara Nobre resgata essa trajetória no recém-lançado Incêndios da Alma (Planeta, 2024), livro que combina rigor histórico e narrativa envolvente para questionar o apagamento sistemático de corpos racializados e femininos do campo da fé. “A Igreja canonizou o padre e excomungou a mulher que teria sido o canal dos milagres. O que isso diz sobre quem tem o direito de ser sagrado?”, provoca a autora.

A conversa se amplia com a presença de Dandara Suburbana, educadora, escritora e pesquisadora dos saberes de terreiro. Em seu livro A Culpa é do Diabo (Oficina Raquel, 2025), ela recupera memórias de candomblé e os atravessamentos entre espiritualidade negra, racismo religioso e a potência da encruzilhada como espaço de criação e ruptura. “Os corpos negros sempre tiveram fé, mas essa fé nem sempre teve permissão para existir publicamente”, diz a autora, que também é pós-doutoranda em educação.

Já a jornalista Anna Virginia Ballousier, autora de Púlpito (Todavia, 2024), contribui com uma abordagem instigante sobre as tensões que se desenrolam dentro das igrejas evangélicas. Em sua obra, ela investiga como a presença crescente de mulheres nesses espaços — como fiéis, lideranças e pastoras — desafia estruturas tradicionalmente masculinas, ao mesmo tempo em que lida com os limites impostos pelo conservadorismo. “Há um desejo genuíno de transformação ali, mas também uma vigilância constante sobre o corpo e o comportamento feminino”, observa.

A mesa, que acontece no auditório municipal de Santo Antônio do Pinhal (SP), é parte da programação gratuita da FLIMA 2025, que neste ano tem como tema “Deslocamentos e Pertencimentos”. A proposta é justamente atravessar fronteiras simbólicas e reais, e neste caso, iluminar as muitas maneiras pelas quais a espiritualidade feminina resiste — e reinventa os próprios caminhos.


📚 Mesa – A RELIGIÃO E O FEMININO: IDENTIDADE, CORPO E PODER
🗓 Sábado, 17 de maio | ⏰ 15h30
📍 Auditório – FLIMA 2025 | Santo Antônio do Pinhal (SP)
👤 Com: Dia Bárbara Nobre, Dandara Suburbana e Anna Virginia Ballousier
🎙 Mediação: Maria Carolina Casati
🎟 Entrada gratuita | Transmissão com acessibilidade no YouTube da FLIMA

📌 Mais informações e programação completa: www.flima.net.br
♿ Com recursos de LIBRAS, audiodescrição e legendas

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Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”

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Campeã mundial de fisiculturismo revela: “Meus músculos já fizeram homens falharem na hora”

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A atleta e modelo fitness Graciella Carvalho, campeã mundial na categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, vive o auge de sua carreira após retornar aos palcos de competição. Radicada em Miami, a brasileira comentou sobre a rotina intensa de treinos, o olhar do público sobre o corpo feminino musculoso e as reações que sua imagem desperta fora do esporte.

 

Graciella relatou que a preparação para o campeonato exigiu um nível de disciplina que transformou sua relação com o corpo. Foram meses de treino rigoroso, dieta restrita e uma rotina planejada com precisão. Segundo ela, o processo competitivo vai muito além do físico. “Treinar para competir é um processo físico e mental. Há dias em que o corpo pede descanso, mas a disciplina fala mais alto. O pódio é consequência da constância, não apenas do esforço momentâneo”, afirmou.

 

De volta ao circuito internacional, a atleta diz que aprendeu a lidar com os diferentes olhares que o corpo feminino musculoso ainda desperta. Nas redes sociais, recebe elogios diários por sua forma física, mas também comentários que tentam associar força à perda de feminilidade. “Algumas pessoas ainda acham que força e beleza não podem coexistir, mas eu vejo exatamente o contrário. A força é parte da minha essência e da minha autoestima. Meu corpo é resultado de trabalho, não de vaidade”, declarou.

 

Graciella também revelou que o impacto visual de seu físico provoca reações curiosas em alguns homens. “Já aconteceu de homens se sentirem tensos comigo. Alguns até falharam na hora por causa da pressão, mas isso mostra como ainda existe resistência em aceitar a força feminina”, contou. Para ela, esses episódios refletem o desconforto que parte do público ainda sente diante da imagem de uma mulher forte. “O homem que se sente ameaçado por uma mulher forte precisa repensar o que entende por masculinidade”, completou.

 

A campeã encerrou afirmando que cada conquista representa uma superação pessoal e profissional. Ela recebeu da revista francesa GMARO o título de fisiculturista perfeita, de acordo com a inteligência artificial, na edição de novembro da publicação.

 

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Com a chegada das festas de fim de ano, o espelho e as câmeras de celular ganham destaque — e, junto com eles, cresce a procura por um sorriso mais branco e harmonioso. Clínicas odontológicas de todo o país relatam um aumento expressivo na busca por tratamentos estéticos, como clareamento dental e lentes de contato, especialmente entre os meses de novembro e dezembro, quando os pacientes se preparam para as confraternizações e registros fotográficos.

Segundo o cirurgião-dentista Edinei Dias da Silva @doutoredi, formado pela Unicamp, essa tendência é natural, mas requer atenção.

“É comum que as pessoas queiram estar bem para as festas, mas é importante lembrar que nem todo tratamento serve para todo mundo. A estética deve caminhar junto com a saúde bucal. O ideal é que cada paciente passe por uma avaliação completa antes de realizar qualquer procedimento”, orienta o profissional.

De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado de odontologia estética no Brasil movimentou mais de 715 milhões de dólares em 2022 e deve dobrar até 2030, impulsionado pela popularização dos tratamentos estéticos e pela influência das redes sociais.

Entre os procedimentos mais procurados, o clareamento dental lidera a lista. Porém, o dentista alerta que o uso de produtos sem supervisão profissional pode causar sensibilidade, inflamações gengivais e até desgaste do esmalte dental.

“Há uma banalização do clareamento caseiro. Muitos produtos vendidos pela internet prometem resultados rápidos, mas têm composição inadequada e podem causar danos irreversíveis”, adverte Edinei.

As lentes de contato dental também estão em alta, oferecendo resultados imediatos e um sorriso uniforme. No entanto, o especialista destaca que o sucesso do tratamento depende da indicação correta e da experiência do profissional.

“As lentes exigem planejamento e cuidado técnico. Quando aplicadas de forma padronizada, sem respeitar a anatomia e a função dos dentes, podem gerar desconforto e prejuízos estéticos. A odontologia moderna busca harmonia, não exagero”, afirma.

Além da estética, o cirurgião-dentista lembra que o fim de ano é um bom momento para revisões preventivas — especialmente antes do recesso das clínicas e do aumento no consumo de alimentos e bebidas que pigmentam os dentes, como vinho, café e molhos escuros.

“Um sorriso bonito é reflexo de uma boca saudável. Clareamento e lentes são aliados, desde que feitos com responsabilidade e acompanhamento profissional”, conclui o cirurgião-dentista.

 

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Coliving e coworking são espaços de trabalho e moradia compartilhados que atendem diversos públicos que procuram por flexibilidade e coletividade

 

A impermanência, isto é, a mudança constante – e cada vez mais rápida – tem sido o novo normal, principalmente entre as gerações mais novas. A velocidade da informação, a forma de consumir conteúdos e o menor valor dado à posse das coisas são fenômenos que têm moldado o modo com que as pessoas e as coisas têm se relacionado atualmente.

 

Na era do compartilhamento, em que a posse das coisas deixou de dar o tom, até mesmo os espaços outrora privados passaram a ser cada vez mais partilhados. Termos como coliving e coworking se tornam cada vez mais comuns, principalmente nas grandes cidades. Entender o que são é fundamental para a compreensão de fenômenos do mundo moderno.

 

O que é o coworking?

 

Estes termos correspondem ao modo como os espaços tanto de moradia como de trabalho têm migrado para um sistema compartilhado. O coworking, por exemplo, é um ambiente de escritório cuja infraestrutura é projetada para funcionar de maneira partilhada e flexível, de modo que atenda empresas, freelancers, empreendedores e trabalhadores remotos.

 

Um espaço de coworking é um ambiente de escritório compartilhado, que conta com internet de alta velocidade, mesas de escritório, cadeiras e salas de reunião. Segundo o Censo Coworking 2024, realizado pela empresa Woba, o número de espaços desse tipo deu um salto de 30% em um ano. 

 

São Paulo e Minas Gerais são os estados com o maior número de escritórios de coworking. Há vantagens na adesão ao modelo: a flexibilidade, o custo reduzido, se comparado com o investimento necessário para manter um ambiente semelhante ou mesmo se comparado com o custo de um aluguel, e, geralmente, o fato de estarem localizados em regiões centrais das cidades.

 

Por dentro da moradia compartilhada

 

Na mesma esteira, o coliving possui lógica semelhante, mas aplicada à moradia. Na prática, são imóveis com espaços comuns, como salas, banheiros e cozinhas, mas que também contam com áreas privativas – no caso, os quartos. O crescimento desse tipo de moradia se deve a nômades digitais, estudantes e trabalhadores que buscam moradia acessível e flexível.

 

Apesar de não ser algo exatamente novo, o coliving ganhou muita força nos últimos anos. Um aspecto interessante que tem atraído moradores para o modelo é que esses espaços reforçam hábitos de cooperação, interação e coletividade. Não raro, muitos deles promovem atividades coletivas, como leitura, dança, jogos, entre outras.


Os benefícios e o que esperar dos novos modelos

 

Tanto o coliving como o coworking promovem experiências capazes de agregar pessoas, criando laços de comunidade. Inclusive, é normal que desses espaços surjam parcerias e networking. Isso se dá pelo fato de que muitos locais são nichados: há coworkings voltados para a área de tecnologia, outros para advocacia, e assim por diante.

 

A tendência é que esses espaços cresçam à medida que o senso de compartilhamento aumente entre as pessoas. Atrativos como custo-benefício, flexibilidade e praticidade também têm papel importante. 

 

Afinal, espaços como um coliving em São Paulo, por exemplo, possuem toda a infraestrutura pronta e geralmente estão situados em localizações estratégicas da cidade. No mais, essa é uma tendência que vem para acompanhar as mudanças no mundo da moradia e do trabalho, que certamente darão o tom no estilo de vida do futuro.

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