Referência na produção de cafés especiais, a Região da Alta Mogiana acaba de ganhar 7 novas cidades em sua Indicação Geográfica. A certificação, que atesta a fama e a história de uma região na produção de determinado produto, foi conferida pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que passa então a reconhecer 23 municípios como sendo da Alta Mogiana quando o assunto é café. Além dos 16 paulistas que já possuíam o selo de origem, agora também fazem parte da seleta lista mais 7 municípios mineiros circunvizinhos.
Com a novidade, integram a Região da Alta Mogiana como produtoras de cafés de qualidade, as cidades de: Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Nuporanga, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria, São José da Bela Vista, no Estado de São Paulo e Capetinga, Cássia, Claraval, Ibiraci, Itamogi, São Sebastião do Paraíso e São Tomás de Aquino, em Minas Gerais.
A conquista da IG leva segurança de procedência ao consumidor e qualifica o mercado para o produtor e foi alcançada pela primeira vez em 2013, após requisição da AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana).
“As cidades de Minas sempre fizeram parte da nossa prioridade e desde que pleiteamos a inclusão desses municípios, já temos feito várias ações regionais que atraem produtores da região. Eles passam a ter mais visibilidade no café e, consequentemente, a agregar valor na sua comercialização. Na verdade, há ganho para toda a cadeia. Cafeterias podem encontrar produtores melhores e torrefações, atrair turismo. Enfim, são muitos os benefícios”, afirma Edgnard Bressani, presidente da AMSC (Alta Mogiana Specialty Coffees).
As indicações geográficas são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas agregam valor ao produto, permitindo estabelecer um diferencial competitivo frente aos concorrentes, possibilitam a organização produtiva e a promoção turística e cultural da região. Além disso, o registro ajuda a evitar o uso indevido por produtores instalados fora da região geográfica demarcada.
A Região Alta Mogiana
Atualmente na Alta Mogiana são mais de 5 mil cafeicultores cultivando uma área de aproximadamente de 120 mil hectares e produzindo anualmente 4,5 milhões de sacas de café.
Localizada na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, a Alta Mogiana tem mudas de café cultivadas em altitudes privilegiadas que aliadas ao uso de uma tecnologia de pós-colheita enriquecem o sabor e o aroma, fazendo do café dessa região um dos melhores do mundo.
Sobre a AMSC
A AMSC é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 2005, por um grupo de cafeicultores com a missão de valorizar e promover o café da Alta Mogiana, criando um senso de referência por meio do conceito de origem, que leve os consumidores a associarem origem, produto e qualidade.
Sua visão consiste em promover os cafeicultores e os cafés especiais da Alta Mogiana, oferecendo aos associados oportunidades de crescimento e desenvolvimento através de educação, treinamento e acesso a novos canais de comercialização.
Dias de campo, Fórum de Qualidade anual, participação em feiras nacionais e internacionais e um tradicional Concurso de Qualidade são alguns dos vários encontros anuais promovido pela entidade.