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Quinta edição da Expedição 21 acontecerá em São Paulo e terá visita inspiradora na Microsoft Brasil

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Mais de 250 adultos com síndrome de Down se inscreveram para participar da Expedição 21, que é um programa de imersão que estimula a autonomia para adultos com Síndrome de Down. Ao todo, 18 participantes foram selecionados para a quinta edição, que acontecerá em São Paulo, entre os dias 14 a 16 de agosto.

Depois de se transformar em documentário e virar pesquisa científica, o programa Expedição 21 começa a se consolidar com novas iniciativas. Neste ano, os participantes terão o privilégio de participar de uma visita inspiradora no complexo da Microsoft Brasil, e participarão de uma ação com a XBOX.

A Expedição 21 é um programa de imersão com foco no desenvolvimento da autonomia de adultos com síndrome de Down. Ao longo de três dias, afastados do conforto familiar e confinados em um ambiente acessível e positivo, os participantes mergulham em uma jornada de vida autônoma. Durante esse período, participam de aulas para a iniciação da vida adulta e são desafiados a tomar suas próprias decisões, a resolver conflitos e a aprimorar habilidades de pensamento crítico com suporte e encorajamento.

A experiência simula os desafios de morar sozinho, oferecendo aos participantes a oportunidade de vivenciar os aspectos práticos e emocionais de um adulto. Ao longo de três edições já realizadas, a Expedição 21 formou mais de 50 participantes de 20 estados. Os resultados são notáveis, com relatos de transformações significativas que impactaram positivamente a vida dos envolvidos.

PESQUISA CIENTÍFICA

A notável melhoria no comportamento dos participantes despertou o interesse do neurocientista e médico Fernando Gomes, da Universidade de São Paulo (USP). Acompanhado pela neurocientista Marilene Silva, ambos observaram os desdobramentos da segunda edição da Expedição 21, realizada em 2022, com o propósito de investigar as transformações ocorridas durante a imersão para fins de pesquisa científica. O objetivo central da pesquisa é destacar como um ambiente positivo e com acessibilidade tem o poder de elevar a autoestima de pessoas com síndrome de Down e amplificar a sua autonomia e comunicação.

Dessa maneira, a pesquisa desempenhará um papel crucial na criação de novas abordagens inclusivas a serem implementadas no contexto educacional para indivíduos com síndrome de Down. Este trabalho visa impactar na redução do preconceito e fomentar a conscientização, promovendo uma melhor qualidade de vida para pessoas com deficiência. Recentemente, Alex Duarte e sua equipe estiveram representando o Brasil na ONU, em Nova York, para divulgar uma prévia da pesquisa.

Confira a lista dos selecionados da 5ª edição Expedição 21

1. Daniela Campos – 23 anos, autodefensora e brigadista – Vitória/ES;

2. ⁠Emanuela Cardoso – 18 anos, surfista e estudante – Mogi das Cruzes/SP;

3. Gabriel Santiago – 26 anos, Bacharel em Educação Física, Natal/RN;

4. ⁠João Vitor Nogueira – 24 anos, assistente administrativo – Jacareí/SP;

5. ⁠João Vitor Paiva – 23 anos, graduado em Educação Física e Primeiro Conselheiro Jovem com T21 UNICEF – Goiânia/GO;

6. Joaquim Neto – 20 anos, modelo – Remanso/BAHIA;

7. ⁠Luiz Eduardus – 22 anos, Ex-atleta de Natação, Juiz de Fora/MG;

8. ⁠Maju de Araújo – Modelo internacional e ativista – Jundiaí/SP;

9. ⁠Mariana Veiga – 25 anos, Estudante – Brasília/DF;

10. ⁠Marina Mirandini – 34 anos, artista visual – Rio Grande/RS;

11. ⁠Mayara Dias – 36 anos, auxiliar administrativo e autodefensora – Curitiba/PR;

12. ⁠Paula Aninberg – 20 anos, dançarina – Mirador/MA;

13. ⁠Pricila Silveira – 33 anos, formada em gastronomia e Chef Gourmet – Santos/SP;

14. ⁠Talynne Pires – 34 anos, estudante – Vitória de Santo Antão/ PE;

15. ⁠Tamires Virgínio – 24 anos, influenciadora digital – Jales/ SP;

16. ⁠Vinnycius Gaulke – 22 anos, Modelo – Itatiba/SP;

17. ⁠Vivian Lucas – 20 anos, atriz e modelo – Santa Cruz do Sul/RS;

18. ⁠Wellyngton Pereira – 23 anos, estudante e capoeirista – Palhoça/SC;

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Economia

Experiência sensorial: papéis texturizados ganham força no mercado premium de vinhos e destilados

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Arquivo Avery Dennison
Arquivo Avery Dennison
Com produção local, soluções em rótulos da Avery Dennison combinam sofisticação, resistência e agilidade para marcas que buscam se destacar neste segmento

O mercado brasileiro de vinhos vive um momento de crescimento e sofisticação. De acordo com um levantamento da Ideal BI, o setor movimentou cerca de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com alta de 7% em volume — e a previsão é de que a receita ultrapasse R$ 22 bilhões até o fim do ano – período de melhor desempenho para o segmento. O aumento na variedade de rótulos, incluindo vinhos, espumantes e bebidas geladas, reflete um consumidor que busca por experiências mais completas, desde o ponto de venda até o instante do consumo.

O papel do toque na diferenciação das marcas

À medida que o consumo de vinhos – Branco e Rose – e espumantes cresce nos meses mais quentes, as marcas buscam por soluções para as garrafas que sejam capazes de transmitir sofisticação e, ao mesmo tempo, resistir à umidade e às baixas temperaturas. É nesse cenário que as soluções autoadesivas com papéis texturizados, como os oferecidos pela Avery Dennison, se consolidam como aliados estratégicos.

“Cada vez mais, o consumidor escolhe com os olhos e com as mãos”, afirma Renato Rafael, gerente de produto para rótulos e etiquetas na América Latina da Avery Dennison. “O toque de uma textura diferenciada desperta sensações que reforçam a percepção de qualidade e ajudam a contar a história da marca ainda antes da primeira taça.”

Produção local, performance global

Antes importadas da Argentina, as principais soluções autoadesivas para o mercado de vinhos agora são produzidas localmente no Brasil pela companhia, o que garante mais agilidade e flexibilidade para os clientes. Renato explica que a mudança estratégica traz benefícios diretos, como prazos de entrega mais curtos, pedidos mínimos reduzidos e preços em reais, com o mesmo alto padrão de qualidade que já caracteriza a marca globalmente.

“Produzir no Brasil nos permite estar mais próximos dos designers, convertedores e vinícolas, entendendo melhor as demandas locais e oferecendo respostas rápidas, sem abrir mão da excelência técnica”, aponta Renato. “Nosso portfólio para vinhos, espumantes e bebidas premium foi pensado para entregar tanto desempenho quanto apelo sensorial.”

Sofisticação e resistência na mesma medida

Para garantir resistência à umidade e ao frio – condições típicas do consumo de vinhos gelados – o executivo da Avery Dennison explica que os papéis texturizados passam por testes rigorosos de desempenho, como o teste frappé. Assim, o rótulo mantém sua integridade e aparência mesmo após o resfriamento ou imersão em baldes de gelo, preservando a integridade, o valor estético e a experiência do consumidor. 

 “Além da performance, o design também ganha destaque com uso o de personalizações em aspectos metálicos ou envernizados. A combinação entre papéis de diferentes texturas e gramaturas transforma o rótulo em um verdadeiro elemento de identidade. Essas técnicas criam contrastes visuais e táteis que destacam logotipos, nomes e detalhes gráficos, ampliando o tempo de atenção na gôndola”, complementa Renato.

Mais que embalagem, uma experiência de marca

Ainda de acordo com o executivo, para que as marcas se adequem às últimas tendências de mercado, a inovação e a sensorialidade devem caminhar juntas. “Quando falamos de papéis texturizados, não estamos apenas entregando um material de alta performance, mas ajudando marcas a traduzirem sua essência em cada detalhe. É a combinação entre tecnologia, estética e emoção que torna o rótulo uma ferramenta poderosa de conexão com o consumidor”.

Com soluções que unem sofisticação, resistência e flexibilidade, a Avery Dennison segue apoiando marcas e designers na criação de embalagens premium que encantam pelo olhar e pelo toque, elevando cada garrafa à altura de sua história. Para conferir o portfólio completo da companhia oferecido ao mercado de vinhos e destilados, acesse o site.

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Educação

Como saber qual a melhor escola bilíngue para matricular o estudante?

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Divulgação Escola do Futuro Brasil
Divulgação Escola do Futuro Brasil

Ao escolher é importante entender que para um aprendizado efetivo é necessário não apenas ter um curso de inglês na grade educacional, mas ter uma imersão na segunda língua

O crescimento das escolas bilíngues no Brasil, especialmente em grandes capitais, como São Paulo, tem sido notável nas últimas décadas, refletindo uma crescente demanda por esse modelo de educação e uma maior valorização do aprendizado de línguas estrangeiras, especialmente o inglês. Esse aumento na procura neste tipo de ensino por pais e alunos se deve a globalização e a crescente interconexão econômica e cultural.  Especialmente a língua inglesa é amplamente vista como uma habilidade essencial para o sucesso acadêmico e profissional. Muitas famílias acreditam que a educação bilíngue pode oferecer uma vantagem competitiva significativa.

 Mas, na hora de matricular, muitos pais ficam em dúvida sobre como escolher uma escola que realmente faça com que os seus filhos dominem verdadeiramente a segunda língua e não só adquiram um aprendizado superficial, com a memorização de algumas palavras e frases.  No mercada da educação brasileiro tem aparecido cada vez mais escolas bilíngues, mas com diferentes modelos de ensino, que podem ser: imersão total; ensino paralelo; algumas aulas na semana (algumas horas); parceira com cursinhos de inglês; programas bilíngues dentro de currículos mais amplos, modelos integrados, entre outros métodos.

 Ensino multicultural e internacional

Mas, algumas dessas escolas são voltadas exclusivamente para o bilinguismo e vão além, oferecendo ao aluno a possibilidade de aprender os currículos nacional e internacional paralelamente, tendo também uma imersão, onde o aprendizado do idioma é carregado de cultura e visões diversas do mundo. “Diferente de uma escola que apenas tem uma disciplina de inglês, na Escola do Futuro Brasil, os estudantes realizam uma verdadeira imersão na língua inglesa, desenvolvida através da comunicação diária nas salas de aulas. Com isso, o aprendizado ocorre naturalmente, por meio da exposição e interação da linguagem. Nas disciplinas do currículo internacional, dadas paralelamente às nacionais, as aulas e a conversação são todas em inglês, seguindo a recomendação da BNCC. Assim, os programas nacional e internacional se integram e o aprendizado torna-se interessante”, explica Ivonne Muniz, diretora da instituição.

Segunda ela, na escola os alunos têm acesso a um programa de estudos internacional, que segue as recomendações do Common Core State Standards, uma iniciativa educacional americana que detalha padrões destinados a preparar os alunos para faculdades e carreiras profissionais nacionais ou internacionais. Esse projeto avançado de ensino busca preparar os alunos em tudo que precisam saber, tornando-os capazes, em matemática e linguagem/língua desde o jardim de infância até o último ano do ensino médio.

“Por isso, além de valorizar e ser exigente com o ensino do nosso idioma principal, que é a língua portuguesa, aproveitamos a facilidade de aprendizagem dos alunos em suas faixas etárias, para o ensino multicultural e internacional, com base na língua inglesa. Afinal, essa é a mais importante língua franca usada em todo o planeta! Com isso, o aluno desenvolve habilidades de adaptabilidade, interpretação de textos, planejamento, criatividade, resolução de problemas, entre outros benefícios, que os tornam mais completos para os desafios que certamente enfrentarão”, complementa Ivonne Muniz.

Certificações internacionais

 Muitas escolas bilíngues têm investido em currículos especializados e inovadores, materiais didáticos de alta qualidade, certificações internacionais e parcerias com instituições estrangeiras para garantir a qualidade e a reputação de seus programas. Segundo o educador Angel Higueira, a EDF foi reacreditada internacionalmente pela Cognia em 2023. “Este reconhecimento garante que os alunos recebam uma educação bilíngue alinhada com as melhores práticas globais, cujo o foco não é apenas aprender uma segunda língua, mas integrar Programas Nacionais e Internacionais, que tragam familiaridade com diferentes culturas e perspectivas. Com isso, os estudantes, que optam por estudar no exterior, podem adentrar com mais facilidade em escolas ou universidades do mundo todo devido a essa chancela”, explica.

Ele esclarece que esse selo é dado pela empresa, cujo nome é o mesmo da certificação, Cognia e que, a instituição internacional não governamental, é dos Estados Unidos e atende mais de 80 países, servindo mais de 25 milhões de estudantes e um milhão de educadores ao redor do mundo. “A acreditação é um reconhecimento de que tudo que é desenvolvido dentro da escola é feito com excelência, para proporcionar o melhor na educação aos estudantes. Para receber essa chancela, a escola é vistoriada periodicamente por especialistas em ensino, de outras escolas americanas, que foram treinados para aferir o trabalho educacional, conferindo todo o material e verificando as evidências do desenvolvimento educativo, constatando se estamos seguindo os padrões de uma abordagem inovadora e eficaz, preparando os alunos para um mundo cada vez mais globalizado”, destaca.

Angel Higueira salienta que, a acreditação tem dois propósitos fundamentais: assegurar a qualidade do que a escola oferece e dar assistência ao longo do processo de melhoria. “As visitas para certificação acontecem a cada dois anos e a Escola do Futuro já passa por esse processo desde 2015.  A acreditação acrescenta alguns modelos de qualidade dentro de algumas temáticas, que são: o crescimento, a aprendizagem, a cultura da aprendizagem e a liderança da aprendizagem. Em cada um deles descobrimos o que precisamos desenvolver ainda mais para progredir na educação acadêmica aos nossos estudantes”, explana. 

 

 

Qualidade de ensino

A educação bilíngue pode ser mais cara do que a educação tradicional, mas isso não tem intimidado as famílias, que pretendem dar às crianças e jovens uma formação.  Mas, os pais andam bem atentos quanto aos atributos do ensino, já que o aprendizado pode variar significativamente entre as instituições. Escolas, que ensinam dois idiomas, de alta qualidade geralmente possuem professores bem preparados e um currículo corretamente estruturado, enquanto outras podem enfrentar desafios em termos de recursos e formação.

 Portanto ao escolher uma escola bilíngue é importante verificar as certificações; o currículo educacional; a qualificação dos professores (se são fluentes); como a segunda língua é introduzida ao estudante; conheça a instituição pessoalmente; considere a cultura e o ambiente; avalie a logística; busque feedback de outros pais; considere a adaptação e o suporte ao novo aluno; converse com a equipe pedagógica e verifique se o método de ensino é equilibrado, quais são as formas de avaliação e se inclui uma abordagem holística ao desenvolvimento da criança ou jovem.

 Escolher uma escola bilíngue é um passo importante para o desenvolvimento linguístico e acadêmico do estudante, então vale a pena investir tempo na pesquisa e na avaliação das opções disponíveis. 

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Segurança

Como a tecnologia europeia de balizas está transformando o PTC e a segurança ferroviária nas Américas

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Divu
Divu

Por Wilson Ricardo Antunes*

Nas operações ferroviárias modernas, o desafio não é apenas mover toneladas, mas fazê-lo com segurança, confiabilidade e visibilidade operacional em ambientes complexos. No contexto norte-americano, sistemas como o Positive Train Control (PTC) representam um avanço significativo em automação e controle, especialmente em linhas principais com tráfego intenso. 

O Positive Train Control é um sistema de supervisão automática criado para reduzir falhas humanas em operações ferroviárias. Ele monitora a posição e a velocidade dos trens em tempo real por meio de dados de satélite, sensores e comunicação por rádio, intervindo quando há risco de colisão, rota incorreta ou excesso de velocidade. Adotado nos Estados Unidos após acidentes graves nos anos 2000, o PTC tornou-se um marco tecnológico do setor. Mesmo assim, sua precisão ainda depende de sinais de GPS e medições confiáveis, que podem falhar em pátios e áreas urbanas densas, exigindo operação manual temporária.

Entretanto, há um hiato crítico: nos pátios e terminais, onde os trens se dividem, reformam e cruzam em múltiplas vias, os sistemas tradicionais de rastreamento e atuação automática nem sempre têm precisão suficiente. É nesse cenário que a adoção da tecnologia de balizas, amplamente utilizada na Europa por meio do European Train Control System (ETCS), está ganhando espaço como componente essencial da nova geração do PTC.

O problema central está na geometria restrita e nas condições adversas dos pátios. Edifícios metálicos, múltiplas vias paralelas com separações mínimas inferiores a quatro metros e o ruído nos sinais de GPS ou de odometria tornam o posicionamento impreciso. Nesses casos, o sistema perde a confiança de saber em qual trilho o veículo está, limitando sua capacidade de atuar preventivamente. A baliza, dispositivo passivo instalado entre os trilhos com identificação única, oferece um ponto fixo de referência independente de clima ou obstruções, permitindo que a supervisão automática mantenha controle mesmo nas zonas mais densas.

Lacunas evidenciadas por acidentes reais
Para ilustrar a importância prática dessa falha, vale mencionar dois incidentes recentes.

Em fevereiro de 2018, um trem da Amtrak colidiu com um trem de carga da CSX Transportation em Cayce, Carolina do Sul, após uma chave permanecer na posição incorreta e desviar o trem de passageiros para uma via de manobra. O sistema de sinalização estava fora de operação, o que impediu a correção automática do erro humano.

Em abril de 2023, no pátio de Chico, Texas, um trem da Union Pacific Railroad foi direcionado por uma chave mal posicionada em uma zona sem sinalização para uma via ocupada, resultando em colisão e ferimentos graves.

Ambos os casos ocorreram em ambientes de manobra com múltiplas vias, sistemas de detecção limitados e forte dependência de protocolos manuais. São situações em que a ausência de um posicionamento absoluto, como o fornecido por balizas ou sensores de via, reduz a capacidade do sistema de controle de intervir antes que o erro humano produza consequências graves.

Um novo paradigma de integração
A proposta técnica é clara. O rastreamento via GPS e odometria deve ser mantido nas linhas principais, em que a separação entre vias e o ambiente aberto favorece essas tecnologias. Ao se aproximar de pátios ou terminais, o controle passa a ser reforçado por uma rede de balizas. A instalação de poucos dispositivos em pontos críticos permite identificar com precisão o trilho, eliminar ambiguidades e manter o controle automatizado em manobras de baixa velocidade ou operações complexas.

Essa abordagem híbrida, que combina o alcance dos sistemas PTC com a robustez local das balizas, não é apenas uma atualização incremental. Representa o fechamento de uma lacuna estrutural na segurança ferroviária e a consolidação de um sistema de controle verdadeiramente contínuo, do trecho principal ao pátio.

A modernização da segurança ferroviária não depende apenas de novas tecnologias, mas da integração eficiente entre elas. As balizas não substituem os sistemas existentes, mas os tornam mais confiáveis em ambientes em que o PTC tradicional se torna vulnerável. A implementação requer planejamento, diagnóstico detalhado das áreas críticas, integração de software e hardware e um programa sólido de manutenção e capacitação.

No Brasil, o uso combinado de PTC e balizas ainda está em estágio inicial, mas o tema vem ganhando atenção entre operadores de carga e gestores de infraestrutura. A malha ferroviária brasileira, marcada por trechos extensos e pátios com alto volume de manobras, reúne condições ideais para a aplicação de sistemas híbridos que integrem controle digital e referência física de posicionamento. A adoção gradual dessa tecnologia pode aumentar a disponibilidade operacional, reduzir custos de manutenção e fortalecer os padrões de segurança, especialmente em corredores logísticos ligados à mineração e ao agronegócio, onde a confiabilidade do transporte é fator decisivo para a competitividade.

Nos sistemas latino-americanos, em que muitos pátios ainda operam com visibilidade limitada e infraestrutura heterogênea, a combinação de PTC e balizas pode representar um salto significativo em eficiência e segurança operacional. O objetivo é simples, mas fundamental: garantir que cada trem saiba exatamente onde está e o que pode fazer, mesmo quando o sistema convencional deixa de enxergar.

*Wilson Ricardo Antunes é engenheiro mecatrônico formado pela Escola Politécnica da USP. Possui mais de 25 anos de experiência em tecnologia e automação, com atuação destacada em projetos de sinalização ferroviária, sistemas RFID e desenvolvimento de máquinas de chave. Atualmente, é Diretor da Unidade de Negócios na Intertech Rail, onde lidera iniciativas voltadas à inovação em segurança ferroviária e integração de sistemas de controle e comunicação.  

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