Zagueiro do Grêmio, por exemplo, fraturou a mão recentemente e passou por procedimento cirúrgico; Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) explica
Quando se fala em fraturas de membros superiores, logo se pensa em gesso como forma de tratamento para se recuperar da lesão. Algumas situações, no entanto, requerem cirurgia, como é o caso do zagueiro Walter Kannemann, do Grêmio, que sofreu uma fratura no 2° metacarpo da mão direita, durante uma partida. No último dia 30, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico, do qual se recupera.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Tufi Neder Filho, explica que as fraturas mais comuns nas mãos ocorrem nas falanges (dedos) e nos metacarpos (no meio da mão).
“Geralmente, as cirurgias são indicadas em situações específicas: fraturas desviadas e instáveis (alinhamos a fratura, mas não conseguimos manter com imobilização); aquelas onde os fragmentos são irredutíveis (não conseguimos alinhar); caso de múltiplas fraturas, fraturas expostas ou com lesão associada de um tendão ou nervo”, lista.
O tempo de recuperação para retorno das atividades vai depender da gravidade da fratura, das lesões associadas e de qual técnica de tratamento foi utilizada. “Pode variar de 3 a 6 meses, no entanto, há casos mais graves e mais complexos que necessitam de mais tempo para a reabilitação completa”, diz.
O presidente da SBCM lembra que, após o tratamento de uma fratura, pode haver rigidez de articulações próximas devido ao tempo de imobilidade e ao processo de cicatrização interna. “Para uma boa recuperação, é fundamental uma reabilitação bem orientada, muitas vezes com a ajuda de um terapeuta ocupacional”, conclui.