Educação
Qual a diferença da escola privada e particular?
A escolha de uma instituição de ensino para os filhos é uma das decisões mais importantes que os pais podem tomar. Nesse contexto, muitos se deparam com os termos “escola privada” e “escola particular”. Embora pareçam sinônimos, há nuances que diferenciam esses tipos de escolas. Compreender essas distinções é essencial para tomar uma decisão informada sobre a educação dos filhos.
Origem e administração
A primeira diferença a ser destacada entre escolas privadas e particulares está na origem e administração das instituições. Escolas privadas, de modo geral, são geridas por entidades sem fins lucrativos, como associações, fundações ou organizações religiosas. Essas instituições reinvestem qualquer excedente financeiro na própria escola, melhorando infraestruturas, capacitação de professores e recursos pedagógicos.
Por outro lado, escolas particulares são geridas por entidades com fins lucrativos. Isso significa que os proprietários ou acionistas dessas escolas visam um retorno financeiro sobre o investimento realizado. Essa busca por lucro não significa necessariamente uma queda na qualidade educacional, mas implica uma gestão voltada para a eficiência econômica e, por vezes, a maximização de lucros.
Foco educacional e metodologia
Outra diferença significativa entre escolas privadas e particulares reside no foco educacional e nas metodologias adotadas. Escolas privadas frequentemente possuem uma missão educacional clara e específica, que pode incluir princípios religiosos, filosóficos ou pedagógicos particulares. Por exemplo, escolas privadas religiosas podem incorporar valores e ensinamentos específicos em seu currículo, enquanto escolas Waldorf ou Montessori focam em abordagens pedagógicas alternativas.
Em contraste, escolas particulares geralmente oferecem um currículo mais padronizado, alinhado com as diretrizes educacionais nacionais. Isso não impede que muitas dessas escolas inovem em suas abordagens pedagógicas, mas seu foco tende a ser mais abrangente e comercialmente viável, atraindo um público diverso.
Corpo docente e capacitação
O corpo docente é outro ponto onde podemos observar diferenças marcantes. Escolas privadas, devido ao seu caráter não lucrativo, podem investir significativamente na capacitação contínua de seus professores. Esses investimentos visam manter um alto padrão educacional, alinhado com a missão e os valores da instituição. Ainda, essas escolas podem atrair professores altamente qualificados, oferecendo um ambiente de trabalho que valoriza a pedagogia e o desenvolvimento profissional.
Já nas escolas particulares, a contratação de professores pode ser orientada pela busca de eficiência e resultados imediatos. Embora muitas dessas escolas também invistam na capacitação docente, a pressão por resultados financeiros pode limitar esses investimentos. No entanto, muitas escolas particulares de prestígio conseguem equilibrar esses aspectos, oferecendo tanto qualidade educacional quanto retornos financeiros satisfatórios.
Infraestrutura e recursos
A infraestrutura e os recursos disponíveis para os alunos são aspectos cruciais na distinção entre escolas privadas e particulares. Escolas privadas, especialmente as bem-estabelecidas, costumam oferecer instalações de alta qualidade, como laboratórios bem equipados, bibliotecas extensas, instalações esportivas e espaços culturais. Esses recursos são frequentemente resultado do reinvestimento dos excedentes financeiros e de doações de ex-alunos e instituições parceiras.
Em comparação, escolas particulares também podem oferecer infraestruturas impressionantes, especialmente aquelas que cobram mensalidades elevadas. A diferença, no entanto, pode residir na forma como os recursos são alocados. Escolas particulares podem buscar parcerias comerciais e patrocínios para financiar suas instalações, enquanto escolas privadas dependem mais de doações e reinvestimento interno.
Participação dos pais e comunidade
A participação dos pais e da comunidade escolar também varia entre escolas privadas e particulares. Escolas privadas, devido ao seu caráter comunitário ou religioso, frequentemente incentivam uma maior participação dos pais nas atividades escolares e na tomada de decisões. Isso pode criar um ambiente escolar mais coeso e colaborativo, onde a educação é vista como uma responsabilidade compartilhada entre a escola e as famílias.
Escolas particulares, por outro lado, podem ter uma abordagem mais formalizada na relação com os pais, tratando-os como clientes. Isso não impede que haja uma comunicação ativa e envolvimento dos pais, mas a dinâmica tende a ser mais estruturada e menos comunitária. No entanto, muitas escolas particulares de prestígio reconhecem a importância do engajamento dos pais e desenvolvem programas específicos para incentivá-lo.
Custos e acessibilidade
Um dos aspectos mais discutidos quando se fala em escolas privadas e particulares é o custo. Escolas privadas, dependendo de sua missão e estrutura de financiamento, podem oferecer bolsas de estudo e assistência financeira para alunos de diferentes origens econômicas. Isso visa promover a diversidade e a inclusão, garantindo que uma educação de qualidade esteja acessível a um público mais amplo.
Em contrapartida, escolas particulares, focadas em lucro, podem ter mensalidades mais altas e um menor número de bolsas de estudo. Isso pode restringir o acesso a essas escolas a famílias com maior poder aquisitivo. No entanto, algumas escolas particulares desenvolvem programas de inclusão para atrair alunos talentosos de diferentes origens socioeconômicas.
Resultados acadêmicos
Quanto aos resultados acadêmicos, tanto escolas privadas quanto particulares podem se destacar. Escolas privadas, com seu foco em missões específicas e investimentos contínuos em recursos e capacitação docente, frequentemente apresentam resultados acima da média. Sua abordagem personalizada e valores educacionais claros podem contribuir para um ambiente de aprendizado robusto e estimulante.
Escolas particulares também podem alcançar altos níveis de desempenho acadêmico, especialmente aquelas que cobram mensalidades elevadas e investem em recursos de ponta. A pressão por resultados financeiros pode, em alguns casos, levar a uma abordagem mais intensiva na preparação dos alunos para exames e vestibulares, o que pode resultar em altos índices de aprovação.
Para muitas famílias, a localização da escola é um fator crucial na decisão. Encontrar uma resposta para dúvidas frequentes, como: “escola particular perto de mim” pode oferecer conveniência e segurança, além de possibilitar uma maior integração da criança com a comunidade local. Essa proximidade facilita a logística diária e permite uma participação mais ativa dos pais nas atividades escolares.
A distinção entre escolas privadas e particulares vai além de meros termos. Compreender essas diferenças permite que os pais escolham a melhor instituição de ensino para seus filhos, levando em consideração fatores como missão educacional, infraestrutura, corpo docente e acessibilidade financeira. Tanto escolas privadas quanto particulares têm seus pontos fortes e desafios, e a escolha ideal dependerá das necessidades e valores específicos de cada família.
É essencial, portanto, que os pais realizem uma pesquisa detalhada e visitem as escolas em consideração. Conversar com outros pais, professores e administradores pode fornecer insights valiosos sobre o ambiente escolar e a filosofia educacional de cada instituição. Assim, a decisão será baseada em informações completas e na certeza de que estão oferecendo a melhor educação possível para seus filhos.
Educação
Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje
Termina nesta sexta-feira (7), às 18 horas (horário de Brasília), o período de inscrições para o vestibular indígena 2026 da Universidade de Brasília (UnB).

As inscrições dos candidatos indígenas devem ser feitas exclusivamente pelo meio virtual, direto no site específico do vestibular do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
O vestibular indígena é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UnB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A iniciativa tem o objetivo de promover o acesso deste público ao ensino superior.
As vagas deste processo seletivo são destinadas a quem busca o primeiro curso de graduação ou para quem nunca terminou um curso superior.
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Quem pode se inscrever
O processo seletivo é destinado a selecionar exclusivamente candidatos indígenas que tenham cursado ou estejam cursando o ensino médio integralmente em escolas da rede pública.
Nos casos de candidatos que cursaram ou cursam o ensino médio na rede privada de ensino é necessário comprovar que o estudante foi beneficiado por uma bolsa de estudos integral ou parcial de, no mínimo, 50%.
Os candidatos que necessitarem de atendimento especializado ou desejarem usar o nome social devem sinalizar as respectivas opções no momento da inscrição.
Somente será permitida uma inscrição por Cadastro de Pessoa Física (CPF). O candidato que tiver concluído curso superior não poderá participar, em hipótese alguma, do vestibular, sob pena de imediata eliminação.
Por isso, no sistema de inscrição, o candidato deverá declarar que não concluiu a graduação em uma instituição de ensino superior.
Vagas
Ao todo, são 154 vagas em mais de 40 cursos de graduação oferecidos pela UnB, no primeiro e no segundo semestres de 2026. As vagas estão distribuídas nos campi Darcy Ribeiro (Asa Norte), Ceilândia, Planaltina e Gama, todos no Distrito Federal.
Os cursos de graduação são para cursos de bacharelado e licenciaturas nos turnos diurno e noturno. Entre eles, administração; engenharias mecânica, aeroespacial, automotiva e eletrônica; nutrição; psicologia; gestão de agronegócios; e saúde coletiva.
Confira aqui a lista de cursos e as respectivas vagas oferecidas no próximo ano letivo por turno.
Seleção
A seleção para ingresso nos cursos de graduação oferecidos pela UnB abrange as seguintes fases, de responsabilidade do Cebraspe:
- aplicação das provas objetiva e de redação em língua portuguesa, no dia 7 de dezembro, de caráter eliminatório e classificatório;
- avaliação de documentação e entrevista pessoal, de caráter eliminatório, de 8 a 10 dezembro;
Apesar das vagas serem oferecidas no Distrito Federal, as seleções serão realizadas nas seguintes localidades: Boa Vista (RR); São Gabriel da Cachoeira (AM); Tabatinga (AM); Brasília (DF); Canarana (MT); Cabrobó (PE), na Aldeia Sabonete – Escola Estadual Indígena Capitão Dena; e São Sebastião (AL), na Aldeia Karapotó Terra Nova.
O candidato deve também enviar documentos para a homologação da inscrição e anexar uma fotografia individual, tirada até seis meses anteriores à inscrição, em que necessariamente apareça a cabeça descoberta e os ombros do candidato.
Se a fotografia não obedecer às especificações do edital, o candidato poderá passar por uma identificação especial, no dia de aplicação das provas.
Educação
CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR
O CurtaENEM encerra seu ciclo 2025 no Museu de Arte do Rio (MAR), no dia 08 de novembro, das 13h às 17h, com transmissão ao vivo gratuita pelo YouTube do CurtaEducação. O evento, que integra as ações do Mês da Consciência Negra, tem como tema “O Audiovisual como Ferramenta Antirracista” e reunirá professores, artistas e pesquisadores para uma tarde de formação, debate e celebração, com exibição de filmes, performances e o lançamento da nova ação: “Sua Aula no Cinema” — uma oportunidade única para educadores de todo o Brasil. O evento propõe uma reflexão sobre o papel do cinema na implementação da Lei 10.639/03, que determina o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas.
Mais do que um encerramento simbólico, o encontro será um espaço de troca, escuta e valorização docente que têm usado o audiovisual como instrumento pedagógico e político. Entre os convidados estão o professor e especialista em temáticas afro-diaspóricas Fábio Conceição, a poeta, compositora e atriz Carol Dall Farra e o cineasta e produtor cultural Dom Filó, fundador da CULTNE, o maior acervo virtual de cultura negra da América Latina e a mediação ficará por conta de Katia Montinelli, coordenadora pedagógica do CurtaEducação.
“Sua Aula no Cinema”: nova oportunidade para educadores
O evento também marca o lançamento oficial de uma ação inédita: “Sua Aula no Cinema”. Três professores que estiverem presentes no evento de 08 de novembro serão selecionados para ministrar suas próprias aulas em sessões de cinema, com suas turmas, ainda neste ano.
Cada educador contemplado receberá R$ 2.000,00 para planejamento, execução da aula e compartilhamento de um relato de experiência no site, tendo sua prática valorizada e colaborando com uma comunidade nacional de educadores; sessão exclusiva de cinema com transporte, pipoca e lanche para os estudantes; registro audiovisual profissional da experiência, que fará parte da série Aulas no Cinema – CurtaENEM. O prazo para envio dos planos é até 12 de novembro e mais informações no site https://curtaenem.org.br/noticias/encerramento-curtaenem-2025
“É uma oportunidade única para transformar o encerramento do ano letivo em um momento de celebração, pertencimento e reconhecimento profissional — levando os alunos para o cinema e colocando o professor no centro da cena”, comenta Katia.
Jonathan Neguebites e Vitorinha Destemida – dupla do duelo de passinho – encerram o evento e reforçam o compromisso do CurtaENEM com uma educação plural e antirracista.
Encerramento CurtaENEM 2025 – O audiovisual como ferramenta antirracista
Local: Museu de Arte do Rio (MAR) – Praça Mauá, 05 – Centro – Rio de Janeiro
Data e horário: 08 de novembro de 2025, das 13h às 17h
Transmissão ao vivo gratuita no YouTube no CurtaEducação
Convidados: Fábio Conceição, Dom Filó, Carol Dall Farra e Jonathan Neguebites e Vitorinha Destemida
Informações e inscrições: https://curtaenem.org.br/noticias/encerramento-curtaenem-2025
Gratuito
Obs: Senhas antecipadas para os inscritos no CurtaENEM ou que participaram dos eventos anteriores ou fazem parte do grupo no whattapp. E senha 30 minutos antes para os demais que queiram participar.
Educação
Quais os temas de redação mais pesquisados no Google para o Enem 2025?
Dados do Google Brasil indicam que temas ligados a cidadania e diversidade seguem entre os mais procurados por futuros candidatos
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ao todo, o Enem 2025 registrou 4,81 milhões de inscritos confirmados. E à medida que a data se aproxima, cresce a mobilização entre estudantes em busca de estratégias para conquistar uma boa nota na prova.
De acordo com levantamento realizado pelo programa de bolsas de estudo Educa Mais, com base em dados do Google Brasil de 2025, as pesquisas por “tema de redação” tiveram um salto expressivo nas semanas que antecedem o exame, reflexo da importância que a produção textual tem no resultado final.
Entre os assuntos mais procurados, estão temas sociais e contemporâneos, que dialogam com as principais discussões da atualidade e costumam aparecer nas propostas do Enem. A pesquisa mostra que expressões como “redação sobre racismo” e “redação sobre saúde mental” lideram o ranking, com 5.300 e 3.000 buscas mensais, respectivamente.
Os temas de redação mais pesquisados em 2025
O levantamento do Educa Mais, feito entre janeiro e outubro de 2025, identificou os 15 tópicos mais buscados pelos estudantes que se preparam para o Enem.

De acordo com o professor de redação Bruno Cruz, em entrevista ao G1, esses assuntos refletem tendências sociais e educacionais, temas recorrentes na prova. “Tudo que é vivência, tudo que é debate social pode ser um recorte, pode ser um assunto trabalhado no Enem”, explica o professor, reforçando que o exame costuma abordar temas com relevância pública e potencial de reflexão cidadã.
Possíveis temas de redação do Enem 2025
Embora o tema oficial da redação só seja revelado no dia da prova, é possível identificar padrões a partir dos últimos anos. Desde 2010, o Enem tem priorizado assuntos relacionados a direitos humanos, cidadania, diversidade e inclusão.
Em 2023, por exemplo, o tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, enquanto em 2022 abordou “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.
Para 2025, especialistas apostam que a redação pode girar em torno de educação digital, saúde mental entre jovens, combate à desinformação ou impactos da inteligência artificial na sociedade. Esses tópicos, segundo o portal Brasil Escola, aparecem com frequência nos debates escolares e refletem desafios contemporâneos do país.
Como se preparar para a redação do Enem
A estrutura da redação do Enem exige que o estudante desenvolva um texto dissertativo-argumentativo em até 30 linhas, apresentando tese clara, argumentos consistentes e proposta de intervenção.
Algumas estratégias de estudo podem ajudar na preparação, como:
- Ler editoriais e artigos de opinião: amplia o repertório sociocultural e ajuda a estruturar argumentos.
- Analisar temas de anos anteriores: compreender o padrão de abordagem facilita identificar tendências.
- Treinar com cronometragem: simular o tempo de prova contribui para o controle emocional e de ritmo.
- Fazer um teste vocacional: entender suas áreas de interesse pode direcionar melhor o estudo e aliviar a ansiedade na escolha profissional pós-Enem.
O que é o teste vocacional e como pode ajudar?
O teste vocacional é uma ferramenta que ajuda estudantes a compreenderem melhor suas habilidades, interesses e valores profissionais. Por meio de questionários e análises de perfil, ele identifica áreas de conhecimento e possíveis carreiras que se alinham à personalidade e às aptidões do participante.
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