Mais de 700 crianças e adolescentes provenientes de áreas com alto índice de vulnerabilidade social em Fortaleza encontraram uma nova perspectiva de vida ao participarem do programa “Surf Resgatando Sonhos”, realizado nas praias da capital. Meninos e meninas das comunidades da Barra do Ceará, Leste Oeste e Titanzinho foram os protagonistas da temporada 2023/24 deste projeto, que já impactou positivamente mais de 1500 pessoas.
Encerrando sua mais recente temporada em janeiro, o projeto ofereceu oito turmas diárias, das 8h às 17h, onde cada aluno desfrutou de acompanhamento duas vezes por semana em aulas de uma hora de duração. Além das sessões de surf, foram promovidas, junto à comunidade, oficinas mensais focadas em sustentabilidade, incluindo a a implementação de hortas comunitárias, pintura bueiros e diversas outras iniciativas que estimularam a participação coletiva e transformadora do entorno das comunidades atendidas pelo projeto.
“Comunidades afetadas pela violência, mas que possuem acesso próximo à praia, oferecem um ambiente propício para afastar crianças e jovens da criminalidade, ao mesmo tempo que abrem portas para o surgimento de novos talentos no surf. A escolha dessa modalidade para o projeto se deve à escassez de oportunidades de acesso ao esporte nessas regiões, e isso só se tornou viável graças ao patrocínio da ENEL, através da Lei de Incentivo ao Esporte do Estado do Ceará”, destaca Caroline Teles, profissional de Educação Física e coordenadora do programa.
Após três ciclos de atendimento, o projeto já celebra casos de crianças que ingressaram como iniciantes e hoje se destacam como atletas em âmbito regional e nacional. Os resultados vão além dos pódios de campeonatos, abrangendo histórias de superação, como o retorno aos estudos, a vitória sobre a depressão e a mudança de perspectivas de futuro. O maior objetivo, enfatiza Caroline, é promover a integração social com responsabilidade ambiental e educacional por meio do surf. “Nosso propósito é resgatar sonhos, promover bem-estar e melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo em que contribuímos para a redução da criminalidade e da evasão escolar nessas comunidades.”
