As atividades integram, esporte, meio ambiente e educação, conntribuindo para a diminuição da evasão escolar na comunidade
Crianças e adolescentes de comunidades em situação de vulnerabilidade social localizadas na praia do Cumbuco, em Caucaia, no litoral oeste do Ceará, estão tendo a oportunidade, pela primeira vez, de praticar o kitesurf, com aulas gratuitas por meio do projeto Kitesurf Integra, que teve sua nova temporada lançada nesta quinta-feira, 27. Para participar das atividades é necessário ter entre 8 e 16 anos e estar regularmente matriculado na escola.
De acordo com Caroline Teles, profissional de educação física e coordenadora do projeto, o objetivo é permitir que as crianças e adolescentes dessas localidades tenham a oportunidade de aprender o kitesurf, considerado um esporte de difícil acesso, em razão do alto custo dos equipamentos. “O Ceará é considerado a meca mundial do kitesurf e atrai atletas do mundo inteiro que vem desfrutar das condições naturais do nosso litoral, principalmente, do Cumbuco. Por outro lado, a maior parte das crianças da região nunca teve acesso ao esporte. Aqui, disponibilizamos material e equipamentos de ponta, e também profissionais capacitados para garantir o suporte e a segurança durante as aulas”, disse Caroline.
Além das aulas de kite, realizadas de segunda a quinta, o projeto oferece plantões pedagógicos semanais com reforço escolar para os participantes e ainda ações mensais sobre consciência ambiental e sustentabilidade. Em sua primeira temporada, realizada em 2022, o projeto Kitesurf Integra, atendeu cerca de 350 crianças e adolescentes.
Alguns desses meninos e meninas, explica Caroline, mesmo tendo iniciado no kite por meio do projeto, já tiveram oportunidade de participar do último recorde mundial certificado pelo Guiness World Records na praia do Cumbuco, em 2022, com 884 kitesurfistas velejando ao mesmo tempo. “Mas, apesar desse grande feito, nosso papel vai muito além da prática do kite em si. O objetivo é promover, a partir desse esporte, uma integração social que transforme a realidade dos nossos alunos, contribuindo para a diminuição da evasão escolar e da vulnerabilidade das comunidades onde eles estão inseridos”, disse.