O Instituto Territórios Diversos, por meio do Projeto Cinecult Jovem, realizará uma nova edição do Cineclube, no próximo sábado (21/09), às 17h, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Esta sessão contará com a presença do aclamado diretor e roteirista, Luiz Eduardo Ozório para um debate após a exibição do seu filme ‘Doidos de Pedra – O Paraíso Ameaçado’, de 2019.
O documentário denuncia o avanço da devastação e poluição na região carioca Pedra de Guaratiba. Uma colônia de pescadores que começou a ser habitada, a partir dos anos 60, também por inúmeros artistas plásticos, poetas, escritores e músicos de todos os gêneros. Um paraíso ecológico e cultural que sofre, há quatro décadas, com um grave crime ambiental em seu manguezal e sua baía.
Fundado pela professora Elizabeth Manja, o Instituto Territórios Diversos é uma associação cultural sem fins lucrativos e certificada como Ponto de Cultura Carioca pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
Há mais de 7 anos atuando na comunidade Nova Sepetiba, em Sepetiba, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, teve início marcado como um coletivo cultural e tornou-se uma entidade formalizada em fevereiro de 2016.
O Instituto Territórios Diversos promove ações voltadas para a cultura, por meio de atividades socioculturais e socioeducativas, através de projetos, oficinas e eventos, que destacam diversas linguagens artísticas, sendo a leitura o foco principal da associação.
Neste espaço de democratização cultural, adolescentes e jovens negros, além do público infantil e em geral, aprendem sobre o combate à descriminação negativa, sempre por meio de ações, eventos, espaços de debates, oficinas, trocas de saberes e manifestações multiculturais. Tudo isso com o objetivo principal de promover mais educação, cidadania, transformação, inclusão social e equidade de oportunidades.
Entre os anos de 2016 e 2023, a associação recebeu mais de 10 prêmios e reconhecimentos. Entre eles, o prêmio Diploma Heloneida Studart de Cultura, entregue pela ALERJ, por seu destaque na contribuição ao desenvolvimento da cultura no Estado do Rio de Janeiro e o Prêmio Ubuntu de Cultura Negra, na categoria Movimentos Culturais pela idealização do Instituto Territórios Diversos, ambos entregues à idealizadora Elizabeth Manja.
Fundadora do Instituto Territórios Diversos, a escritora, poeta e professora Elizabeth Manja destacou a importância da criação do Instituto para a região de Sepetiba e relembrou a criação do Projeto Cinecult.
“A motivação para a criação do Instituto foi a ausência de projetos culturais em Sepetiba, sobretudo projetos voltados para a Literatura. Enquanto escritora, poeta e professora de língua portuguesa e literaturas, circulava toda a cidade para participar de rodas de poesia, saraus, congressos e sentia a necessidade de ter essas coisas também acontecendo no meu bairro. Via sempre na praça do skate em Sepetiba muitos jovens circulando, inclusive meu filho, na época adolescente ainda, sem ter uma atividade cultural concreta acontecendo, então foi ali que resolvi realizar uma primeira ação poética com leitura de poesias. A coisa tomou fôlego e logo os encontros estavam repletos de pessoas, jovens levando violão, suas composições, poetas declamando suas poesias e foi assim que começou tudo, numa pracinha pública até chegar nesse potente centro cultural que é o Instituto Territórios Diversos. Além de atividades literárias, também oferece atividades de outras linguagens: exposições, teatro, música, dança, cinema entre outras. A partir do Instituto surgiu o Cinecult, que acontece desde 2017, em Sepetiba, e foi criado a partir da ideia do jovem cinéfilo, amante do cinema, Kevin Manja, que integra a equipe do Territórios Diversos. O jovem quis proporcionar às pessoas a oportunidade de poderem assistir filmes em uma telona e bater papo após a exibição”, explicou Elizabeth.
Em 2024 o Instituto lançou uma nova versão do Projeto Cinecult Jovem, intitulado “Territórios em luz, câmera e ação”, que teve estreia no mês de Junho, sendo uma escola pública o local escolhido para o debute de exibição que contou com o filme ” Como é Ser Negro no Brasil?”, de Lucas Peçanha e Giovanna Nascimento, com produção Artifex, e presença do professor e pesquisador de cinema negro Bruno Penedo. Já em Julho exibiu em sua própria sede o filme ‘Abolição’, de Zozimo Bulbul, que após contou com um debate com o fotógrafo e professor Vantoen Pereira Júnior, sobrinho de Zózimo. Em Agosto também já estiveram presentes exibindo seus filmes e participando do debate o cineasta Clementino Júnior, filho da atriz Chica Xavier e o roteirista e diretor Paulo Silva. O objetivo é que aconteça uma sessão por mês até dezembro de 2024.
O Projeto Cinecult promove exibições, seguidas por debate, além de uma oficina de introdução audiovisual , chamada de ‘Labcura’, laboratório audiovisual e de curadoria para Cineclube.
É importante frisar que o Instituto Territórios Diversos conta com o apoio da Riofilme e Secretária Municipal de Cultura do Rio, por meio do patrocínio da Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura.
Sobre o Cineasta convidado Luiz Eduardo Ozório
Há mais de 30 anos atuando na área de publicidade como diretor de arte, Luiz Eduardo Ozório é responsável pela criação de inúmeras campanhas publicitárias premiadas no Brasil e no exterior. Além de produzir e dirigir filmes de cunho social. Vale lembrar que no ano de 2014, Luiz venceu o Festival de Cannes.
Luiz Eduardo Ozório, já atuou como diretor de arte em diversos filmes como, “Solteira quase surtando”; também escreveu, produziu e dirigiu o longa-metragem documental “Doidos de Pedra – O paraíso ameaçado”, que foi a seleção oficial por 20 festivais no mundo, além de vencer de seis prêmios, sendo quatro deles na categoria melhor documentário.
Atualmente, Ozório está produzindo novos projetos que se encontram em diversos estágios. Entre eles, o seu novo longa-metragem documental, “O Cravista”, que contará a vida e a obra do maestro e cravista, Roberto de Regina
Sobre o documentário:
Um paraíso esquecido, uma gente doida por arte, um santuário ameaçado. O documentário ‘Doidos de Pedra – o paraíso ameaçado’, tem o objetivo de denunciar o avanço da devastação e poluição na região carioca, Pedras de Guaratiba. Essa colônia de pescadores começou a ser habitada, a partir dos anos 60, também por inúmeros artistas plásticos, poetas, escritores e músicos de todos os gêneros.
Um paraíso ecológico e cultural que sofre, há quatro décadas, com um grave crime ambiental em seu manguezal e sua baía.
Serviço:
O documentário Doidos de Pedra – O Paraíso Ameaçado será exibido no sábado, dia 21/09, no Instituto Território Diversos – Estrada de Sepetiba, s/n, Av 2, n°17. Sepetiba.
Horário: 18h
Evento Gratuito