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Programa Reeducandos do Grupo Pereira promove a reinserção social de presos por meio do trabalho

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Programa do Grupo Pereira beneficia apenados do sistema carcerário através da capacitação profissional – Foto: Agência Brasil
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O desafio de conseguir um emprego com carteira assinada é ainda maior para quem sai do sistema prisional. Reconhecendo essa realidade, o Grupo Pereira, sétimo maior grupo supermercadista do país, criou há 10 anos o Programa Reeducandos, que tem sido uma ponte para a inclusão e reinserção social de ex-presidiários por meio do trabalho. Na última terça-feira, 5 de março, o projeto ganhou expansão com a inauguração da Central de Manutenção de Carrinhos no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal (DF), fruto de uma parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP).

Com a nova Central de Manutenção de Carrinhos em atividade na Papuda, 6 (seis) apenados do regime semiaberto atuam nos reparos e reformas dos carrinhos das lojas das redes Fort Atacadista e Supermercados Comper, do Grupo Pereira.

“Quem sai do sistema prisional precisa lidar com o preconceito que tende a rejeitar e a excluir as pessoas que cometeram algum tipo de crime, o que inviabiliza qualquer tipo de ressocialização fora da prisão. Esta iniciativa não apenas oferece emprego, mas também abre caminhos para uma reintegração efetiva na sociedade, transformando vidas e promovendo uma real mudança de perspectiva para aqueles em busca de uma segunda chance”, conta Paulo Nogueira, diretor de Gente & Gestão do Grupo Pereira.

Para a Diretora-Executiva da FUNAP, Dra. Deuselita Martins, “esta parceria destaca o papel crucial que o trabalho desempenha na ressocialização e reintegração de indivíduos privados de liberdade, promovendo uma sociedade justa e inclusiva. Dentro de um sistema complexo de punições e recompensas, o trabalho pode ser uma das recompensas mais importantes que o preso pode receber”.

Eduardo Cesar Alves da Silva é um dos reeducandos recém-admitidos na nova Central de Carrinhos da Papuda. Réu primário, o projeto representa uma nova forma de esperança para a sua vida pessoal e profissional. “Essa é uma iniciativa que nos dá um recomeço de vida. Não é porque a gente errou uma vez, que vai errar novamente. Essa oportunidade que eles estão me dando é muito importante. Eu sou réu primário, estou voltando para a sociedade e pretendo nunca mais retornar para esse lugar [o presídio]”, afirmou Eduardo durante o evento de inauguração da Central.

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Central de Manutenção de Carrinhos inaugurada no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal (DF) – Foto: Agência Brasil

Mais sobre o programa

Desde a sua criação, em 2014, mais de 600 pessoas já passaram pelo programa. Atualmente, 110 apenados fazem parte do projeto no estado do Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, e o impacto vai além das contratações iniciais. Cerca de 50 pessoas, após passarem pelo Reeducandos e cumprirem suas penas com a Justiça, foram contratados pelo Grupo Pereira, sendo que alguns, dados seus desempenhos, foram promovidos e hoje ocupam cargos de liderança.

É o caso de Gustavo Andrade Gusmão, de 38 anos, que foi condenado a oito anos de prisão em 2014, e teve a chance de mudar essa realidade em 2019, quando se candidatou para trabalhar no Fort Atacadista. Na época, Gustavo, que estava cumprindo a pena em regime semiaberto no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, no Mato Grosso do Sul, começou a trabalhar no Fort Atacadista na área de descarga de mercadorias e reposição dos produtos. Após meses de dedicação e muito trabalho, estimulado por sua gerente, voltou à escola. Ao terminar o Ensino Médio, Gustavo se matriculou na faculdade de Administração e, hoje, ocupa um cargo de gestão – ele é responsável por uma equipe de reposição. Pai de uma menina de sete anos, Gustavo projeta um futuro ainda melhor. “Quero ser encarregado operacional, subgerente da loja, ou até o futuro diretor da empresa. Esses são meus sonhos, meus planos de carreira”, conta.

Reeducandos em Santa Catarina

A intenção do Grupo Pereira é levar o Programa para todos os outros cinco estados onde o Grupo está presente. De acordo com Simone Cotta, Gerente de Comunicação Corporativa e ESG do Grupo Pereira, a perspectiva é de, ainda neste ano, expandir o Reeducandos para os estados do Mato Grosso e Santa Catarina.

“Ao promover a reinserção social de apenados através do Reeducandos, o Grupo Pereira reafirma seu compromisso com a responsabilidade social e a transformação positiva da sociedade. Com mais de 600 beneficiados nos estados do Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, estamos entusiasmados em expandir esse importante projeto para Santa Catarina e outros estados onde o Grupo atua. Estamos comprometidos em proporcionar oportunidades de ressignificação e reintegração, contribuindo assim para um futuro mais justo e inclusivo para todos”, afirma Simone Cotta.

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