Cinema
Premiado em Veneza, o Drama LGBTQIA+ “Lobo e cão” estreia dia 7 de setembro nos cinemas pela Filmicca
O filme é dirigido pela portuguesa Cláudia Varejão e recebeu da diretora Céline Sciamma o prêmio de melhor filme na Jornada dos Autores do Festival de Veneza
Estreia no dia 7 de setembro nos cinemas do país, “Lobo e Cão” – primeiro longa de ficção da célebre diretora portuguesa Cláudia Varejão. O drama LGBTQIA+ recebeu o prêmio de Melhor Filme da mostra Jornada dos Autores, do Festival de Veneza, em um júri presidido por Céline Sciamma.
O filme narra a história de Ana – que nasceu em São Miguel, uma ilha no meio do Oceano Atlântico marcada pela religião e pelas tradições. É a filha do meio de três irmãos que vivem com a mãe e a avó. Ana percebeu cedo que as garotas têm tarefas distintas dos rapazes. Através da sua amizade com Luís, seu melhor amigo queer, que gosta tanto de vestidos quanto de calças, Ana questiona o mundo como foi lhe prometido. Quando sua amiga Cloé chega do Canadá, trazendo com ela os dias brilhantes da juventude, Ana embarca numa viagem que a levará a atravessar a linha do horizonte.
Com distribuição da Filmicca, “Lobo e Cão” foi assim descrito por Céline Sciamma e o Júri da mostra Jornada dos Autores, do Festival de Veneza 2022: “O mundo imersivo criado no filme nos envolveu no assunto importante, apresentando os personagens queer como eles são em seu espaço seguro. Descobrimos que os elementos de documentário contribuíram para a eficácia e autenticidade da narrativa. O júri também apreciou o fato de o filme não agradar ao espectador em sua representação franca, honesta e impactante de uma comunidade queer coesa. Nós, como júri, achamos que a mensagem desta história é extremamente importante e é um prazer conceder este prêmio ao merecido filme de Cláudia Varejão”.
O longa – que em outubro também estará disponível no streaming da Filmicca, é uma ode encantadora à comunidade LGBTQIA+ da ilha, com um brilho crepuscular que atravessa o imenso Oceano Atlântico O filme contou com a colaboração da escritora brasileira Leda Cartum no roteiro.

O QUE A IMPRENSA INTERNACIONAL ESTA FALANDO SOBRE O FILME
“Explora a dicotomia entre expetativas e ambições, numa busca incansável mas nunca gratuita de encontrar espaço para outras formas de ser, viver e existir.” Jorge Pereira Rosa, C7NEMA
“Nesta vertigem de contar histórias, onde jovens atores encenam a própria vida ou a sonham maior, Cláudia Varejão reinventa o filme adolescente queer, sem roteiro. Os estados de amor estão lá. E identidades flutuam como redes no mar.” Cl. F., Le Monde
“Um filme absolutamente essencial, do qual é impossível sair da mesma forma que se entrou.” Cátia Santos, Cinema Sétima Arte
“Combinando intensidade e graça, a cineasta portuguesa Cláudia Varejão segue o futuro a ser inventado por adolescentes açorianos, entre tradições familiares e comunidade LGBTQIA+.” Luc Chessel, Libération
“Áspera como Pialat, evanescente como Jarman.” Xavier Leherpeur, L’Obs
“Entre o documentário e a ficção, o filme é visto como um fascinante e melancólico mergulho na vida de uma jovem em busca de sua identidade.” Margherita Gera, Les Fiches du Cinéma
“Maravilhosamente filmado por Rui Xavier, LOBO E CÃO parece uma narrativa observacional que eventualmente transcende um senso de neorrealismo para algo mais sublime.” Nicholas Bell, IONCINEMA.com
“A cineasta portuguesa Cláudia Varejão apresenta um longa-metragem poderoso e onírico, um retrato intransigente de uma geração que luta para existir.” Muriel Del Don, Cineuropa
“É um belo filme repleto de imagens impressionantes e abundância de emoção, que trabalha em conjunto com a imensa arte para criar algo verdadeiramente especial.” Matthew Joseph Jenner, International Cinephile Society
“Captura perfeitamente a pressa e a ambiguidade da vida adolescente.” Jennie Kermode, Eye for Film
“A realizadora portuense trabalhou com atores não profissionais para criar a sua primeira ficção. Uma história de “coming of age”, com o amor e a ilha de São Miguel como personagens principais.” André Almeida Santos, Observador
EQUIPE E ELENCO
Direção e Roteiro: Cláudia Varejão
Elenco: Ana Cabral, Ruben Pimenta, Cristiana Branquinho, Marlene Cordeiro, João Tavares, Nuno Ferreira
Direção de Fotografia: Rui Xavier
Colaboração no Roteiro: Leda Cartum
Editor: João Braz
Som e Mixagem: Olivier Blanc, Hugo Leitão
Música: Xinobi
Produtor: João Matos e Jérôme Blesson
Produção: Terratreme Filmes
Coprodução: La Belle Affaire Productions
FICHA TÉNICA
Título: Lobo e Cão
País: Portugal e França
Duração: 111 min.
Ano: 2022
Gênero: Drama
Classificação: A14
Data de Estreia em Cinemas Selecionados: 7 de Setembro de 2023
ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=f6XuYvC40Bw
BIOGRAFIA | CLÁUDIA VAREJÃO
Nasceu em Porto, Portugal, em 1980. Cláudia Varejão frequentou o programa de criatividade e criação artística da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e a Academia Internacional de Cinema de São Paulo. Paralelamente ao trabalho de diretora, Cláudia também é fotógrafa e professora convidada do AR.CO e da Universidade Católica do Porto. Os filmes de Cláudia foram selecionados e premiados nos mais prestigiados festivais de cinema, incluindo Locarno, Rotterdam, Nyon (Visions du Réel), Paris (Cinéma du Réel), Karlovy Vary e Art of the Real – Lincoln Center, entre muitos outros. “Lobo e Cão” é seu primeiro longa-metragem de ficção.
Cinema
Cineclube Augusto Omolu exibe ‘A Dama do Estácio’, um retrato ácido e poético sobre a velhice e a morte
Nesta terça-feira (4), às 9h, a Casa Augusto Omolu realiza mais uma sessão da segunda edição do Cineclube Augusto Omolu – Um Olhar para a Longevidade, com o curta-metragem “A Dama do Estácio”, dirigido por Eduardo Ades, tendo Fernanda Montenegro como protagonista. A sessão será gratuita, com acessibilidade, e será seguida de bate-papo com os professores da Casa.
Com humor ácido, melancolia e potência simbólica, o filme acompanha uma protagonista que confronta o fim da vida com ironia e dignidade. A obra propõe reflexões profundas sobre o envelhecimento, o corpo feminino na velhice, o direito ao ritual da morte e os afetos possíveis no fim da estrada.
A Dama do Estácio ganhou mais de vinte prêmios, dentre eles o de Melhor Filme no Fest Aruanda e no Brazilian Film Festival of London, ambos em 2013.
Sinopse
Zulmira é uma velha prostituta. Um dia, acorda obcecada com a ideia de morrer. Ela precisa de um caixão. Em meio à sua busca, memórias e tensões emergem, revelando uma mulher que exige ser lembrada, não esquecida.
Sobre o filme
Com atuação marcante da atriz protagonista, o filme se destaca pela fotografia densa e narrativa provocadora. Dirigido por Eduardo Ades, o curta equilibra humor negro e poesia visual para abordar a velhice com coragem e originalidade. “A Dama do Estácio” foi reconhecido por sua abordagem sensível e provocadora sobre o envelhecer feminino e a autonomia sobre a própria morte.
A sessão integra a programação do Cineclube Augusto Omolu, que desde 2023 promove o acesso ao audiovisual, à memória e ao debate social com foco nas vivências da terceira idade. Em 2025, com a temática da longevidade, o projeto busca visibilizar experiências da maturidade que costumam ser invisibilizadas pelo olhar social.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.
Serviço:
Filme: A dama do Estácio, com Fernanda Montenegro
Data: 4 de novembro (terça-feira)
Horário: 9h
Local: Casa Augusto Omolu (Rua Fortunato Benjamin Saback, 93, Baixa de Quintas – Salvador)
Entrada gratuita
Mais informações: @cineclubeaugusto.omolu
Cinema
Rodrigo Tardelli constrói trajetória sólida no Rio Webfest e se consagra como um dos atores mais indicados da história
Com quatro indicações ao prêmio de Melhor Ator de Drama, Rodrigo Tardelli se consolida como um dos nomes mais lembrados da história do Rio Webfest, o maior festival de webséries do mundo. O artista, que celebra uma trajetória marcada por personagens intensos e produções autorais, retorna à premiação em 2025 com “Estranho Jeito de Amar”, interpretando Gael, personagem que mergulha em temas como relacionamentos abusivos, controle e dependência emocional.
Reconhecido por sua entrega emocional e por abordar temas socialmente relevantes, Tardelli tem no festival uma parte importante da própria história profissional. “Essa nova indicação, depois de tantos anos, é muito especial. O Rio Webfest sempre foi um espaço que me impulsionou a continuar produzindo, mesmo diante das dificuldades de trabalhar de forma independente. É um festival que valoriza quem faz, quem cria, quem insiste”, afirma o ator.
A primeira participação de Rodrigo no evento aconteceu em 2019, com Até Você Me Esquecer (2ª temporada), que lhe rendeu não apenas sua primeira indicação, mas também o primeiro prêmio da carreira no universo das webséries. “Foi uma fase muito marcante. Eu levantei uma produção inteira sozinho, então quando veio o reconhecimento, passou um filme na minha cabeça. O festival me deu um combustível gigantesco pra seguir em frente”, relembra.
Em 2021, ele foi indicado novamente, dessa vez por Outro Lado da Lua, interpretando o personagem Arthur. No ano seguinte, em 2022, retornou com a 3ª temporada de Até Você Me Esquecer, repetindo o sucesso com o personagem Louis, figura que, assim como Gael, aborda questões ligadas à saúde mental, tema central nas obras de Tardelli. “São personagens que falam sobre dor, sobre sinais que muitas vezes a gente ignora. Em Até Você Me Esquecer, tratamos de forma delicada alguns alertas ligados à esquizofrenia. Já em Estranho Jeito de Amar, o foco é a dependência emocional e o abuso psicológico. Gosto de trabalhar com histórias que provoquem reflexão e gerem empatia”, explica.
O Rio Webfest é considerado um dos maiores festivais de webséries do mundo e celebra produções inovadoras em conteúdo digital, reunindo criadores e projetos de diversas partes do planeta e destacando a diversidade e o talento emergente na indústria audiovisual.
Além de reforçar a relevância de Tardelli como um dos mais conhecidos nomes da cena independente de audiovisual, a nova edição do evento ganha um brilho a mais com o patrocínio da Petrobras, fortalecendo o papel do festival na valorização de produções brasileiras e internacionais. “É muito simbólico ver o festival crescer, ganhar reconhecimento e apoio. Ele tem um impacto enorme na nossa comunidade de criadores e artistas”, completa Rodrigo.
Com um trabalho marcado pela autenticidade e por discussões sobre saúde mental e comportamento humano, Rodrigo Tardelli segue firmando seu espaço como um dos artistas mais consistentes e premiados da nova geração do audiovisual independente.
Cinema
Cineclube Augusto Omolu exibe ‘Acalanto’, curta com Léa Garcia baseado em conto de Mia Couto
Nesta terça-feira (28), às 9h, a Casa Augusto Omolu realiza mais uma exibição da segunda edição do Cineclube Augusto Omolu – Um Olhar para a Longevidade, com o curta-metragem “Acalanto”, dirigido por Arturo Saboia e estrelado pelos atores Léa Garcia e Luís Carlos Vasconcelos. A sessão é gratuita, acessível e será seguida de bate-papo com os professores da Casa.
Com roteiro inspirado no conto “A Carta”, de Mia Couto, o filme conduz o público por uma jornada afetiva sobre memória, ausência e escuta, temas profundamente conectados com o envelhecimento e a construção de vínculos afetivos em diferentes fases da vida.
Sinopse
Uma senhora analfabeta busca amenizar a saudade do filho solicitando a um conhecido que leia, repetidas vezes, a única carta que ele enviou há mais de dez anos. Com o tempo, uma amizade sensível e profunda nasce entre os dois. Acalanto é um tributo à oralidade, à escuta e à potência dos encontros silenciosos.
Sobre o filme
Produzido no Brasil, o curta tem recebido reconhecimento pela delicadeza de sua narrativa e pela presença marcante de Léa Garcia, ícone do cinema brasileiro, em um de seus últimos trabalhos em vida. Ao lado de Luís Carlos Vasconcelos, a atriz entrega uma atuação de rara sutileza. A direção de Arturo Saboia cria uma atmosfera intimista e comovente, explorando os não-ditos e as pausas com intensidade poética. Com classificação indicativa livre, o filme dialoga com públicos diversos, promovendo reflexões sobre afeto, envelhecimento e escuta no tempo presente.
Sobre o cineclube
O Cineclube Augusto Omolu promove desde 2023 o acesso à arte e à memória por meio do cinema, com sessões regulares voltadas à comunidade da Liberdade e bairros do entorno. Em 2025, com o tema Longevidade, o projeto convida o público a olhar para a maturidade com mais afeto, escuta e imaginação social. A curadoria é de Carollini Assis e Valber Teixeira, a coordenação de Bira Carvalho.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.
Serviço
Filme Acalanto, de Arturo Saboia
Elenco: Léa Garcia, Luís Carlos Vasconcelos
Data: 28 de outubro (terça-feira)
Horário: 9h
Local: Casa Augusto Omolu (Rua Fortunato Benjamin Saback, 93, Baixa de Quintas – Salvador)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
Bate-papo com professores da Casa após a sessão
Mais informações: @cineclubeaugusto.omolu
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