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Planejamento financeiro para comprar seu imóvel

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Comprar a casa própria é um dos maiores sonhos de muitas pessoas no Brasil, e a chave para transformar esse desejo em realidade é o planejamento para comprar seu imóvel. Não importa se você quer um apartamento pequeno na cidade ou uma casa grande com jardim; sem organização financeira, o caminho será muito mais difícil.

Este guia completo vai te ensinar, de forma simples e descomplicada, a trilhar essa jornada com segurança. A partir de agora, vamos aprender a economizar, a nos preparar para os custos e a realizar o sonho de ter um lar para chamar de seu.

Por que o planejamento é o seu super-poder?

Imagine que comprar um imóvel é como fazer uma viagem longa e emocionante. Você não sairia de casa sem saber para onde ir, quanto dinheiro levar ou o que colocar na mala, certo?

O planejamento financeiro é exatamente o mapa e o dinheiro dessa viagem. Ele te mostra o caminho mais rápido e seguro para chegar ao seu destino: o seu novo lar.

A compra de um imóvel envolve valores altos e, por isso, requer muita preparação. Mesmo que o seu objetivo seja algo grandioso, como um dos belíssimos imóveis de luxo no Rio de Janeiro com vista para o mar, o primeiro passo é sempre o mesmo: saber exatamente onde seu dinheiro está e onde ele pode ir.

Sem esse “super-poder” de organização, o sonho pode se transformar em dor de cabeça com dívidas e aperto no orçamento.

Passo 1: O Raio-X das suas finanças

O primeiro passo é olhar com muita atenção para o seu dinheiro, como um detetive faria.

Quanto dinheiro entra?

Faça uma lista de toda a sua renda: salário, aluguéis que você recebe, dinheiro de trabalhos extras… Tudo que entra no seu bolso em um mês.

Quanto dinheiro sai?

Agora, a parte mais importante: liste todos os seus gastos. Separe-os em dois tipos:

  • Gastos Fixos: Aqueles que você paga todo mês e que o valor não muda muito (aluguel, conta de luz, internet, escola, etc.).

  • Gastos Variáveis: Aqueles que mudam ou que você pode controlar (compras de mercado, passeios, roupas, comer fora, etc.).

Quando você soma tudo que entra e subtrai tudo que sai, você descobre se está sobrando dinheiro ou se está faltando.

Se estiver faltando, você precisa urgentemente ajustar os gastos para começar a guardar. Se estiver sobrando, parabéns! Esse dinheiro é o que vai te ajudar a comprar a sua casa.

Passo 2: Definindo o seu objetivo

Não dá para começar a juntar dinheiro sem saber o quanto você precisa.

Qual é o valor do imóvel?

Pesquise na região onde você quer morar. Casas e apartamentos parecidos custam quanto? Ter uma ideia desse valor é crucial. Não precisa ser um valor exato, mas uma estimativa próxima.

O que é a Entrada?

Quando se compra um imóvel, a maioria das vezes é necessário dar uma Entrada, que é uma parte do valor total que você paga logo no começo. Geralmente, os bancos pedem que essa entrada seja entre 10% e 30% do valor do imóvel.

Se a casa custa R$ 200.000,00, a entrada pode ser de R$ 20.000,00 a R$ 60.000,00. Esse é o primeiro grande montante que você precisa focar em guardar.

E os Custos Extras?

Muita gente esquece, mas a compra de um imóvel tem custos adicionais, como impostos, taxas de cartório e documentos, que podem somar de 4% a 8% do valor do imóvel. Você precisa guardar esse dinheiro extra também!

Passo 3: Criando a sua Reserva da Casa Própria

Com o seu objetivo de valor em mente, é hora de agir.

Estabeleça uma Meta Mensal

Divida o valor total que você precisa para a entrada e os custos extras pelo número de meses em que você quer comprar o imóvel. Por exemplo: se você precisa de R$ 50.000,00 e quer comprar em 50 meses (4 anos e 2 meses), você precisa guardar R$ 1.000,00 todo mês.

Corte o que for Desnecessário

Reveja seus gastos variáveis e pergunte: “Eu realmente preciso disso?”. Cancelar aquela assinatura de um serviço que você mal usa, comer menos fora ou levar um lanche de casa para o trabalho são pequenos cortes que, somados, fazem uma grande diferença na sua meta mensal.

Lembre-se: é um esforço temporário para realizar um sonho grande!

Pague-se Primeiro

Sempre que o seu dinheiro entrar (seu salário, por exemplo), a primeira coisa que você deve fazer é tirar o valor da sua meta mensal e guardar. Só depois você paga as outras contas. Se você deixar para guardar o que “sobrar” no final do mês, é bem provável que não sobre nada!

Onde Guardar/Investir o Dinheiro?

Não deixe o dinheiro da sua casa na poupança ou parado em casa. Coloque-o em um lugar seguro que faça esse dinheiro crescer um pouco mais rápido.

O Tesouro Direto (como o Tesouro Selic) ou um CDB de um banco seguro são opções simples e melhores que a poupança, porque o seu dinheiro rende mais e não perde tanto valor por causa da inflação (o aumento geral dos preços das coisas).

Passo 4: Conhecendo as Formas de Pagamento

Quando você não tem o valor total do imóvel, existem três formas principais de comprar:

Financiamento Imobiliário

Um banco empresta o dinheiro que falta (o valor total menos a sua entrada), e você devolve esse dinheiro em parcelas mensais, com juros, por muitos anos. Importante: Os bancos costumam dizer que a parcela do financiamento não deve ser maior que 30% da sua renda mensal. Isso é para garantir que você conseguirá pagar sem passar aperto.

Consórcio

É como uma poupança em grupo. Várias pessoas se juntam para comprar um bem (como uma casa ou carro). Todo mês, todos pagam uma parcela, e a cada mês, uma ou mais pessoas são sorteadas ou dão lances para receber o dinheiro e comprar o imóvel.

Não tem juros, mas tem uma taxa de administração. É um plano de longo prazo e você não tem a garantia de quando será contemplado.

Usando o FGTS

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um dinheiro que as empresas depositam para você.

Se você trabalha com carteira assinada, é bem provável que tenha FGTS, e ele pode ser usado para pagar parte da entrada, diminuir o valor das parcelas ou até mesmo para quitar o saldo devedor do seu financiamento. Consulte as regras para saber se você pode usar o seu!

Disciplina e Paciência são Essenciais

Comprar um imóvel é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Exige disciplina para guardar o dinheiro todo mês e paciência para ver sua reserva crescer ao longo do tempo.

O planejamento financeiro é o seu melhor amigo nessa jornada: ele te tira do escuro do “não sei quanto vou precisar” e te coloca no controle, sabendo exatamente o que fazer, quanto guardar e em quanto tempo você vai realizar o seu sonho.

Comece o seu planejamento hoje, faça o seu raio-x financeiro e dê o primeiro passo rumo à sua casa própria!

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