A Polícia Federal no Amapá deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5/7), a Operação Hipertrofia, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão na capital do estado.
A ação identificou três indivíduos, entre prestadores de serviços e funcionários contratados, que estariam subtraindo medicamentos do Departamento de Assistência Farmacêutica de Macapá (DAFA). Os homens eram contratados de uma empresa terceirizada que ficava responsável por separar e distribuir os medicamentos no Estado.
A investigação teve início após denúncia recebida pela PF relatando que com a entrada de um funcionário (motorista), começou a desviar os medicamentos, possivelmente, quando ocorria a separação dos materiais destinados às UPA’s e UBS’s. Há indícios de que o armazenamento era feito no seu carro particular e em uma casa alugada, com finalidade de armazenar o material subtraído.
Os materiais desviados consistiam em medicamentos, máscaras, luvas e até teste rápido de COVID19 e eram repassados para terceiros compradores que revendiam para farmácias e clínicas particulares. Tudo indica que a prática ocorreu entre os anos de 2020 a 2021, no auge da pandemia.
Um dos investigados possui ligação com uma mulher que já foi alvo da Operação Anestesia, que também investigou a prática ilícita de desvio de medicamentos. O esquema ainda contava com a ajuda de dois funcionários que trabalhavam dentro do depósito.
Caso se comprove os desvios, os investigados poderão responder pelos crimes de peculato e associação criminosa. Em caso de condenação, a soma das penas pode chegar até 15 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
Durante o cumprimento das buscas, na casa de um dos investigados, a PF encontrou centenas de medicamentos, testes para COVID e insumos farmacêuticos.