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Pesquisador aponta falta de jornalistas latino-americanos na Palestina

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No contexto do conflito entre Israel e Palestina, em Gaza, que se estende desde outubro de 2023, o lançamento de duas obras nesta semana, na capital paulista, lembra a opressão na região e reforça a importância dos registros históricos e jornalísticos produzidos pelos próprios palestinos.

Autor de Diáspora Palestina na América Latina – Estudos de Mídia e Identidade, uma das obras lançadas nesta terça-feira (6), o pesquisador Ahmad Alzoubi disse que a cobertura jornalística em grandes jornais de países latino-americanos acompanha uma narrativa imperialista disseminada por agências de notícias europeias e dos Estados Unidos. Em entrevista à Agência Brasil, Alzoubi analisou conteúdos publicados em jornais de Honduras, da Argentina, do Chile, do Brasil e de El Salvador.

“No território da Palestina, não tem correspondente, nem jornalista brasileiro ou jornalista da América Latina [sem o controle de Israel] para fazer a cobertura, ou saber o que aconteceu lá. Todos eles andam atrás de agências [alinhadas ao] imperialismo, agências de Estados Unidos, de Londres”, disse Alzoubi, que é professor de Jornalismo e Comunicação na Universidade de Lusail, no Catar, e diretor do Monitor do Oriente Médio (Memo).

Palestino nascido na Jordânia, Alzoubi destacou, inclusive, que a população árabe imigrante prefere acompanhar a mídia árabe para se informar sobre o conflito na Palestina e buscar notícias sobre parentes. “Eles sempre acompanham a mídia árabe. Eles não confiam na mídia latino-americana.”

Outro lançamento previsto para esta semana é a obra Palestina Através dos Milênios – Uma História das Letras, Aprendizado e Revoluções Educacionais, do historiador Nur Masalha, membro do Centro de Estudos Palestinos da Universidade de Londres. Ele está no Brasil para os três dias de lançamento em São Paulo, junto a Ahmad Alzoubi, de hoje até quinta-feira (8). Este é o terceiro título do autor trazido pela Editora Memo, em português, sobre a história palestina.

Para entender a situação da Palestina hoje e sua resistência, é preciso olhar para a história e suas marcas, para a cultura e a presença viva de seus legados, diz a Memo. “É preciso também enxergá-la como alvo da cobiça e planos de despovoamento engendrados pelo sionismo desde o final do século 19.”

Atual conflito

A atual fase do conflito Israel-Palestina começou após o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) promover um ataque contra vilas israelenses no sul do país, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo 250 reféns, em resposta ao cerco de mais de 17 anos contra Gaza e à ocupação dos territórios palestinos, situação considerada ilegal pelo direito internacional.

Em resposta ao ataque do Hamas, Israel iniciou bombardeios contra Gaza e diversas ações militares na Cisjordânia que já mataram mais de 50 mil palestinos. Nesses ataques, cerca de 18 mil vítimas foram crianças.

Lançamentos

– Terça-feira (6), às 18h, no Espaço Cultural e Restaurante Al Janiah, Rua Rui Barbosa, 269, Bela Vista.

– Quarta-feira (7), às 19h, no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Rua Rego Freitas, 530 – República.

– Quinta-feira (8), às 18h, Centro de Estudos Palestinos, Auditório da Casa de Cultura Japonesa, no Campus Central da Universidade de São Paulo, Avenida Professor Lineu Prestes, 159, Cidade Universitária.

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Internacional

Sinais de trégua em Washington: Senado dos EUA esboça movimentos para encerrar paralisação recorde do governo

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Capitólio dos Estados Unidos em Washington
Capitólio dos Estados Unidos em Washington

Após semanas de impasse, o Congresso americano começa a dar pequenos sinais de que o bloqueio político que paralisou o governo federal pode estar se aproximando de um ponto de inflexão. O líder da maioria no Senado, republicano John Thune, afirmou nesta segunda-feira – 03 – à imprensa local estar “otimista” quanto a um possível avanço nas negociações para encerrar o chamado shutdown, que já se estende por 34 dias — o mais longo da história recente dos Estados Unidos.

As conversas entre republicanos e democratas voltaram a ganhar espaço no Capitólio, mas ainda sem garantias de que resultem em um acordo concreto. O bloqueio, iniciado por um impasse orçamentário entre o Congresso e o então presidente Donald Trump, segue afetando programas sociais, o pagamento de servidores e até o funcionamento de aeroportos em todo o país.

A paralisação, que começou como uma disputa orçamentária, vem se desdobrando silenciosamente em setores-chave da administração pública — entre eles, também a área de imigração. Embora o sistema continue operando, especialistas relatam atrasos cada vez mais frequentes na tramitação de processos.

O advogado Vinicius Bicalho, membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), observa que os efeitos da paralisação têm se tornado mais visíveis com o passar dos dias.

“Ainda não há um impacto direto, mas o ritmo das análises e das entrevistas vem diminuindo. O shutdown vai mostrando seus efeitos aos poucos, especialmente nas áreas que dependem de burocracia e volume técnico”, explica Bicalho.

Ele alerta que o momento exige atenção e planejamento de quem depende de processos migratórios em andamento, já que prazos e etapas administrativas podem sofrer atrasos significativos. 

Embora o Senado demonstre disposição para negociar, ainda há incertezas sobre a real capacidade de superar as divergências políticas que travam o funcionamento do governo. O otimismo de alguns líderes contrasta com o ceticismo de parte do Congresso — e o fim da paralisação, por enquanto, parece mais uma possibilidade em construção do que uma realidade próxima.

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Em meio a tensões, imigração legal garante segurança e estabilidade nos Estados Unidos

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Durante os últimos meses, o mundo acompanhou novas políticas de imigração dos Estados Unidos e o endurecimento que elas geraram no processo de entrada. Mesmo assim, o país continua sendo um dos mais procurados do mundo para turismo, estudo, trabalho e investimento estrangeiro. 

Para aqueles que possuem interesse em imigrar, existem mais de 180 tipos de vistos e muito interesse da parte americana em receber estrangeiros que entrem por meios legais, sobretudo em mercados que precisam de profissionais altamente qualificados. O segredo para uma entrada segura é entender qual deles melhor se encaixa no perfil do candidato e entender cada um dos processos necessários, para que o preenchimento das informações seja feito corretamente. 

Na visão do Dr. Vinicius Bicalho, advogado especialista em imigração, professor de pós-graduação e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), o processo de imigração deve ser realizado com atenção aos detalhes, uma vez que o governo americano tem ampliado a fiscalização sobre petições fraudulentas e processos inconsistentes.

“Muitos acreditam que as portas dos Estados Unidos estão fechadas, mas não é verdade. O país segue aberto a quem cumpre os requisitos e demonstra propósito legítimo. O maior desafio é a complexidade das regras, e um erro simples pode resultar em negação de visto ou até em proibição de entrada futura”, explica.

Um dos maiores erros de brasileiros que desejam morar nos EUA é acreditar que o visto de turismo pode ser uma porta de entrada para permanecer nos Estados Unidos com outros objetivos — como trabalhar ou estudar, mas essa prática é altamente arriscada e pode trazer graves consequências legais.

“Usar o visto de turismo para atividades que não correspondem ao seu propósito é considerado fraude migratória. Isso pode resultar em deportação, cancelamento do visto e até em proibição de entrada futura no país. Quem deseja mudar de status ou permanecer de forma prolongada deve seguir os trâmites legais adequados, com o tipo de visto correto para seus objetivos”, ressalta o especialista.

Nesse sentido, a legalidade do processo de imigração garante maior segurança dentro do território americano, uma vez que garante proteção jurídica e oportunidades de longo prazo. O sonho de viver nos Estados Unidos continua possível para os brasileiros, contanto que a entrada no país seja feita com planejamento, transparência e assessoria adequada.

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Alteração da Lei da Nacionalidade portuguesa – novo capítulo hoje no plenário

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ARTIGO

Por: Dr. Wilson Bicalho – advogado e professor de imigração em Portugal

No dia de hoje, o Parlamento português volta a colocar a imigração no centro do debate. Desta vez, é a Lei da Nacionalidade que chega ao plenário da Assembleia da República para votação final, depois de uma discussão acalorada na noite de ontem, 27 de outubro.

O ponto mais sensível para a comunidade brasileira continua o mesmo: a proposta que eleva de cinco para sete anos o prazo mínimo de residência legal necessário para solicitar a nacionalidade portuguesa por tempo de residência.

Caso o texto seja aprovado em plenário e posteriormente promulgado pelo Presidente da República, a nova regra só se aplicará a quem entrar no país após a entrada em vigor da lei. Assim, aqueles que já residem legalmente em Portugal, ou que obtenham residência nas próximas semanas, ainda poderão beneficiar-se da legislação atual. Para muitos, isso significa agir com atenção e prudência, evitando surpresas no curto prazo.

A sessão de ontem, porém, trouxe um novo elemento político: o partido Chega, de extrema-direita, decidiu levar ao plenário duas propostas adicionais, que passaram a dominar o debate público.
A primeira prevê a possibilidade de perda da nacionalidade, mesmo que isso deixe o indivíduo apátrida — uma solução que confronta princípios amplamente consolidados no direito internacional e que dificilmente passaria sem contestação constitucional.

A segunda autoriza a perda da nacionalidade a qualquer tempo, independentemente de quantos anos já tenham se passado desde a sua concessão, caso se prove fraude no processo de obtenção.

Embora seja legítimo que um país ajuste suas regras de nacionalidade, as medidas agora em votação refletem, de forma explícita, a orientação política do atual Parlamento e o espaço conquistado pelo discurso mais duro e punitivo, marcado pela crescente influência da extrema-direita sobre o tema da imigração.

Tudo indica que a proposta será aprovada. O PSD, partido que sustenta a maioria parlamentar, já manifestou apoio claro ao texto e também às alterações levadas à discussão em plenário. A única possibilidade de reversão imediata seria uma intervenção do Presidente da República, caso entenda haver violação da Constituição — sobretudo quanto ao princípio da igualdade entre portugueses de origem e naturalizados, ou no cenário extremo da criação de apátridas.

Mais do que o resultado legislativo, o que se observa é uma mudança de paradigma.
Portugal, historicamente reconhecido como um país de acolhimento, integração e mobilidade humana, passa por um momento de inflexão: políticas mais rígidas, discurso mais restritivo e uma clara tentativa de diferenciação entre quem nasce português e quem se torna português pela lei.

Convém lembrar, porém, que as legislações são reflexo do seu tempo político e da composição parlamentar que as aprova.


O que permanece é o elemento humano da imigração — famílias, trabalhadores, estudantes e investidores que construíram suas vidas em Portugal e contribuíram para o crescimento econômico, social e cultural do país.

Dentro desse cenário, resta acompanhar o resultado da votação de hoje, cujas decisões terão efeitos diretos sobre milhares de brasileiros que já vivem legalmente em Portugal ou que planejam fazê-lo.

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