Negócios
Parceria entre Casa da Moeda e Inmetro gera controvérsia
O impacto Inmetro na Palma da Mão, implementado pela Portaria nº 314/2025, está gerando controvérsias no mercado. O projeto é uma parceria da autarquia e da Casa da Moeda que ajudou a definir os novos critérios para os selos de conformidade. As empresas – de impressão de segurança e de extintores de incêndio – apontam dificuldades para aderir às novas normas.
Representações foram protocoladas na Controladoria-Geral da União (CGU), no Tribunal de Contas da União (TCU), e na Justiça Federal movidas por empresas de diversos setores impactados pelo projeto que visa permitir que consumidores verifiquem a autenticidade de produtos certificados por meio de selos com QR Codes e tintas de segurança. Segundo os autores das ações, as novas especificações técnicas e o aumento de preço no custo do selo, limitam a concorrência.
As empresas afirmam que não há justificativa técnica para o uso exclusivo das tintas patenteadas, alegando que há alternativas mais baratas e igualmente eficazes no mercado. E para entender mais sobre a controvérsia conversamos com um dos autores, o advogado Paulo Roberto de Morais Almeida, especializado em Gestão de Políticas Públicas. Na entrevista, ele avalia as consequências do projeto para a indústria e para o consumidor
Por que as empresas de impressão de segurança levaram para a Justiça a questão do selo de conformidade instituído pelo Inmetro na Palma da Mão?
Paulo Roberto – A introdução de especificações restritivas para a confecção dos selos de conformidade do Inmetro restringiu sua produção unicamente à Casa da Moeda e ao uso de uma tecnologia cuja única detentora da patente é uma empresa originária da Suíça, que inclusive já celebrou acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União. Esse direcionamento da contratação resultou em um aumento da ordem de 240% sobre o custo dos selos conformidade – que antes eram comercializados por R$0,22 em média e que agora têm alcançado preços na ordem de R$0,70.
O setor entende que não há justificativa técnica apta a embasar a opção pela solução mais dispendiosa, e que a exclusividade conferida à Casa da Moeda configura intervenção direta no domínio econômico que viola o direito à livre concorrência. É preciso deixar claro que o setor apoia a regulamentação técnica, a desburocratização dos procedimentos, e a fiscalização que garanta a qualidade dos equipamentos e a segurança dos consumidores.
Os selos de conformidade sempre existiram, com elementos de segurança adequados, rastreáveis e confiáveis, e a inovação determinada pela Portaria nada agrega à segurança e confiabilidade do produto que não pudesse ser alcançado por outras soluções igualmente disponíveis no mercado.
Qual a expectativa do setor em relação à decisão da Justiça? Já há decisões, qual o teor delas?
Paulo Roberto -A Portaria 314/2025 vem sendo enfrentada por meio de ações judiciais que visam primeiramente buscar a suspensão liminar de seus efeitos e, no mérito, a revisão das especificações restritivas e do monopólio. Dada a complexidade da questão, as primeiras decisões vêm acolhendo os argumentos no sentido de dar prosseguimento às ações e determinar ao Inmetro que preste informações sobre a Portaria e os estudos que a embasaram, sem proferir decisão de mérito.
Qual a intenção das empresas com essa pressão judicial: abrir um canal de negociação ou suspender o projeto?
Paulo Roberto – Não se trata de pressão judicial nem de tentativa de constranger o Inmetro ou a Casa da Moeda, mas sim da necessidade de fazer valer os princípios da livre concorrência e do livre exercício da atividade econômica. A via judicial é sempre o último recurso, mas como as empresas não foram ouvidas pelo Inmetro e suas razões não foram ponderadas, as empresas não tiveram opção ante a súbita elevação de custos e o desarranjo das cadeias de produção decorrentes da Portaria que na prática instituiu um monopólio no setor. Na verdade, já não se trata mais de um projeto, mas de uma Portaria que já está em vigor desde maio e que, em seu zelo pela regulamentação da segurança, está gerando custos e distorções importantes no segmento. Isso posto, é importante ressaltar que o canal de negociações jamais esteve fechado por parte das empresas do setor, que sempre procuraram participar de boa-fé na fase das audiências públicas, e foi com surpresa que receberam a publicação da Portaria 314/2025, impondo de forma imediata a nova normatização sem atentar ou ao menos responder qualquer das contribuições apresentadas.
Se mantida como está a portaria do Inmetro quais as consequências?
Paulo Roberto – As consequência já estão acontecendo desde a edição da portaria, e pode ser resumidas brevemente em: – instituição de monopólio em favor da Casa da Moeda e da empresa suíça SICPA, única detentora da patente da tecnologia de segurança imposta; – aumento dos custos para obtenção dos selos de conformidade – neste primeiro momento, na ordem de 240% – com repercussão ao longo de toda a cadeia de produção e comercialização de equipamentos de segurança e combate a incêndio, com inevitável repasse para os clientes – mudança da estrutura de custos e do fluxo de produção e distribuição dos itens, com possível inviabilização de continuidade, especialmente para as empresas e comerciantes de menor porte, que já operam com margens extremamente reduzidas, no limite da operacionalidade – possível desestruturação do mercado, com entrada de concorrentes do exterior, muitas vezes com dumping, afastando a competitividade nacional das empresas nacionais no setor.
Pode falar um pouco deste setor e sua importância para a economia?
Paulo Roberto – Segundo estimativas até conservadoras, o setor de equipamentos de segurança e combate a incêndio no Brasil movimenta anualmente cerca de R$ 3 bilhões de reais (incluindo a comercialização de equipamentos essenciais, como sprinklers, alarmes, detectores de fumaça, hidrantes, portas corta-fogo, sistemas de supressão de incêndio, entre outros) gerando empregos diretos e indiretos compatíveis com essa grandeza. Grande parte do segmento é constituída por empresas nacionais de pequeno e médio porte – que vem a ser justamente as mais atingidas pelos efeitos da Portaria do Inmetro. Se o valor movimentado anualmente dá uma ideia do impacto do acréscimo do potencial arrecadatório em favor do único fornecedor e da detentora da patente, não se deve perder de vista a importância estratégica do setor: seu produto final é a segurança das pessoas e do patrimônio, e é elemento insubstituível ante a realidade atual de expansão da construção civil, com crescimento imobiliário e de grandes empreendimentos; segurança nas indústrias, escritórios e data centers; adequação às rigorosas exigências de prevenção e combate a incêndios.
Negócios
Aloisio Rocha e a Revolução da Logística: Tecnologia e Sustentabilidade em Foco
O setor logístico brasileiro passa por uma verdadeira revolução em 2025. Avanços tecnológicos, novas demandas do consumidor e a crescente atenção à sustentabilidade estão transformando radicalmente a maneira como produtos chegam às mãos dos clientes. Empresas de todos os portes buscam entregar de forma mais rápida, eficiente e econômica, enquanto se adaptam a um mercado cada vez mais competitivo e digital.
Segundo o relatório The Future of the Last-Mile Ecosystem, do World Economic Forum, cerca de 20% das entregas globais devem ser automatizadas já no próximo ano. Para se manterem competitivas, companhias investem em tecnologias avançadas como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e big data, ferramentas essenciais para otimizar operações e reduzir custos.
“A Inteligência Artificial continua conquistando espaço no ambiente corporativo, e o setor logístico não é exceção. Em 2025, a tecnologia acelerou a inovação, a automação e a digitalização de forma ainda mais intensa”, afirma Aloisio Ricardo Alves Rocha, especialista em logística empresarial. Ele ressalta que, com práticas voltadas à sustentabilidade, as empresas priorizam ações que diminuem a emissão de poluentes e minimizam desperdícios. “Hoje, sustentabilidade não é apenas um diferencial, mas uma exigência para competir com eficiência no mercado”, reforça.
Nem todos os players tradicionais conseguiram acompanhar essa transformação. Os Correios do Brasil, referência histórica em logística, enfrentam uma crise profunda. Com um déficit de R$ 4,3 bilhões em 2025, a capacidade de investimento e modernização da empresa fica comprometida. “A logística tradicional precisa se reinventar rapidamente. Sem modernização e digitalização, a competitividade do setor fica seriamente afetada”, alerta Aloisio Rocha.
Por outro lado, empresas privadas estão criando soluções inovadoras. Sobre o Mercado Livre, ele comenta: “A empresa desenvolveu sua própria logística para enfrentar os desafios do setor na América Latina, aprimorar a experiência do cliente e conquistar uma vantagem competitiva decisiva.” A internalização da logística garante mais controle, agilidade e eficiência, essenciais para o crescimento do e-commerce e a satisfação de consumidores cada vez mais exigentes.
O setor ainda enfrenta desafios estruturais, como a falta de profissionais qualificados e a integração tecnológica limitada, que dificultam a adoção de soluções inovadoras e afetam diretamente a produtividade. É neste contexto que a experiência de Aloisio Rocha se destaca. Com atuação em unidades de manufatura, sedes regionais e globais, ele lidera processos digitais que geram reduções significativas de custos e ganhos expressivos de eficiência para as organizações em que atua.
Formado em Engenharia de Computação pela Universidade Braz Cubas em 2002 e especializado em Logística pela Fundação Vanzolini (USP) em 2007, Aloisio Rocha é atualmente uma referência em logística no Brasil, atuando também nos Estados Unidos. Sua carreira combina visão estratégica e experiência prática, oferecendo uma perspectiva global sobre os desafios e oportunidades do setor. “Compreender logística vai além de gerenciar processos: é antecipar mudanças, integrar tecnologia e sustentabilidade e garantir que o produto chegue ao consumidor com máxima eficiência”, conclui o especialista, reforçando a importância da inovação contínua em um setor em constante evolução.
Negócios
Crefaz realiza ação em oito cidades do Nordeste para oferecer crédito com pagamento direto na conta de luz
Iniciativa leva acesso facilitado a crédito para moradores das regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Natal
Até a próxima sexta-feira, 14 de novembro, oito cidades do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia recebem uma ação da Crefaz, instituição financeira de crédito. O foco da ação é informar a população sobre a linha de empréstimos com pagamento direto na conta de energia elétrica, modelo inovador que tem levado inclusão financeira a milhares de brasileiros.
Durante a ação, a Crefaz estará presente em pontos de grande circulação de Natal, Recife e Salvador, e das cidades de Extremoz (RN), Macaiba (RN), Jaboatão dos Guararapes (PE), Paulista (PE) e Lauro de Freitas (BA). Os agentes estarão devidamente identificados, e vão orientar os consumidores sobre as condições do empréstimo, esclarecer dúvidas e auxiliar na simulação do crédito, tornando o processo ainda mais acessível e transparente para todos. Os locais estarão sinalizados e contarão com tendas com atividades de engajamento, distribuição de brindes e informações sobre os produtos da Crefaz.
O economista Amerson Magalhães, da Crefaz, explica que o empréstimo com débito na conta de energia é uma alternativa prática para quem busca crédito com maior conveniência, permitindo que as parcelas sejam pagas junto à conta de luz, sem necessidade de boletos ou transferências bancárias. “Nosso objetivo é estar cada vez mais próximos da população, oferecendo um produto acessível e transparente, que pode ser útil em um momento de emergência ou de dificuldade financeira”, afirma o executivo.
Serviço
Locais da ação | Bahia:
– Rua Dr. Eduardo Dotto, 12 – Paripe, Salvador-BA
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Praça da Revolução – Periperi, Salvador-BA
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
– Rua São Cristóvão, 1.275, Largo do Caranguejo – Itinga, Lauro de Freitas-BA
Dias 10, 11, 12, 13 e 14 de novembro – das 9 às 17h
Locais da ação | Pernambuco:
– Estrada dos Remédios, 126 – Afogados, Recife-PE
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Padre Nóbrega, 20 – Cavaleiro (Feira Cavaleiros), Jaboatão dos Guararapes-PE
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Silvino Macedo, 150 – Cavaleiro (Feira Cavaleiros), Jaboatão dos Guararapes-PE
Dias 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
– R. Siqueira Campos, 589 – Centro (Calçadão), Paulista-PE
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
Locais da ação | Rio Grande do Norte:
– Rua Amaro Barreto – Alecrim (Praça Gentil Ferreira), Natal-RN
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Alm. Newton Braga, 215 (Praça dos Três Poderes), Extremoz-RN
Dias 10 e 11 de novembro – das 9h às 17h
– Rua Pedro Vasconcelos, 39 – Chácaras de Extremoz, Extremoz-RN
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
– Travessa Afonso Saraiva (Praça Augusto Severo), Macaíba-RN
Dias 12, 13 e 14 de novembro – das 9h às 17h
Negócios
CEO da Reis Real Estate lança Síndico de Sucesso, guia prático para impulsionar carreiras e elevar o padrão da gestão condominial no Brasil
Obra de Ricardo Reis propõe nova visão sobre a profissionalização da gestão condominial no país
A Reis Real Estate anuncia o lançamento do livro Síndico de Sucesso: Transforme Condomínios em Renda, de autoria do CEO da empresa e especialista em mercado imobiliário, dr. Ricardo Reis. O evento de lançamento será celebrado em um happy hour com sessão de autógrafos no dia 10 de novembro, às 17h, no Five Lounge do Hotel NH Collection Curitiba.
Mais do que um guia prático, a obra apresenta um mapa estratégico para quem deseja construir uma carreira sólida como síndico profissional — área que cresce em ritmo acelerado no Brasil. O país conta hoje com cerca de 600 mil condomínios e adiciona aproximadamente 25 mil novos empreendimentos por ano. Apesar da dimensão do mercado, estima-se que apenas 10% dos síndicos atuem de forma profissional, o que evidencia uma lacuna relevante em um setor que exige cada vez mais preparo técnico, gestão eficiente e liderança qualificada.
Com mais de quatro décadas de experiência prática e acadêmica, Ricardo Reis reúne no livro estratégias, ferramentas e metodologias comprovadas para quem busca transformar a gestão condominial em uma atividade rentável e de impacto. O conteúdo aborda desde aspectos legais e financeiros até temas como tecnologia, relações humanas e valorização patrimonial, oferecendo uma visão integrada e atual da profissão.
“O mercado de gestão condominial no Brasil é um oceano de oportunidades inexploradas. Este livro foi concebido para quem enxerga nessa realidade uma chance de construir uma carreira sólida e recompensadora. Profissionalizar o papel do síndico é essencial para garantir condomínios mais seguros, eficientes e valorizados”, observa o autor,
Para a Reis Real Estate, o lançamento do livro reforça o compromisso da empresa com a profissionalização do setor e a formação de novos talentos. A companhia destaca que a iniciativa também contribui para consolidar parcerias com incorporadoras e atrair condomínios que buscam excelência em gestão.
Serviço
Lançamento do livro: Síndico de Sucesso: Transforme Condomínios em Renda
Autor: dr. Ricardo Reis
Data: 10 de novembro de 2025
Horário: 17h
Local: Five Lounge – Hotel NH Collection Curitiba
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